Mais um jogo imortal... Perdão, uma sucessão de jogos inesquecíveis (fase de apuramento) que apuraram o Sport Lisboa e Benfica para uma final europeia que foi um jogo memorável... Imortal. O Benfica já tinha vindo a ameaçar desde 1950, altura em que venceu a segunda edição da Taça Latina. No quadro, vemos o Benfica em quarto lugar atrás do Milan, Barcelona e Real. Já era o clube Português mais famoso na Europa. Também já contava com um grupo de jogadores excepcionais e ainda faltavam Simões (ainda junior) e... Eusébio. Em 1959, o Benfica contrata mais uma peça fundamental: O treinador Bela Guttman... Foi buscá-lo ao porto... Estavam lançados os dados para uma época de maturação (1959 1960) que iria ser a rampa de lançamento para uma década excepcional, isto após a época dos violinos (Eles que até tinham muito mais para dar, deixaram-se ultrapassar por um Benfica portentoso que escolheu trabalhar os alicerces para partir para a conquista da Europa)... Conta-se que Guttman, no início da época 60-61, tinha a firme convicção de que aquele seu Benfica poderia ir longe na edição da Taça dos campeões! É que o treinador propôs à direcção do clube a inclusão de uma compensação especial para o caso de a equipa vencer a prova... Eu ainda não era nascido, pelo que a história deverá ser contada por palavras de outros. Comecemos pelos jogos que conduziram à final: O jogo da primeira mão, está envolvido de uma carga simbólica fantástica... Verifiquem aqui neste artigo do EDB. Uma fotografia publicitária referente ao jogo na escócia: Algumas imagens do jogo. A equipa da primeira mão: Costa Pereira, Neto, Mário João, Santana, Coluna, Cruz, Cavém, Germano, Saraiva, José Augusto e José Águas (cap.) O golo de José Augusto e Costa Pereira à imperador. De seguida o Ujpest: Algumas fotografias dos jogos frente ao Ujpest: Há aqui também uma história interessante sobre Guttman. Ele era húngaro naturalizado austríaco. Por precaução, não fosse acontecer algum imprevisto, ficou em Viena onde recebeu constantemente através do telefone, notícias sobre o que se ia passando no jogo! Continuando na marcha para a final... Algumas fotografias dos jogos frente ao Aarhus: As meis-finais: Os bilhetes de ambas as partidas: Este é o golo de Cavém (enorme jogador) no estádio da Luz: O capitão José Águas: Uma nota interessante referente ao jogo da segunda mão. O árbitro terminou o jogo cerca de dois minutos antes do tempo regulamentar! Pelo que se conta, o árbitro não assinalou grande penalidade num lance dentro da área do Benfica. Não sei se foi ou não mas o que aconteceu foi que o pessoal adepto do Rapid não gostou e perdeu a cabeça! Conta-se que a comitiva do Benfica esteve largos minutos fechada nos balneários enquanto a policia austríaca não foi capaz de conter os violentos protestos (Onde já ouvi dizer que isto aconteceu?). Eis que o Benfica chegava pela segunda vez à final da prova mais importante de clubes da Europa (Pouco me importa que alguns desvalorizem a Taça latina). A grande equipa da altura era o Real Madrid mas o Barcelona tinha-se agigantado pelo que à partida reunia o favoritismo para vencer a final. Conta-se que cerca de dois mil portugueses acompanharam a equipa até à Suíça, que a federação vendeu cerca de 236 bilhetes e que o Benfica vendeu 342 (embrulhem). Facto: O Benfica preparou a final com muita ponderação. Guttman e os seus pupilos partiram para Berna sete dias antes da final, enquanto o Barcelona chegou dois dias antes... Mas o Benfica não foi passear mas sim para Spiez, lá nas montanhas para se concentrarem. O Barcelona estava em vantagem não só no favoritismo mas também no número de adeptos, mas diz-se que um dos factores decisivos, aconteceu nos momentos que antecederam o início da partida: Quando a banda de música tocou A Portuguesa, os adeptos e jogadores do Benfica cantaram-na em uníssono de forma tão potente e resoluta que se diz que foi uma espécie de primeiro abanão no tal favoritismo espanhol. Ficam as fotos da partida memorável: Grande jogo que terá sido pelo que pude ler e ver, mas há uma