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Introdução à História da Arte A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos existentes. Ela atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. Cada objeto artístico apresenta uma finalidade. Desde a pré-história, o homem sempre criou elementos que o ajudassem a superar as suas necessidades e a vencer desafios. Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos, algo que a utilidade pública muitas vezes não consegue questionar, somente considera a sua beleza. Eles são conhecidos como obra de arte. Elas fazem parte da cultura do povo e são capazes de ilustrar situações sociais ou não. A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto a sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para compor uma obra. Podemos identificá-las de todas as formas: arquitetura, música, cinema, teatro, dança, etc. Ela é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade. Mas, será preciso estudar a história da arte, se ela está em tudo que existe? Por que ela é importante? Para responder a tais questões, é preciso estar disposto a aprender, a conhecer o mundo. Nela, aprendemos a refletir sobre as principais filosofias e os principais críticos da arte, assim como o estudo dos objetos artísticos e os diferentes contextos sociais. A partir daí, você estará apto para criar, criticar e entender os movimentos artísticos que surgem no decorrer dos anos. Saiba que um artista não é só aquele que é criativo, mas aquele que cria objetos capazes de atender as necessidades e divulgar os seus pensamentos, assim como estimular outras pessoas e descobrir novas formas de fazer arte. Arte Pré-histórica A Pré-História é uma época anterior à escrita, iniciada pelo aparecimento dos primeiros hominídeos, entre 1.000.000 até 4000 a.C. Não há nenhum documento escrito revelando algo sobre esse período. Pesquisadores, antropólogos e historiadores, por meio da arqueologia, fizeram estudos para desvendar os povos que viviam nessa época. Nos primórdios da humanidade, a formação da Terra, de acordo com os cientistas, é de cinco bilhões de anos. Já o início da vida na Terra começou a se formar depois de um bilhão de anos. E foi se evoluindo. A Pré-História, conhecida também como Idade da Pedra ou Paleolítico Superior, foi o período mais longo da época, é dividida em três períodos: Paleolítico Inferior – até 500000 a.C. (caça e e coleta, instrumentos feitos de pedra, madeira, ossos, controle do fogo e surgimento dos primeiros hominídeos); Paleolítico Superior – aproximadamente 30 000 a. C (pinturas e esculturas, objetos feito de marfim, ossos, pedra e madeira); Neolítico – por volta do ano 10 000 a.C. (objetos feitos de pedra polida, início da agricultura, artesanato, construção de pedra e a primeira arquitetura), de 5000 até 3500 C surge a idade dos metais, o final desse período, quando acontece o desenvolvimento da metalurgia, surgimento de cidades, invenção da roda, da escrita e do arado de bois. As primeiras manifestações artísticas foram encontradas no Paleolítico Superior ou Idade da Pedra Lascada. Idade da Pedra Lascada O naturalismo era a forma dos primeiros artistas da Pré-História registrarem aquilo que viam. Muitos dos desenhos se assemelhavam aos desenhos infantis, mas as técnicas reproduzidas por eles não devem ser encaradas dessa forma. Como principal característica da arte, temos o naturalismo. Naquele tempo o artista desenhava aquilo que ele estava vendo, e isso é notado, através das pinturas deixadas nas cavernas, ou pinturas rupestres. Os animais, a natureza e tudo que eles podiam captar, eles reproduziam. Uma das explicações sobre isso é que as pinturas eram feitas por caçadores que acreditavam em princípios mágicos: se fizessem a pintura de um animal na parede, poderiam capturá-lo no dia seguinte. Técnicas utilizadas Mãos em negativo – feitas com argila no interior das cavernas, começaram a desenhar e pintar animais. O motivo era que através da pintura de animais, feita por caçadores, eles poderiam capturá-lo no momento de sua caça. Interpretação da natureza – suas imagens produzidas nas cavernas revelam traços de força e movimentos para figuras de animais selvagens, como os bisontes e traços mais leves e frágeis, como cavalos. Escultura – as mulheres eram as mais reproduzidas nas esculturas. Nelas, encontramos uma mulher com ventre e quadris volumosos, seios grandes e a cabeça se juntava ao corpo. Instrumentos – utilizavam para fazer as pinturas óxidos minerais, osso, carvão, sangue de animais e vegetais e também o pó proveniente da trituração de pedras para fazer as mãos em negativo. Destaques Vênus de Savignano; Vênus de Willendorf. Vênus de Savignano Vênus de Willendorf Idade da Pedra Polida Homem começa uma revolução no último período da Pré-História (Neolítico ou Idade da Pedra Polida), por volta do ano de 10 000 a. C. Nesse período eles criavam armas e instrumentos com pedra polida, fato que deu o nome ao período. Com êxito, é o período em que eles começam a domesticar animais e dão os primeiros passos na agricultura. Além disso, os objetos com cerâmica, a fiação, o artesanato e a arquitetura começam a compor o cotidiano do homem na Pré-História. Os povos passaram a formar famílias e foi feita a divisão do trabalho. Técnicas Técnica de tecer panos; Fabricação de cerâmicas; Arquitetura: construção das primeiras casas; Técnicas para a produção do fogo; Trabalho com metais. A partir dessa revolução, os homens como se transformaram em camponeses, trocaram o sentido de caça pela livre abstração e racionalização, ou seja, a arte deixa de ser natural e passa a ser mais geométrica e simples. Surge, então, a primeira transformação da história da arte. Nessa época, os trabalhos cotidianos eram representados e sentia-se a necessidade de dar movimento às imagens. Vê-se nas imagens, a representação de danças, relacionadas as suas crenças, a criação de figuras leves, rápidos, pequenas e com pouca cor. A partir desses desenhos começa a surgir a escrita. Escrita pictográfica – a representação de seres e ideias, através do desenho. Outro fato era a produção de cerâmicas: a beleza era considerada e não apenas a utilidade do objeto. Ex.: Ânfora em terracota, da Dinamarca, e o Vaso