Palacete Ribeiro Ferreira, da autoria do conceituado arq.º Raul Lino, construído em 1902 e demolido cerca de 1970.
Estamos na Praça Marquês de Pombal, vulgarmente denominada «Rotunda», que constitui o eixo de irradiação de avenidas e grandes artérias, projectadas já em 1882, mas cuja execução muito se fêz demorar. (...) Quando em 1898 se celebrou o Centenário da Índia, (...) já então a Praça estava desenhada em rotunda, mas erguiam-se então apenas dois prédios-palacetes: aquêle da esquina poente da Avenida, onde começa, para acabar na esquina da Rua Braamcamp [Palacete do Dr. António Lencastre e futuro Clube Militar], o arco de circulo da «Rotunda», e o que, com área de jardins, pertenceu ao Conde de Sabrosa, à esquina da Avenida Fontes Pereira de Melo (que não existia, é claro), demolido o ano passado [em 1938] pela Companhia do Gaz [actual EDP]. (...) Em 1910, (...) a Praça Marquês de Pombal estava edificada como hoje. É entre a década de 1899-1909 que se pode colocar a data da edificação formal da Praça. [1]
O prédio do anjo ficava na esquina do Saldanha que dava para a Avenida Fontes Pereira de Melo(onde é actualmente o Atrium Saladanha). Dele, além do movimento da Praça Duque de Saldanha, via-se o mercado, onde é hoje o Saldanha Residence, via-se quem entrava e saía do Monte Carlo e Monumental, ambos abertos até tarde da noite, e nos quais se comiam os melhores croissants, o melhor bife à café e os melhores cogumelos al ajillo de Lisboa; e via-se o espectáculo da saída das sessões do Monumental, cinema e teatro, e do Satélite, dos quais desaguavam centenas de pessoas no passeio, que rumavam ao Monumental, ao Monte Carlo, à Paulistana ou à Geladaria Monte Branco. Quando nos anos 80 morreu a última moradora do prédio do anjo, já o Monumental era um buraco cheio de entulho e ratos no meio da que tinha sido uma das mais bonitas praças de Lisboa, e o edifício começou a ser demolido, veio uma grua tirar do telhado o anjo que durante décadas tinha estado de guarda ao Saldanha. .
WHERE WE ARE WHERE WE ARE Simpli Coffee BRAAMCAMP Rua Braamcamp 62 1250-051 Lisboa T: +351 960 184 117 Monday to Friday: 8:30 - 17:00 Saturday: 9:00 - 17:00 Simpli Coffee PICOAS Av. Fontes Pereira de Melo 41, Loja C 1090-119 Lisboa T: +351 960 306 736 Monday to Friday: 8:30 - 17:00 Saturday: 9:00
O primeiro projecto de um sistema de caminhos-de-ferro subterrâneo para Lisboa data de 1888, é da autoria do engenheiro militar Henrique de Lima e Cunha. Publicado na revista Obras Públicas e Minas, previa a um traçado que ligasse Santa Apolónia a Algés, com passagem pelo Rossio, São Bento, Janelas Verdes e Alcântara. O custo do empreendimento estava orçado em 500$000 réis por metro corrente de túnel. A proposta não avançou.
Assinalam-se em 2016 os 150 anos do nascimento de Ventura Terra, arquiteto marcante na paisagem lisboeta que legou uma casa às Belas Artes. Fomos conhecer as histórias de quem ainda lá vive.
«Esta Avenida Fontes Pereira de Melo - já o tens notado - ostenta propriedades de certo sentido aristocrático de arquitectura; lembro-te o palacete do capitalista José Maria Marques, n.° 28, arquitecto Norte Júnior (Prémio Valmor de 1914), [...]» (ARAÚJO, Norberto de, «Peregrinações em Lisboa», vol. XIV, p. 81)
A Avenida Fontes Pereira de Melo integra-se no projecto de crescimento da Cidade para Norte, aprovado em 1888, plano intitulado: Avenida das Picoas ao Campo Grande da autoria do Engenheiro Ressano Garcia. As terraplanagens nas ruas Fontes Pereira de Melo e António Augusto de Aguiar, iniciam-se cerca de 1897.