história que quero ser eu a escrever aqui, a história de Mário Coluna. Dedico-a ao actual presidente do Sport Lisboa e Benfica: Com o resultado em 2-1, Coluna levou uma pancada, perdeu a consciência e foi levado para fora de campo. O Benfica jogou com dez jogadores e manteve o resultado nos tais 2-1. Conta-se que Coluna, assim que recuperou a orientação, e já nos balneários, foi informado do que lhe tinha acontecido e a primeira coisa que fez foi perguntar qual era o resultado do jogo naquele momento... Coluna ergueu-se, voltou para o campo e marcou aquele terceiro golo absolutamente espectacular. Não se admirem os jovens do porquê de tanta consternação pela partida deste jogador absolutamente excepcional em Fevereiro deste ano... Esta foi a ficha da partida (total de 26-10 em golos...): Terminava a partida, se tivemos sorte? Sim, houve quase uma mão cheia de bolas a baterem nos postes quadrados da baliza de Costa Pereira. Antes isso que ganhar através de golos irregulares e/ou porque o árbitro vê mas não assinala penálti a favor do adversário.. Seguiu-se a consagração, era entregue o glorioso troféu ao capitão do Benfica, seguiram-se festejos sempre com respeito pelo adversário: Ficam aqui os vídeos da partida que abrangem o antes, o durante e o depois: Mais uma curiosidade, desta vez acerca da transmissão televisiva deste jogo. Naqueles tempos eram poucas as pessoas que tinham um televisor em casa, desse modo o grosso dos telespectadores estava concentrado em locais públicos como cafés, bares e restaurantes. A rtp tinha iniciado há pouco tempo as transmissões internacionais, pelo que a experiência era pouca. Se pensarmos que a tecnologia era... Enfim pré-histórica, não é difícil adivinhar que foi uma transmissão problemática. Cheia de cortes temporários, a transmissão via tv acabou por ir abaixo sendo que as pessoas tiveram de se socorrer dos rádios e ouvir o relato de Artur Agostinho... Imaginem o aglomerado de pessoas à volta de uma caixita, a vibrar com a partida que nos últimos minutos foi de muito sofrimento para a equipa do Benfica face ao poderoso assédio do Barcelona... Ficam as reacções da imprensa da época (façam o download das fotos para uma leitura mais correcta): Espanha também reconheceu: Os jogadores e treinador chegaram até a serem recebidos por Américo Tomás (Presidente da República) e Salazar para serem tornados comendadores (última fotografia da página aqui em cima à direita). Conta-se que à saída de São Bento, Guttman segredou a Fezas Vital (o presidente do Benfica): Peço demissão, como posso treinar, na próxima época, 14 commendatori?" Foi o começo de uma era de glória. Veio mais uma conquista no ano seguinte frente ao Real Madrid, e mais três finais com muitas histórias ainda na década de sessenta do século passado. O meu mais sincero agradecimento a todos vós: Alguma incorrecção, é só avisar! PS: Sinto alguma mágoa no facto em que estes jogos imortais mais antigos não despertarem muito interesse no universo Benfiquista! As estatísticas assim o reflectem, os números de visualização são extremamente baixos para a importância dos mesmos na história deste magnífico clube. Posso afirmar de forma taxativa que o Benfica hoje seria um clube de expressão desportiva mais mediana se os homens da década de 50 e sessenta não tivessem existido e trabalhado da forma como o fizeram a troco de uma remuneração quase simbólica. Sei muito bem quem foi Eusébio mas em 1950 e 1961, o seu contributo não existiu. Deste modo, dou comigo a questionar se de facto os adeptos do Benfica têm a noção certa sobre a forma como este gigante foi construído! Uma coisa é terem sido introduzidos ao Benfica pelos pais e amigos numa determinada altura. Outra é desconhecerem a origem do clube e olharem só para a luz que lhes é transmitida hoje em dia. Ainda hoje há muita malta que nem sabe quem foi o primeiro Rei de Portugal e como foi que ele criou as raízes para tão poderoso país, que chegou a ditar as leis do mundo conhecido. Da mesma forma, há certamente um vastíssimo número de pessoas que não sabe