escandinavo em terracota, encontradas na Escandinava e na Sardenha. Técnicas da Idade dos Metais: A técnica da cera perdida; Método da forma de barro. Geralmente, as esculturas em metais eram representadas por guerreiros, mulheres cheias de detalhes que mostravam roupas e armas utilizadas no período. Os homens que antes moravam em cavernas passaram a construir suas próprias casas. As mais conhecidas são os nuragues, os dólmens. Nuragues localizados na aldeia de Barumini, na Sardenha Dólmens localizados no Santuário de Stonehenge, Inglaterra Planta do Santuário de Stonehenge Monumentos em Destaque Stonehenge na Inglaterra, considerada uma dos monumentos mais impressionantes do período, é um mistério; Templo de Gdantija, em Malta; Cromeleque do Alamendres, Portugal. Idade Antiga O período da Idade Antiga se estende de 4000 a. C. 476 d. C. Já havia vestígios de civilizações bastante avançadas, mostrando estruturas de sociedades escravistas e de servidão coletiva. O povo era marcado por uma realidade mística: a religiosidade dos egípcios, as buscas gregas pela perfeição, o retorno da natureza humana até a fundação do cristianismo, a religião oficial do Império Romano. Foi nesse período que iniciou a escrita e terminou com a queda do Império Romano do Ocidente. Arte Egípcia A arte egípcia por um lado, é marcada pela escrita avançada, e pela religião. Ela foi capaz de determinar o modo de vida, as relações sociais e hierarquias, direcionando todas as formas de representação artística daquele povo. Eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses e esses poderiam mudar o curso de vida de cada um. Acreditavam, também, na vida após a morte. Baseados nisso, vemos túmulos, estátuas e vasos que eram deixados com os mortos. Toda a arquitetura egípcia, como exemplo, as pirâmides, eram edificadas sob construções mortuárias, as chamadas tumbas. Elas eram idênticas às casas onde os faraós habitavam em vida. As pessoas de classe social mais importante eram sepultadas nas mastabas, que deram origem às grandes pirâmides. Mitologia egípcia e religião As divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir diretamente nos fenômenos da natureza. As cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local.Conheça abaixo uma relação das principais divindades do Egito Antigo e suas características. RÁ-ATUMPrincipal deus egípcio, Rá é o responsável pela criação do mundo e representa o Sol. Ele é descrito de diversas formas, desde com a face de uma ave de rapina até como um escaravelho. Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá. OSÍRIS Descendente direto de Rá (o deus da criação), Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos. ÍSIS Dona de poderes mágicos, protetora e piedosa, a irmã-esposa de Osíris era muito popular - foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do cristianismo. O rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu. SET O deus do caos é o responsável pelas guerras e pela escuridão. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Tem a forma do porco-formigueiro - animal raro da África. NEPHTHYS No vale-tudo da mitologia, foi irmã-esposa de Set e de Osíris. Após a morte deste, separou-se de Set e se juntou a sua irmã Ísis em luto. É associada ao culto dos mortos e mostrada às vezes como uma mulher ao lado de sarcófagos. HÓRUS Filho de Osíris e Ísis, tem cabeça de falcão e é o protetor dos faraós e das famílias. Quando perdeu o pai, lutou contra Set pelo trono de principal deus do Egito. Após intervenção de Osíris, direto do "Além", os demais deuses aclamaram Hórus como líder supremo. HATHOR A esposa de Hórus é a deusa guardiã das mulheres (especialmente as grávidas) e protetora dos amantes. No Egito antigo, a vaca era considerada um animal gentil, por isso Hathor era representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca. ANÚBIS O deus com cabeça de chacal nasceu da união de Osíris e Nephthys. Foi ele quem criou a primeira múmia, ao preparar o corpo do pai assassinado. Tem papel importante na passagem para o mundo dos mortos. THOTH Sua origem é polêmica: alguns textos o apresentam como filho de Rá, outros, como de Set. Com cabeça de uma ave - a íbis - é o deus da Lua, da sabedoria e da cura. É o patrono dos escribas e trouxe os hieróglifos ao Egito. BASTET Ligada à fertilidade, é a deusa da sexualidade e do parto. Após o ano 1000 a.C., sua imagem ganhou a forma de gato - animal que para os egípcios traz boa sorte. É mais uma das filhas de Rá. SEKHMETH A poderosa deusa com cabeça de leoa é filha de Ra, mas reflete o aspecto destrutivo do Sol. Foi enviada por Rá para punir os humanos que passaram a adorar um deus em forma de serpente. A classe social era dividida entre sacerdotes e faraós, fazendo parte da classe alta, e de comerciantes, artesãos e camponeses, e mais abaixo ainda da camada estavam os escravos. Esse império se iniciou com Djoser o Antigo Império (3200-2200 a.C.) seu contribuição foi transformar o Baixo Egito no centro do reino. O império é dividido em: Antigo Império – 3200 a 2300 a. C. Médio Império – 2000 a 1580 a. C. - as convenções e o conservadorismo mostravam esculturas e retratos que representavam a aparência ideal e não a real das pessoas. Novo Império – 1580 a 525 a. C. Arquitetura As características gerais da arquitetura egípcia são: solidez e durabilidade; sentimento de eternidade; aspecto misterioso e impenetrável. Os tipos de colunas egípcias são divididos conforme seu capitel. Componentes de uma coluna: Fuste:É a própria coluna que vai da base ao capitel; Base: É o ponto de ligação do fuste com o pedestal; Capitel: Faz a união entre o elemento vertical e horizontal. Geralmente é a parte mais trabalhada da coluna e é o que caracteriza seu estilo. A ordem protodórica marca sob o Antigo Império a transição entre o pilar e a coluna: • Palmiforme – inspirada na palmeira branca; • Papiriforme - flores de papiro. O fuste da coluna papiriforme é igualmente fasciculado, desta vez em arestas vivas. Quando as umbrelas estão abertas, o capitel é chamado de campaniforme; • Lotiforme – capitel representa um ramo de lótus com corolas fechadas e o fuste reproduz vários caules atados por um laço. Destaques que marcaram a imponência e poder do faraó: A pirâmide de