Paleolítico a 1760 d.C. Sandálias e pulseiras em ouro - Thutmose III, sexto faraó da XVIII Dinastia (reinado 1479-1425 a.C.) - MMA, The Metropolitan Museum of Art Existem evidências que mostram que a história do sapato começa no final do Paleolítico, pois pinturas desta época em cavernas na Espanha e no sul de França, fazem referência ao calçado. Entre os utensílios de pedra dos homens das cavernas, existiam vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é bastante antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros, e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados. Sapato baseado em um único pedaço de couro de boi. Foi encontrado numa caverna na Armênia, tem idade estimada em 5.500 anos - Departamento de Arqueologia da Universidade de Cork No Antigo Egipto as sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres possuíam sandálias. Sandálias em papiro, folha de palmeira e grama. Anos 1473-1458 a. C. Egipto - MMA Sapato em couro de 800 a 400 a.C. - Museu Hallstatt Na Grécia, apenas os ricos usavam sandálias. Na rua os mais pobres andavam descalços. As cortesãs do período helenístico, punham sandálias folheadas a ouro, presas aos pés e tornozelos por tiras enroladas de diversas maneiras (V a.C.). Réplicas de sandálias gregas-romanas de 465 a. C. - MNC, Museu Nacional de Calçado do Brasil Na Roma Antiga o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam calçado branco, os senadores calçado castanho, preso por quatro fitas pretas de couro, atadas a dois nós. As legiões usavam botas de cano curto que descobriam os pés. Calíga, bota militar romana de 10 a.C - DLM, Deutsches Ledermuseum Sapato em couro. Século II. Alemanha Sapato do século VI - VII. Egipto - MMA Nos séculos XII e XIII os sapatos ainda eram bastante rudimentares. Os chausses, terminavam nos tornozelos ou mais em cima, alguns possuíam uma tira com um estribo no arco do pé e uma sola fina de couro. Eram confeccionados em couro, lã e linho, por vezes listradas ou em cores vivas. O Rei Eduardo I de Inglaterra (1239-1307) decretou que uma polegada (2,5cm) equivaleria a três grãos secos de cevada colocados ponta a ponta. Os sapateiros ingleses gostaram da ideia e passaram a fabricar pela primeira vez na Europa, sapatos em tamanho padrão, baseados no grão de cevada. Desse modo, um calçado medindo 35 grãos de cevada passou a ser conhecido como "tamanho 35" e assim por diante. Réplica de calçado do século XII- MNC No séc XIV e XV os sapatos alongaram-se em demasia e ficaram pontiagudos. Até as armaduras tinham compridos sapatos de ferro de bico revirado. O rei Eduardo III de Inglaterra (1312-1377), estabeleceu por lei que as pontas de sapatos ou botas não deveriam exceder os 5cm, sob pena de multa de 40 pence. A lei foi ineficaz e no reinado seguinte as pontas chegaram aos 45 cm. Sapato em couro. Ano de 1300 - MMA Réplica de bota. Séculos XIV-XV - MNC Sapatos de armadura em ferro, de bico revirado. Ano de 1490 - MMA No século XVI os sapatos deixaram de ser pontiagudos, passaram a apresentar bicos largos chamados bicos de pato. A sola é de couro ou cortiça, a parte superior de couro, por vezes de veludo ou seda, adornados com recortes e jóias. Réplica de sandália. Ano de 1501 - MNC Sapato em couro. Século XVI - MMA Sapatos, Chopines, em seda bordada e aplicações metalizadas Anos 1550-1560. Itália - MMA Sapato, Henrique VIII de Inglaterra (1491-1547). Ano de 1500 - DLM No século XVII predominam as botas. Os sapatos eram enfeitados com fitas formando rosetas ou laçarotes, tinham salto de tamanho razoável. Luis XIV de França (1638-1715), lançou o salto que o neto conservou e tem o seu nome, salto Luis XV (1710-1774). Sapatos, Chopines, em madeira, couro e seda, com aplicações de rosetas. Ano de 1600. Europa - MMA Sapatos em pele. Anos 1660-75. Europa - MMA Sapatos Slippers em linho e aplicações metalizadas. Anos 1675-1710 - MMA Sapatos em seda bordada. Ano de 1690 - MMA Sapato Mule em seda, com aplicações de cetim e rosetas. Século XVII. Inglaterra - MMA No século XVIII as fitas foram substituídas por fivelas de ouro ou prata, com ou sem pedrarias. Fivela para sapato em metal e pedras. Século XVIII. Inglaterra - MMA Sapatos em seda, ouro e pele. Anos 1720-39. Europa - MMA Sapatos de cetim verde com aplicações de cetim e fivela de pedras em forma de flor. Século XVIII - Museu Nacional dos Coches (fotografia Horácio Novais) Sapatos de cetim branco bordado a fio de ouro, lantejoulas e pedraria, decote rematado com galão e pompom de seda. Século XVIII - Museu Nacional dos Coches (fotografia Horácio Novais) Réplica de sapato Luis XV com estampa floral e fivela com pedras. Ano de 1760 - MNC Saiba mais: http://comjeitoearte.blogspot.com/2011/10/o-calcado-ao-longo-da-historia-ii.html http://comjeitoearte.blogspot.com/2011/10/o-calcado-ao-longo-da-historia-iii.html http://comjeitoearte.blogspot.com/2011/10/o-calcado-ao-longo-da-historia-iv.html http://comjeitoearte.blogspot.com/2011/10/design-de-calcado.html Fontes:http://www.mncalcado.br/ http://www.metmuseum.org/ http://www.ledermuseum.de/index.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Sapato Museu Nacional dos Coches, Fundo Antigo (1977). Águeda: Grafilarte/Artes gráficas Museu Nacional dos Coches, Exposições Temporárias (1976). Águeda:Grafilarte/Artes gráficas