que o Benfica nasceu pobre no seio do povo, que foi esse povo que lutou e o engrandeceu numa sociedade que o ostracizou e tentou (ainda tenta) enfraquecer para se tornar no maior de Portugal. Estes jogos imortais devem ser relembrados. Na mente dos jovens do século 21 e daqueles jovens dos finais do passado século, podem estar os 7-1 que o sporting nos infligiu mas muitos há que não se lembram que nessa época conquistámos a dobradinha... Confesso que fico maravilhado com a onda de apoio que vejo atrás do clube época atrás de época; No sucesso e no desaire, o povo está com o clube, mas a história é ofuscada pelo sensacionalismo da imprensa e é contra isso que devemos lutar... Pela história do clube e não pelo ódio a outros clubes! E sim, isto deu trabalho... E nada recebi por isso! Já agora saibam que a direcção do Sport Lisboa e Benfica pagou os seguintes prémios a cada jogador (que jogou) por cada eliminatória vencida e pela final: 4+6+8+12+30 contos/mil escudos... Só Costa Pereira, Ângelo, Germano, Cruz, Neto, José Augusto, Santana, Águas, Coluna e Cavém é que lograram em receber 60 contos, 300 euros... E Pluribus UNUM
Mais um jogo imortal... Perdão, uma sucessão de jogos inesquecíveis (fase de apuramento) que apuraram o Sport Lisboa e Benfica para uma final europeia que foi um jogo memorável... Imortal. O Benfica já tinha vindo a ameaçar desde 1950, altura em que venceu a segunda edição da Taça Latina. No quadro, vemos o Benfica em quarto lugar atrás do Milan, Barcelona e Real. Já era o clube Português mais famoso na Europa. Também já contava com um grupo de jogadores excepcionais e ainda faltavam Simões (ainda junior) e... Eusébio. Em 1959, o Benfica contrata mais uma peça fundamental: O treinador Bela Guttman... Foi buscá-lo ao porto... Estavam lançados os dados para uma época de maturação (1959 1960) que iria ser a rampa de lançamento para uma década excepcional, isto após a época dos violinos (Eles que até tinham muito mais para dar, deixaram-se ultrapassar por um Benfica portentoso que escolheu trabalhar os alicerces para partir para a conquista da Europa)... Conta-se que Guttman, no início da época 60-61, tinha a firme convicção de que aquele seu Benfica poderia ir longe na edição da Taça dos campeões! É que o treinador propôs à direcção do clube a inclusão de uma compensação especial para o caso de a equipa vencer a prova... Eu ainda não era nascido, pelo que a história deverá ser contada por palavras de outros. Comecemos pelos jogos que conduziram à final: O jogo da primeira mão, está envolvido de uma carga simbólica fantástica... Verifiquem aqui neste artigo do EDB. Uma fotografia publicitária referente ao jogo na escócia: Algumas imagens do jogo. A equipa da primeira mão: Costa Pereira, Neto, Mário João, Santana, Coluna, Cruz, Cavém, Germano, Saraiva, José Augusto e José Águas (cap.) O golo de José Augusto e Costa Pereira à imperador. De seguida o Ujpest: Algumas fotografias dos jogos frente ao Ujpest: Há aqui também uma história interessante sobre Guttman. Ele era húngaro naturalizado austríaco. Por precaução, não fosse acontecer algum imprevisto, ficou em Viena onde recebeu constantemente através do telefone, notícias sobre o que se ia passando no jogo! Continuando na marcha para a final... Algumas fotografias dos jogos frente ao Aarhus: As meis-finais: Os bilhetes de ambas as partidas: Este é o golo de Cavém (enorme jogador) no estádio da Luz: O capitão José Águas: Uma nota interessante referente ao jogo da segunda mão. O árbitro terminou o jogo cerca de dois minutos antes do tempo regulamentar! Pelo que se conta, o árbitro não assinalou grande penalidade num lance dentro da área do Benfica. Não sei se foi ou não mas o que aconteceu foi que o pessoal adepto do Rapid não gostou e perdeu a cabeça! Conta-se que a comitiva do Benfica esteve largos minutos fechada nos balneários enquanto a policia austríaca não foi capaz de conter os violentos protestos (Onde já ouvi dizer que isto aconteceu?). Eis que o Benfica chegava pela segunda vez à final da prova mais importante de clubes