Djoser, na região de Sakara, construída pelo arquiteto Imotep; Pirâmides do deserto de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, sendo a maior a primeira. Esfinge do Egito Antigo: uma representação do faraó Quéfren, a mais conhecida. Pirâmide escalonada de Djoser Pirâmides de Gizé Esfinge de Gizé Mastaba Pintura A arte, no período era padronizada, pois seguia critérios religiosos; assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era: A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista. Escultura Na escultura, apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais. Casal Real Escriba sentado Depois, no Médio Império, o Egito apresentava suas esculturas e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os reis. Já no Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela reconstrução de templos inacabados. Um novo tipo de coluna, nos templos mais conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, pois eram trabalhados com papiro e a flor de lótus. Um dos monumentos que se destacaram foi o Túmulo da rainha Hatshepsut. Arte da Mesopotâmia Teocrática e absolutista, a civilização mesopotâmica produziu manifestações artísticas subordinadas aos interesses do estado e da religião, o que não impediu a criação de formas expressivas de grande originalidade e valor estético. A arte mesopotâmica compreende as obras artísticas das diversas culturas que, na antiguidade, se desenvolveram na região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Os primeiros vestígios de populações estáveis foram encontrados na região norte e datam de meados do sexto milênio antes da era cristã, na transição entre o neolítico e o calcolítico. Essas comunidades foram denominadas de acordo com a localização dos sítios arqueológicos: Hassuna, Hassuna-Samarra e Halaf. A cerâmica produzida por essas populações é decorada com desenhos geométricos adaptados à forma dos vasos com notável habilidade. No delta formado pelos dois rios, a fase pré-histórica mais antiga recebe o nome de Obeid I. Acredita-se que o povo sumério tenha surgido dos primitivos povoadores, mas a hipótese não foi comprovada. A presença dos sumérios só é corroborada com provas a partir de aproximadamente 3100 a.C., com a invenção da escrita. A Mesopotâmia — nome grego que significa "entre rios" (meso - pótamos) - é uma região de interesse histórico e geográfico mundial. Trata-se de um planalto de origem vulcânica localizado no Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, ocupado pelo atual território do Iraque e terras próximas. Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda é rodeada por desertos. Inserida na área do Crescente Fértil - de Lua crescente, exatamente por ela ter o formato de uma Lua crescente e de ter um solo fértil -, uma região do Oriente Médio excelente para a agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas: ao Norte a Alta Mesopotâmia ou Assíria, uma região bastante montanhosa, desértica, desolada, com escassas pastagens, e ao Sul a Baixa Mesopotâmia ou Caldéia, muito fértil em função do regime dos rios, que nascem nas montanhas da Armênia e desaguam separadamente no Golfo Pérsico. História A Mesopotâmia é considerada um dos berços da civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia onde surgiram as primeiras civilizações por volta do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o resultado culminante de uma sedentarização da população e de uma revolução agrícola, que se originou durante a Revolução Neolítica. O homem deixava de ser um coletor que dependia da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma nova forma de domínio do ambiente é uma das causas possíveis da eclosão urbana na Mesopotâmia. Povos A Mesopotâmia foi uma região por onde passavam muitos povos nômades oriundos de diversas regiões. A terra fértil fez com que alguns desses povos aí se estabelecessem. Do convívio entre muitas dessas culturas floresceram as sociedades mesopotâmicas. Os povos que ocuparam a mesopotâmia foram os sumérios, os acádios, os amoritas ou antigos babilônios, os assírios, os elamitas e os caldeus ou novos babilônios. Como raramente esses Estados atingiam grandes dimensões territoriais, conclui-se que apesar da identificação econômica, social e cultural entre essas civilizações, nunca houve um Estado mesopotâmico. Artes O Grande Zigurate de Ur, um zigurate de 4100 anos, perto de Nassíria, no Iraque. Arquitetura. A mais desenvolvida das artes , porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região;. O zigurate, torre piramidal, de base retangular, composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astronômicas. As muralhas construídas por Nabucodonosor eram tão largas, que sobre elas realizavam-se corridas de carros. Mais famosas foi as portas, cada uma dedicada a uma divindades e ornamentadas com grandes figuras em relevo. O caminho das procissões e a porta azul de Ishtar(deusa do amor e da fertilidade) eram decorados com figuras em cerâmicas esmaltada. A porta encontra-se no Museu de Berlim, mas suas cores desaparecem. Escultura e a pintura Tanto a escultura quanto a pintura eram fundamentalmente decorativas. A escultura era pobre, representada pelo baixo relevo. Destacava-se a estatuária assíria, gigantesca e original. Os relevos do palácio de Assurbanipal são obras de artistas excepcionais. A pintura mural existia em função da arquitetura. Um dos raros testemunhos da pintura mesopotâmica foi encontrados no Palácio de Mari, descoberto entre 1933 e 1955. Embora as tintas utilizadas fossem extremamente vulneráveis ao tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber o seu brilho e vivacidade. Seus artistas possuíam uma técnica talvez superior à que lhes era permitido demonstrar. Como era preciso colocar figuras de três dimensões numa superfície de apenas duas, a imagem sofria processo de distorção: cabeça, pernas e pés eram representados de perfil; o busto, de frente. Essa dissociação recebeu o nome de "lei da frontalidade" e marca todas as épocas da arte mesopotâmica. Nas esculturas mais antigas, os padrões de elaboração eram rígidos: nariz em forma de bico, globo ocular indicado por uma concha, pupila em lápis-lazúli, cílios marcados com um risco preto. Os trajes convencionais