da Europa (Pouco me importa que alguns desvalorizem a Taça latina). A grande equipa da altura era o Real Madrid mas o Barcelona tinha-se agigantado pelo que à partida reunia o favoritismo para vencer a final. Conta-se que cerca de dois mil portugueses acompanharam a equipa até à Suíça, que a federação vendeu cerca de 236 bilhetes e que o Benfica vendeu 342 (embrulhem). Facto: O Benfica preparou a final com muita ponderação. Guttman e os seus pupilos partiram para Berna sete dias antes da final, enquanto o Barcelona chegou dois dias antes... Mas o Benfica não foi passear mas sim para Spiez, lá nas montanhas para se concentrarem. O Barcelona estava em vantagem não só no favoritismo mas também no número de adeptos, mas diz-se que um dos factores decisivos, aconteceu nos momentos que antecederam o início da partida: Quando a banda de música tocou A Portuguesa, os adeptos e jogadores do Benfica cantaram-na em uníssono de forma tão potente e resoluta que se diz que foi uma espécie de primeiro abanão no tal favoritismo espanhol. Ficam as fotos da partida memorável: Grande jogo que terá sido pelo que pude ler e ver, mas há uma história que quero ser eu a escrever aqui, a história de Mário Coluna. Dedico-a ao actual presidente do Sport Lisboa e Benfica: Com o resultado em 2-1, Coluna levou uma pancada, perdeu a consciência e foi levado para fora de campo. O Benfica jogou com dez jogadores e manteve o resultado nos tais 2-1. Conta-se que Coluna, assim que recuperou a orientação, e já nos balneários, foi informado do que lhe tinha acontecido e a primeira coisa que fez foi perguntar qual era o resultado do jogo naquele momento... Coluna ergueu-se, voltou para o campo e marcou aquele terceiro golo absolutamente espectacular. Não se admirem os jovens do porquê de tanta consternação pela partida deste jogador absolutamente excepcional em Fevereiro deste ano... Esta foi a ficha da partida (total de 26-10 em golos...): Terminava a partida, se tivemos sorte? Sim, houve quase uma mão cheia de bolas a baterem nos postes quadrados da baliza de Costa Pereira. Antes isso que ganhar através de golos irregulares e/ou porque o árbitro vê mas não assinala penálti a favor do adversário.. Seguiu-se a consagração, era entregue o glorioso troféu ao capitão do Benfica, seguiram-se festejos sempre com respeito pelo adversário: Ficam aqui os vídeos da partida que abrangem o antes, o durante e o depois: Mais uma curiosidade, desta vez acerca da transmissão televisiva deste jogo. Naqueles tempos eram poucas as pessoas que tinham um televisor em casa, desse modo o grosso dos telespectadores estava concentrado em locais públicos como cafés, bares e restaurantes. A rtp tinha iniciado há pouco tempo as transmissões internacionais, pelo que a experiência era pouca. Se pensarmos que a tecnologia era... Enfim pré-histórica, não é difícil adivinhar que foi uma transmissão problemática. Cheia de cortes temporários, a transmissão via tv acabou por ir abaixo sendo que as pessoas tiveram de se socorrer dos rádios e ouvir o relato de Artur Agostinho... Imaginem o aglomerado de pessoas à volta de uma caixita, a vibrar com a partida que nos últimos minutos foi de muito sofrimento para a equipa do Benfica face ao poderoso assédio do Barcelona... Ficam as reacções da imprensa da época (façam o download das fotos para uma leitura mais correcta): Espanha também reconheceu: Os jogadores e treinador chegaram até a serem recebidos por Américo Tomás (Presidente da República) e Salazar para serem tornados comendadores (última fotografia da página aqui em cima à direita). Conta-se que à saída de São Bento, Guttman segredou a Fezas Vital (o presidente do Benfica): Peço demissão, como posso treinar, na próxima época, 14 commendatori?" Foi o começo de uma era de glória. Veio mais uma conquista no ano seguinte frente ao Real Madrid, e mais três finais com muitas histórias ainda na década de sessenta do século passado. O meu mais sincero agradecimento a todos vós: Alguma incorrecção, é só avisar! PS: Sinto alguma mágoa no facto em que estes jogos imortais mais antigos não despertarem muito interesse no universo Benfiquista! As estatísticas assim o reflectem, os números de visualização são extremamente baixos para a importância dos mesmos na história deste magnífico clube. Posso afirmar de forma taxativa que o Benfica hoje seria um clube de expressão desportiva mais mediana se os homens da década de 50 e sessenta não tivessem existido e trabalhado da forma como o fizeram a troco de uma remuneração quase simbólica. Sei muito bem quem foi Eusébio mas em 1950 e 1961, o seu contributo não existiu. Deste modo, dou comigo a questionar se de facto os adeptos do Benfica têm a noção certa sobre a forma como este gigante foi construído! Uma coisa é terem sido introduzidos ao Benfica pelos pais e amigos numa determinada altura. Outra é desconhecerem a origem do clube e olharem só para a luz que lhes é transmitida hoje em dia. Ainda hoje há muita malta que nem sabe quem foi o primeiro Rei de Portugal e como foi que ele criou as raízes para tão poderoso país, que chegou a ditar as leis do mundo conhecido. Da mesma forma, há certamente um vastíssimo número de pessoas que não sabe que o Benfica nasceu pobre no seio do povo, que foi esse povo que lutou e o engrandeceu numa sociedade que o ostracizou e tentou (ainda tenta) enfraquecer para se tornar no maior de Portugal. Estes jogos imortais devem ser relembrados. Na mente dos jovens do século 21 e daqueles jovens dos finais do passado século, podem estar os 7-1 que o sporting nos infligiu mas muitos há que não se lembram que nessa época conquistámos a dobradinha... Confesso que fico maravilhado com a onda de apoio que vejo atrás do clube época atrás de época; No sucesso e no desaire, o povo está com o clube, mas a história é ofuscada pelo sensacionalismo da imprensa e é contra isso que devemos lutar... Pela história do clube e não pelo ódio a outros clubes! E sim, isto deu trabalho... E nada recebi por isso! Já agora saibam que a direcção do Sport Lisboa e Benfica pagou os seguintes prémios a cada jogador (que jogou) por cada eliminatória vencida e pela final: 4+6+8+12+30 contos/mil escudos... Só Costa Pereira, Ângelo, Germano, Cruz, Neto, José Augusto, Santana, Águas, Coluna e Cavém é que lograram em receber 60 contos, 300 euros... E Pluribus UNUM
Foi há sessenta e quatro anos, no dia 18 de Junho de 1950, que o Benfica venceu a primeira grande competição internacional. O Benfica, que ainda representava Portugal, conquistou a Taça Latina, uma competição criada pela FIFA - ver Jornal A Bola também, após uma final em que venceu os franceses do bordéus por 2-1 e que durou cerca de 266 minutos! Convém antes de mais, fazer uma contextualização. O futebol Português vivia uma época "verde". Entre 1946 e 1949, Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e Travassos (os violinos) eram o terror das balizas adversárias e ajudaram o sporting a conquistar um tri-campeonato. O Benfica, vendo as coisas mal paradas, tratou de contratar um treinador inglês de forma a potenciar o valor que os jogadores do plantel aparentavam ter: Ted Smith. Se na primeira época de Smith, o Benfica ficou a cinco pontos do sporting no campeonato, por outro lado conquistou a Taça de Portugal tendo um goal average de 36-6 em seis jogos... Na época seguinte, Smith orientou um plantel vasto em qualidade (última época de Espírito Santo ao serviço do clube) numa caminhada de 26 jornadas para a conquista do título de campeão, também com seis pontos de vantagem sobre o sporting. Como a Taça Latina era disputada nos finais de época, o Benfica foi a jogo representar Portugal. Aparte: depois deste ano sensacional, o sporting voltou a "assumir o poder" até 1954-1955... Vamos lá à final! Não é do meu tempo pelo que tive apresentar a história através de escritos encontrados na blogosfera. Sendo uma prova a quatro (entre Portugal, Espanha, França e Itália), a edição de 1950 foi jogada durante dois dias seguidos. Na primeira jornada, tipo meias-finais, o Bordéus derrotou o Atlético de Madrid por 4-2 e o Benfica ganhou à Lázio de Roma por 3-0 com