distinguiam as figuras femininas das masculinas: na época dos sumérios, o homem cobria-se até a cintura, enquanto a mulher deixava nus apenas o braço e o ombro direitos. De modo geral, as esculturas destinavam-se a substituir a presença da pessoa representada, no templo. Por essa razão, as figuras, na maior parte das vezes, encontram-se em posição de adoração. Esse rigor formal pode ser observado nas placas fúnebres que acompanhavam o morto ao túmulo, narrando em pedra ou argila os acontecimentos mais importantes da sua vida. Não se conhece o nome de nenhum artista mesopotâmico. As obras eram executadas em grandes ateliês anexos aos palácios por uma coletividade de pessoas que, na escala social, se encontravam no mesmo nível dos artesãos. Escrita No Código de Hamurabi, arquitetos e escultores são mencionados ao lado de ferreiros e sapateiros, ou seja, constituíam a terceira classe da sociedade mesopotâmica: os mushkinu - palavra da qual deriva o vocábulo "mesquinho". Código de Hamurabi - Museu do Louvre Escrita cuneiforme do Código de Hamurabi A escrita cuneiforme permitiu o desenvolvimento dos selos cilíndricos, criados pelos sumérios. Os temas, representados em relevo, eram muitos diversos ( animais, plantas, procissões). Impresso na argila fresca, reproduzia as figuras com absoluta fidelidade, funcionando como uma espécie de marca registrada do seu dono. Cunha para a escrita cuneiforme Numeração Babilônica Alfabeto correspondente à escrita cuneiforme Arte Grega Introdução Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição. Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos. Arquitetura Grega Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico (veja abaixo). A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos: 1 – Coríntio - pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas. 2 – Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza. 3 – Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular. Exemplos de construções da Grécia Antiga: - Estátua de Zeus em Olímpia - Parneton de Atenas - Colosso de Rodes - Tempo de Ártemis em Éfeso - Farol de Alexandria Pintura Grega A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios. Escultura Grega As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos. Afrodite, Eros e Pan Discóbulo Influência na arte romana Quando dominaram a Grécia, os romanos ficaram tão admirados com a arte grega que buscaram "imitar" o estílo artístico grego. Basta observarmos os detalhes das esculturas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as semelhanças. Arte Romana Introdução Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e elementos artísticos e culturais da Grécia Antiga e chegou a "copiar" estátuas clássicas. Imperadores, deuses e figuras mitológicas foram retratados nas esculturas romanas. Discóbolo de Míron (450 a.C.) Figura de um atleta (Albânia) Aníbal Barca (247 a.C - 183 a.C.) Arquitetura romana Durante a época do auge do Império Romano, houve a construção de diversos monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. Na arquitetura, destacam-se a construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos. Arco de Constantino Pintura romana A pintura mural (afrescos) recorreu ao efeito da trimensionalidade. Os afrescos da cidade de Pompéia (soterrada pelo vulcão Vesúvio em I a.C.) são representativos deste período. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas. SALA dos MISTÉRIOS - pintura mural da Roma Antiga Os gêneros artísticos mais comuns na pintura romana eram: paisagens, retratos, arquiteturas, pinturas populares e pinturas triunfais. Natureza-morta de Pêssegos e Jarro de Água, c. 50 d.C. Pintura mural de Herculano. Natureza-morta com ovos e tordos. Pintura mural proveniente da villa di Giulia Felice em Pompeia. Século I .d.C. Cena da vida de Íxion, Casa dos Vettii, Pompeia. Mulher romana Os pintores romanos usavam como materiais de trabalho tintas produzidas a partir de materiais da natureza como, por exemplo, metais em pó, vidros pulverizados, substâncias extraídas de moluscos, pó de madeira e seivas de árvores. Arte Paleocristã Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva. Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios. Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos.Nesses locais, a pintura é simbólica. Para entender melhor a simbologia: Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em grego ichtus, forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador". Outra forma de simboliza-lo é o desenho do pastor com ovelhas "Jesus Cristo é o Bom Pastor" e também, o cordeiro "Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus". Passagens da Bíblia também eram ali simbolizadas, por exemplo: Arca de Noé; Jonas engolido pelo peixe e Daniel na cova dos leões. Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores de Roma. Os cristãos foram perseguidos por três séculos, até que em 313 d.C. o imperador Constantino legaliza o cristianismo, dando início à 2a fase da arte paleocristã : a fase basilical. Tanto os gregos como os romanos, adotavam um modelo de edifício denominado "Basílica" (origem do nome: Basileu = Juiz) , lugar civil destinado ao comércio e assuntos judiciais. Eram edifícios com grandes dimensões: um plano retangular de 4 a 5 mil metros quadrados com três naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal. Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas basílicas para eles pudessem usar como local para as suas celebrações. O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o revestimento interno das basílicas, utilizando imagens do Antigo e do Novo Testamento. Esse tratamento artístico também foi dado aos mausoléus e os sarcófagos feitos para os fiéis mais ricos eram decorados com relevos usando imagens de passagens bíblicas. Na cidade de Ravena pode-se apreciar o Mausoléu de Gala Placídia e a igreja de Santo Apolinário, o Novo e a de São Vital com riquíssimos mosaicos. Em 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o Império Romano entre seus dois filhos: Honório e Arcádio.Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, tendo Roma como sua capital , e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com a capital Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul). O império Romano do Ocidente sofreu várias invasões, principalmente de povos bárbaros, até que, em 476 d.C., foi completamente dominado(esta data, 476 d.c., marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média). Já o Império Romano do Oriente (onde se desenvolveu a arte bizantina), apesar das dificuldades financeiras, dos ataques bárbaros e das pestes, conseguiu se manter até 1453, quando a sua capital Constantinopla foi totalmente dominada pelos muçulmanos (esta data, 1453, marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna). Detalhe de um sarcófago, provavelmente proveniente da Catacumba de Domitília, mostrando o julgamento de Pilatos. Glossário Afresco: arte ou método de pintura mural que consiste em aplicar cores diluídas em água sobre um revestimento de argamassa ainda fresco, de modo a facilitar o embebimento da tinta. Catacumbas: conjunto de galerias e salas escavadas no subsolo para sepultamentos, especialmente as construídas pelos cristãos, em Roma, do século 1 ao século 4, talvez também usadas como lugar de culto, catequese e refúgio às perseguições. Iluminura: desenho, miniatura, grafismo que ornamenta livros. Arte Bizantina A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficialização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus. A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas. Igreja de Santa Sofia O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do império. Mosaico com imagem de Justiniano na Basílica de São Vital em Ravenna Arquitetura O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega. Igreja de Santa Sofia (interior) A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho. Igreja de Santa Sofia Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apolinário e São Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula central sustentadas por colunas e os mosaicos como elementos decorativos. Basílica de Santo Apolinário - Classe (Itália) Basílica de San Vitalle - Ravena (Itália) Pintura e Escultura A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação. Ícone Miniatura Afresco "A Cretense", de influência veneziana. Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham. Díptico consular de Flávio Anastácio Probo. Tríptico Harbaville feito em marfim, Museo de Louvre, Paris, França. Mosaicos O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-se ainda a figura dos profetas. Imperatriz Teodósia e sua família (detalhe) «O Bom Pastor entre dois Anjos» - Mosaico bizantino do século VI – Basílica de Santo Apolinário Novo em Ravenna, Itália O Imperador bizantino Constantino IX Monômaco (reinou 1042-1055) e a Imperatriz Zoé diante do Cristo Pantocrátor. Mosaico da galeria sul da catedral da Divina Sabedoria (Haghia Sophia, Santa Sofia), Constantinopla, meados do séc. XI dC.
Introdução O Império de Mali originou-se do reino de Mali e teve como capital a cidade de Niani. A crença mandinga relata que o rei do Mali e sua família, foram massacrados pelo soberano do reino do Sossoe, Sumaoro Kante, contudo, uma criança enferma denominada Sundiata Keita, conseguiu escapar com vida desse massacre. A tradição conta que Sundiata recobrou a saúde após tocar o cetro real, prometendo vingar a morte de seus familiares. Em 1235, Sundiata atingiu seu objetivo, originando o Império de Mali. O Império de Mali foi o mais rico da África nos séculos XIII e XIV tendo declinado na metade do século XV (1600). Suas principais cidades foram: Niani, a capital, Kumbi-Saleh, antiga capital do império de Gana, Walata, Tombuctu, Djenné, Kirina e Gao. A população da capital Niani, era de aproximadamente 100 mil pessoas, e estima-se que o império de Mali tenha comportado 40 a 50 milhões de habitantes em 400 cidades que formavam o império. Aspectos políticos e econômicos O Império de Mali foi o maior produtor de ouro na África. Seu povo praticava a agricultura e a pecuária de subsistência, sendo que o artesanato era uma atividade de grande importância para a economia e a cultura. Por Tombuctu circulavam sal e ouro das minas do Império Mali, tecidos, grãos e noz-de-cola das flores, além de peles, plumas, marfim e instrumentos de metal. Ao longo do século XIV, Tombuctu se transformou num importante centro intelectual do mundo, reunindo cerca de 150 escolas com muitos estudantes oriundos de outras partes do território africano. O poder político era exercido pelo Imperador, embora possuísse uma espécie de regime democrático, já que o povo tinha acesso a este por meio das chamadas reclamações. A estrutura política do império foi estabelecida pela Carta de Kurukan Fuga. O Mansa vestia-se com artefatos de ouro e usava uma túnica vermelha (mothanfas). O trono do imperador era o pempi, uma poltrona feita de ébano. Tombuctu O mansa detém como funções ministrar a justiça no reino, e comandar a guerra. O Império era governado de duas formas: no centro, o controle direto do rei, na periferia, eram estabelecidos reinos protetorados. O reino central era subdividido em províncias com um governador (dyamani tigui). As menores unidades de uma província eram os kafo e os dugu. Os reis da periferia reconheciam a soberania do imperador, mas não perdiam seu estatuto de reis. Estes normalmente pagavam impostos ao imperador. A constituição do Império Mali Após a vitória contra Sumaoro Kante na batalha de Kirina, Sundiata reuniu os seus apoiadores para definir as bases do governo do novo império. Na planície de Kurugan Fuga, próxima ao local onde foi estabelecida a capital Niani, ocorreu a Gbara (Grande Assembléia) onde estabeleceram a administração do império com modelo semelhante a do Império de Gana: - Sundiata foi proclamado mansa (malinka) ou mangha (soninke), que significa imperador, chefe dos reis e juiz supremo. Toda a linhagem sucessória seria escolhida na linhagem de Sundiata e os príncipes escolheriam a primeira esposa do clã Konde,o qual pertencia Sogolon Konde, mãe de Sundiata; - Os chefes de Nema e Wagadu foram proclamados reis; - Os demais chefes receberam o título de farin; - A sucesseão seria fraternal, irmão sucederia irmão; - A divisão dos Maninka em 16 clãs de homens livres considerados nobres, denominados "portadores de aljavas"; - Os cinco clãs dos Marabus, aliados de Sundiata Keita na batalha, foram proclamados "cinco guardiões da fé"; - Trabalhadores de determinados ofícios foram divididos em quatro clãs: os griots, que eram os porta-voz e mestre de cerimônias do império; os sapateiros; os ferreiros; os barqueiros, denominados "mestres das águas". Aspectos culturais e religiosos A religião oficial do Império do Mali era o islamismo. Acredita-se que o islã do Mali tenha carregado algumas características das religiões animistas do Mali antigo: os dyeli (sacerdotes) praticavam ritos com os rostos cobertos por máscaras animistas, a população comia carnes consideradas impuras pelo islão, etc. Os principais agentes da divulgação do Alcorão no Mali eram os comerciantes sarakholés e diúlas. O islamismo está ligada ao estudo, não só do Corão, mas ao ensino em geral. Embora seja importante fazer um parêntese, para notar que havia na religião várias influências especialmente pagãs. As crianças aprendiam o Corão, mas ainda havia muito de feitiçaria nas crenças populares. Mansa Mussa foi o rei que incentivou a cultura, o ensino e a expansão do Islã. Na sua famosa peregrinação a Meca, ele trouxe para o Mali, mercadores e sábios e divulgou a religião islâmica. O imperador também trouxe consigo um poeta-arquiteto, Abu Issak, mais conhecido como Essaheli, ou Ibrahim Abû Ishaq Essaheli. Foi ele quem planejou a grande mesquita de Djingareiber. Uma jóia da arquitetura que começou a ser construída em 1325 e foi terminada por Kandu Mussa. Esse rei também enviou estudiosos para o Marrocos, para estudar na universidade de Fez. Esses sábios voltaram ao Mali e lá fundaram seus centros de ensino e estudo corânico. Timbuktu se tornou um centro de difusão de conhecimento para comerciantes e para estudiosos. Auge e declínio O auge do Império de Mali foi após Sundjata Keita, onde governou seu filho Mansa Ulé. Mansa Ulé entregou o controle das províncias imperiais a diferentes generais, proporcionando a descentralização do reino. Um escravo do mansa Abubakar I, Sakura, foi entronizado como imperador e aumentou os domínios do Mali, fazendo com que mais reis se tornassem vassalos do imperador. Sakura foi assassinado após retornar de uma peregrinação. Abubakar II, o mansa que assumiu o governo em 1303, ficou célebre por conta de sua tentativa sem sucesso de expandir para o oeste enviando navios pelo oceano atlântico, na direção da América do Sul. O Mansa Musa, mansa de 1312 a 1332, foi um outro célebre rei malinqué que organizou uma grandiosa peregrinação com cerca de 60 mil servidores e cem camelos carregados de ouro, impressionando os líderes árabes da época. Este mansa foi responsável pela construção em Timbuktu da mesquita de Djinger-ber, pela expansão e afirmação do Islã no império e por estabilizar as relações diplomáticas do Mali com os reinos vizinhos. Seu reinado é considerado a Era Dourada da História do Mali. Durante o reino de Maghan, Timbuktu foi saqueada por povos estrangeiros. Mansa Suleiman recuperou a economia do Império e tentou restaurar a sua influência sobre a periferia, fazendo-se reconhecer em sua soberania sobre os Tuaregues. Os reinados de Mari Djata e Mussa II marcaram o início do período de decadência do Império. A queda do Império do Mali está relacionada às lutas internas pela posse do trono, o crescimento do Império de Gao e os levantes dos reinos vassalos. Os Peules iniciaram um movimento de resistência liderados por Djadjé no começo do século XV, ao mesmo tempo em que povos do Tekrur se associaram aos estados volofos, e as províncias do leste eram anexados por Gao. Em 1490 o Gao já havia conquistado o Futa, o Toro, o Bundu e o Dyara. Nessa época, o Imperador do Mali tentou formar uma aliança com o rei João II de Portugal, mas as missões diplomáticas não chegaram à Europa. A investida das dinastias Askias de Gao fez com que o Mali se dissolvesse de vez, quando a capital do Mali foi ocupada em 1545. Em 1599 o domínio do Gao foi substituído pelo controle marroquino, e o Mansa Mahmud organizou uma nova resistência se aproveitando da situação, mas seus homens foram derrotados pelas armas de fogo dos marroquinos, marcando o fim do império do Mali. Fonte: Blog Império de Mali Sundiata Keita (Rei Leão) A origem de Sundiata é um pouco confusa. As fontes escritas que se referem a ele são escassas. São as tradições orais que constituem a fonte genuína de documentação. O seu nascimento dá-se em circunstâncias extraordinárias. É filho da segunda esposa do rei Naré Fa Maghan. Nasce feio, com deficiência motora e débil por volta de 1210. Com três anos ainda não sabe andar e fala mal. Diz uma tradição que uma doença incurável o impedia de caminhar. A primeira mulher do rei, chamada Samura, nada teme com este nascimento. A sucessão do trono está garantida para o seu filho primogénito. Vive tranquila. Um príncipe incapacitado não pode ser um grande governante. Os acontecimentos, porém, precipitam-se. Sumaoro Kantê, rei dos Sosso, ocupa o Mali e mata todos os filhos do rei Naré… menos Sundiata. O menino salva a vida, porque a sua deficiência não aparenta qualquer perigo. Sumaoro lamentará por toda a vida este erro. O príncipe Sundiata refugia-se no Gana. Converte-se num grande mago e, graças ao seu poder mágico, cura a sua enfermidade. O exílio dura muitos anos. Aprende a caçar, a lutar e a recitar os provérbios que contêm a sabedoria dos seus antepassados. Começa a recrutar um bom grupo de soldados e forma um exército. Ele decide reconquistar o trono do seu pai e, durante o regresso à terra, passa por todos os reinos que conheceu quando ia para o exílio. Reúne mais soldados, arqueiros e cavaleiros. O anúncio da sua chegada suscita um grande entusiasmo entre os Malinqués, cujos clãs haviam formado exércitos próprios. Também estes se aglutinam à volta de Sundiata. Conta a lenda que tanto o príncipe Sundiata como o rei Sumaoro são feiticeiros. Este último é vulnerável ao ferro e o seu animal preferido é um galo branco. Apenas um esporão de galo branco poderia destruí-lo. Sabendo disso, Sundiata constrói um arco de madeira com um esporão branco numa das extremidades. O dia da batalha decisiva ocorre em 1235. Os adversários medem forças em Kirina. Na véspera da batalha, cumprem o ritual de declaração de guerra: – Eu sou o inhame selvagem das rochas (planta de raiz semelhante à batata-doce). Ninguém me fará sair de Mali – grita Sumaoro. – Tenho no meu acampamento sete ferreiros que te despedaçarão. Então, inhame, eu te comerei – replica Sundiata. – Eu sou o musgo venenoso que faz vomitar os valentes. – Eu sou o galo voraz. O veneno não me preocupa. – Tem cuidado, Sundiata, ou queimarás o pé, porque eu sou um carvão em brasa. – Pois eu sou a chuva que apaga o fogo. As intenções dos litigantes são manifestas. No decorrer da batalha, Sundiata armou a flecha no seu arco especial e disparou. O esporão de galo branco roçou o ombro esquerdo do rei Sumaoro. E o monarca sente que as forças lhe escapam. Foge e a sua derrota consuma-se. O príncipe Sundiata persegue-o, mas não consegue capturá-lo. A cidade de Sosso é arrasada. Depois da grande vitória de Kirina, o rei Sundiata estabelece a capital do reino em Niani, na actual fronteira do Mali com a Guiné-Conacri. Sela uma grande aliança com os chefes da região, para criar um grande império. É aclamado solenemente Mansa – o rei dos reis ou imperador. Nasce, deste modo, um dos grandes impérios de África, que floresceram na Idade Média. A vitória de Kirina favorece a economia. Depois dela, a agricultura desenvolve-se com o cultivo de arroz, favas, inhame, cebolas e do algodão. O imperador Sundiata controla o comércio na zona e também as minas de ouro do Gana. No seu apogeu, este império abarcou grande parte da curva do rio Níger. Tal como o nascimento, também a morte de Sundiata está envolvida de mistério. Segundo uma tradição, ele morre no decurso de uma cerimónia, trespassado por uma flecha. Outra tradição diz que morre afogado em circunstâncias inexplicáveis. O que se sabe é que falece por volta do ano 1255. Fonte: Site AUDÁCIA Sundiata, o Rei Leão do Mali A epopéia do rei Sundiata Keita do Mali foi a inspiração para o filme da Disney “O Rei Leão” . No entanto, o filme apenas “dá uma pincelada” na riqueza da cultura , do patrimônio e da história real. O livro de imagens de David Winiewski "Sundiata, O Rei Leão do Mali" (versão da história africana publicada no ano de 1992) e o relato histórico real do Rei Leão Sundiata, do século 13, são ambos mal utilizados por "O Rei Leão" da Disney. A Disney tem sido elogiada por usar animais africanos como personagens da história , pela utilização da paisagem africana, pela utilização da arte africana na ilusrtação do projeto, e pela utilização de atores africano-americanos nas vozes dos personagens do filme. Se o filme consegue fazer com que a cultura africana seja aceita pelas pessoas geralmente resistentes ao reconhecimento de qualquer outra cultura, a não ser a sua própria, então realmente ele merece ser conhecido por esta pequena brecha na divisão racial. No entanto, no sentido mais amplo, o filme diminui a rica herança cultural da história e da história da qual deriva . Sundiata era o 12 º filho do rei do Mali, e ele era visto pelos reis "griot", como destinado à grandeza . Uma abordagem interdisciplinar permitiria a professores de inglês, história e geografia apresentar a epopeia de uma perspectiva histórica e literária. Essa história merece estar entre épicos como “Gilgamesh”, da Mesopotâmia, “Ilíada” e “Eneida”, dos antigos gregos, e a maravilhosa história de “Beowulf” da literatura anglo- saxão . Esta é a história de um verdadeiro rei que fundou no oeste africano o reino de Mali, um império cujo maravilhas deixaram uma herança brilhante de cultura e uma sabedoria antiga iluminada e rica. Livremente traduzido e adaptado do site African, Black & Diasporic History por Léo Rossetti Mansa Musa Mansa Musa - (1312 - 1332). Peregrinou à Meca por volta do ano 1324 com 60 mil servidores e cem camelos carregados de ouro, impressionando os líderes árabes da época. No retorno, trouxe sábios e profissionais de mais diversas áreas do conhecimento. Responsável pela consolidação do Islã no império de Mali. É considerado o responsável pela época de ouro do império. Incentivou a cultura, o ensino e a religião, o Islã. Neto de Sundiata foi o homem mais rico do mundo conhecido e sua fortuna foi estimada em U$ 400 bilhões de dólares segundo o site americano CelebrityNetworth. Fonte das imagens: Site Teetering Bulb Leia mais sobre a história de Mansa Musa clicando aqui! Mansa Musa I, rei africano do século 14, foi homem mais rico da história Por valores reajustados segundo a inflação atual, a fortuna pessoal de Mansu Musa I, que vivia na região onde fica hoje o Mali, valeria o equivalente a US$ 400 bilhões (R$ 815,3 bilhões) na ocasião de sua morte, em 1331. Nascido em 1280, Musa, que ganhou o título de Mansu, que significava rei dos reis, foi o rei do império mali por 25 anos. Seu reino englobava o território atualmente formado por Gana e o Mali e regiões ao redor. Musa foi um devoto muçulmano que ajudou a difundir a fé islâmica pela África e fez do império mali uma potência. Ele investiu fortemente na construção de mesquitas e escolas e fez da capital de seu império, Timbuktu, um centro de comércio, saber e peregrinação religiosa. O império de Musa respondeu pela produção de mais de a metade do suprimento mundial de ouro e sal, de onde o governante tirou boa parte de sua vultosa fortuna. Muitos comerciantes vindos da Europa foram a Timbuktu, atraídos pelo ouro e pelas oportunidades de negócios oferecidos pela capital do império erguido por Musa. Os herdeiros do imperador não teriam conseguido preservar sua vasta riqueza, devido a perdas provocadas por guerras civis e invasões realizadas por conquistadores. Fonte: Site Geledés A história de Mansa Musa ilustrada Kephra Burns é autor do livro "Mansa Musa: the lion of Mali". A história foi ilustrada por Leo e Diane Dillon. A obra pode ser vista e adquirida através do site Amazon. Vamos conferir algumas imagens do livro: Gostou das imagens? Gostaria de saber mais sobre o livro, ver outras imagens ou adquirir a obra? Então clique aqui. A história de Mali em quadrinhos! Quem construiu o Império Mali? Como foi a viagem de outro de Mali?
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Escrita há mais de 4000 anos, a Epopeia de Gilgamesh é mais do que as aventuras de um rei poderoso, ela traz uma reflexão sobre a existência humana.
Modern painters have been influenced by the Altamira cave paintings. After a visit, Pablo Picasso exclaimed "after Altamira, all is decadence". - Dopo Altamira, tutto è decadenza, esclamò Pablo Picasso, 1881-1973, incantato dinanzi allo spettacolo delle pitture rupestri nella grotta spagnola di Altamira. Molti pittori sono stati influenzati dalle opere delle grotte di Altamira.
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Tarihi sil baştan yazdıran keşif Göbeklitepe UNESCO Dünya Miras Listesi'nde yer alan ve tüm dünyanın dikkatini çeken Şanlıurfa'daki Göbeklitepe' de insanlık tarihinin bilinen ilk tapınakları yer alıyor. Peki M.Ö. 10 bin yıl önce henüz yerleşik hayata geçmemiş olan avcı toplumlar böylesi görkemli tapınakları nasıl yaptı? Göbeklitepe işte bu ezberi bozuyor Şanlıurfa Arkeoloji Müzesi'nin girişinde bir pano var. Panoda İngiltere'deki Stonehenge'in M.Ö 2500'de, Mısır piramitlerinin M.Ö 2600'de, Mezopotamya Zigguratları'nın M.Ö 4000'de, Portekiz'deki Almenders Cromlech'in M.Ö 6000'de, Göbeklitepe'deki tapınakların ise M.Ö. 12.000'de inşa edildiğini gösteren bir çizelge bulunuyor. Bu çizelge bile Göbeklitepe'nin, insanın tarihsel yolculuğunda nerede durduğunu anlamamız için yeterli. İnsanın kendi elleriyle yaptığı, bilinen ilk tapınaklar var burada. Hem de insanın henüz yerleşik hayata geçmediği, avcı olarak yaşadığı bir dönemde inşa edilmiş. Sonra burayı inşa edenler, nedendir bilinmez üzerini toprakla kapatmış ve Göbeklitepe derin bir uykuya yatmış. Taa ki 1980'lere kadar. 1980'li yılların sonlarında iki köylü Şanlıurfa'da tepelik bir arazide, topraklarını sürerken bir heykel buluyor. Alıp evlerine götürüyor. Heykelin müstehcen olduğunu düşündükleri için ahıra koyup üstünü örtüyorlar. Fakat bu heykelle ne yapacaklarını da bilemiyorlar. Sonunda devlet yetkililerine teslim etmeye karar veriyorlar. Ama 'devlete kirli heykel götürülmez' diye bir güzel yıkayıp öyle Şanlıurfa Arkeoloji Müzesi'ne teslim ediyorlar. O yıllarda müzede bu heykelin değerini kavrayacak Neolitik Çağ uzmanı yok. Bunun için heykel depoya kaldırılıyor. Aradan zaman geçiyor. 1990'lı yıllarda Urfa'da Nevali Cori kazısını yapan Prof. Harald Hauptmann ile onun ekibinden öğrencisi Klaus Schmidt bu kazıdan çıkarılan eserleri teslim etmek için müzeye geliyor. Müze yetkilileri onlara Örencik Köyü'nde yaşayan köylülerin vakti zamanında getirdiği heykeli gösteriyor. Schmidt'in o an gözleri parlıyor, müze yetkilisine "Nereden buldunuz bu heykeli?" diye soruyor. Örencik Köyü'ne gidiliyor, köylüler bulunuyor, Schmidt ile köylüler bu heykelin çıktığı araziye gidiyor. İşte o arazi yıllar içinde kazılıyor ve altından insanlık tarihini değiştiren, tarihin sıfır noktası olarak nitelendirilen Göbeklitepe'deki tapınaklar ortaya çıkıyor. SARSICI BİLGİLER M.Ö. 10 bin yıl önce insanlık bir inanç merkezi inşa etmiş! Bu bilgi, insanın tarihsel serüvenini iyi bilenler için elektrik çarpması etkisi yapacak kadar sarsıcı. Çünkü bildiğimiz ezberler bozuluyor bu bilgiyle. Peki nasıl? Çünkü Göbeklitepe keşfedilmeden önce bize, 12 bin yıl önceki insanın avcılık yaparak ilkel bir şekilde yaşadığı öğretilmişti. Böylesi kompleks bir tapınağı inşa etmesi için insanın önce barınak yapmayı öğrenmesi, sonra tarıma başlayarak yerleşik hayata geçmesi gerekiyordu. Yerleşik hayata geçmemiş ilkel avcı toplumlarında inancın yerinin olmadığı düşünülüyordu. Ama işte Göbeklitepe bu ezberi bozdu. Anlaşıldı ki Göbeklitepe'de yaşayan insanlar, yerleşik hayata geçmeden önce ileri düzeyde mühendislik zekasına sahipti ve heykelleri işleyecek bir estetik anlayışları vardı. Ama en önemlisi daha avcı toplumuyken bile bir inanca sahiptiler ve bu inanç onlara görkemli tapınaklar yaptırmıştı. Yani insanın kadim yolculuğunda inanç ihtiyacının ortaya çıkması için yerleşik hayata geçmesi gerektiği düşüncesi tuzla buz oluyordu. Şanlıurfa'daki şehir merkezinden 30 kilometre uzaklıktaki Göbeklitepe'deki tapınakları görmek için her gün buraya gelen yüzlerce ziyaretçi işte burada inancın insan için ne kadar önemli olduğu gerçeğiyle yüzleşiyor. ADETA ZAMAN MAKİNESİ Ziyaretçileri ilk önce Göbeklitepe Ören Yeri'nin hemen girişindeki, çevreye uygun mimarisiyle dikkat çeken ziyaretçi merkezi karşılıyor. Görsel ve işitsel olarak çok iyi tasarlanmış bu merkez adeta bir zaman makinesi. Çünkü sizi simülasyonlarla günümüzden 12 bin öncesine götürüyor ve Göbeklitepe'yi inşa eden insanların nasıl yaşadıklarını anlamanızı sağlıyor. Hiç de ilkel değiller. 12 bin yıl öncesinde gelişmiş bir topluluk var karşınızda. Bir toplumsal iş bölümü yapılmış. İşçi sınıfı, yönetici bir sınıf ve dini temsilciler var. Ellerinde taşları şekillendirecek hiçbir alet yok. Sadece çakmak taşı var. Ama onlar o taşları kendi elleriyle ve zekalarıyla işleyip toplumsal bir iş bölümüne giderek böylesi devasa mabetler yapmışlar. Sonrasındaysa T şeklinde stellerden (dikilmiş, yüksekliği eninden uzun yekpare bir taş) oluşan tapınaklara doğru yolculuk başlıyor. İki ila altı metre uzunluğunda ağırlıkları beş ile 20 ton arasında değişen bu stellerden oluşan tapınaklar tüm görkemiyle sizi bekliyor. İnsanı temsil ettiği düşünülen bu stellerin üzerinde kimi vahşi hayvan figürleri bulunuyor. Altı tapınak yapılan kazılan sonucu ortaya çıkarıldı. Üzeri yakın zamanda büyük bir brandayla kapatılan tapınaklar burada sergileniyor. Ki tüm görkemiyle tapınakları görünce burayı inşa eden insanlara karşı saygı duymamak içten bile değil. Ama tespit edilen daha 14 tapınağın yerin altında olduğunu öğrenince bu saygı katbekat artıyor. MÜZEYİ DE GEZİN Fakat Göbeklitepe'nin kıymeti harbiyesini anlamak için sadece ören yerini gezmek yetmez. Tekrar şehre dönüp alanında dünyadaki sayılı müzelerden biri olan Şanlıurfa Arkeoloji Müzesi'ni de görmek gerekiyor. Çünkü müze sizin Paleolitik Çağ'dan başlayarak Neolitik Çağ'a sonra da bakır, tunç ve demir çağlarına uzanan tarihi bir yolculuğa çıkmanızı sağlıyor. Tüm bu binlerce yıl süren çağlar arasındaki yolculuk arasında yolunuz yine Göbeklitepe'ye çıkıyor ve neden buraya tarihin sıfır noktası denildiğini daha iyi kavrıyorsunuz. KAYNAK : Sabah
Aprenda de graça sobre os diferentes períodos do momento histórico conhecido como pré-história e estude História para o Enem e vestibulares.
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