golos de Rosário, Rogério (grande penalidade) e Arsénio, todos na primeira parte. Parece que foi um jogo sem grande história, uma vitória indiscutível, facilitada por um surto de anginas que terá acometido vários jogadores italianos! O Benfica, alinhou com José Bastos, Jacinto Marques, Joaquim Fernandes, Francisco Moreira, Félix Antunes, José da Costa, Corona, Arsénio, Julinho, Rogério Carvalho e José Rosário. Fica a crónica do Diário de Lisboa (abrir a imagem numa janela individual para ler melhor): No dia seguinte, a grande final com os franceses do Bordéus foi emocionante. O Benfica começou da melhor forma, chegando aos 2-0 através de Arsénio e Corona. Mas a equipa de Bordéus, ainda na primeira parte, deu a volta ao resultado, saindo para intervalo a ganhar por 3-2. A segunda parte foi de domínio do Benfica, procurando pelo menos o empate, que acabaria por chegar através de Pascoal, ponta esquerda que foi a única alteração da equipa relativamente ao jogo da véspera. Seguiu-se um prolongamento de meia-hora, que não alterou o resultado. Havia que jogar-se a finalíssima, marcada para o domingo seguinte, dia 18 de Junho, igualmente no Jamor. Nesta final, o Benfica alinhou com José Bastos, Jacinto Marques, Joaquim Fernandes, Francisco Moreira, Félix Antunes, José da Costa, Corona, Arsénio, Julinho, Rogério Carvalho e Pascoal. fica a crónica do Diário de Lisboa (abrir a imagem numa janela individual para ler melhor): Para a finalíssima, o Benfica apresentou uma alteração ao jogo anterior: O extremo José Rosário para o lugar de Pascoal: Bastos; Jacinto e Fernandes; Moreira, Félix e José da Costa; Corona, Arsénio, Julinho, Rogério e Rosário. Foi o Bordéus que acabou por abrir o marcador, logo aos 11 minutos de jogo. A partir daí, o Benfica carregou sobre o adversário, mas uma superior exibição do guarda-redes Astresse e alguma falta de pontaria dos atacantes portugueses impediam que o resultado se alterasse. Os minutos foram passando, as esperanças dos Benfiquistas diminuindo e o final do jogo aproximava-se. E, já com muitos espectadores resignados, fora do estádio, a caminho dos transportes que os levariam a casa, faltando escassos 20 segundos para os 90 minutos, eis que surge, finalmente, o golo do empate. Foi seu autor Arsénio, homem de muitos golos ao serviço do Benfica, mas nenhum tão importante e decisivo como este. Os ecos do golo chegaram aos acessos do estádio e os espectadores mais conformados, que já abandonavam, de pronto regressaram aos seus lugares. Haveria lugar a um prolongamento de 30 minutos que, porém, não trouxe golos. Depois, começaram períodos de 10 minutos que seriam suspensos logo que houvesse um golo. Jogou-se o primeiro, sem golos. Jogou-se o segundo, ainda sem golos. Os jogadores - sempre os mesmos, sem qualquer substituição admitida - já se arrastavam mais do que jogavam. Até que, finalmente, aos 146 minutos de jogo - duas horas e 26 minutos! 5 minutos do 4º prolongamento - quando o sol já se começava a pôr, Julinho, o avançado centro, fez o golo da vitória. Parece que foi uma jogada confusa. Conta-se que foi mais ou menos assim: Pontapé de canto, Rosário vai marcar, a bola sobra para o centro da área e o guarda-redes francês, Astress choca com os seus colegas que também saltaram à bola, toca ainda com a mão, mas a redondinha sobra para Julinho, que também se tinha elevado nos ares e quando todos olham a bola beijava as redes da baliza do Bordéus… Morte súbita, pimba! O jogo tinha terminado e o Benfica era Campeão Latino, o público invadiu o relvado para abraçar os jogadores que já não tinham forças para erguer os braços em sinal de vitória. A final mais longa do futebol português tinha terminado e o título ficava em Portugal... Também se conta que assim que soou o apito final, Corona, desmaiou no campo. Foi levado para os balneários de charola. Os colegas despiram-no, descalçaram-no, puseram-no no duche e nada... A insensibilidade manteve-se, oferecendo uma imagem bizarra, debaixo do chuveiro, com a água tépida a salpicar-lhe o corpo ainda desfalecido. Quando deu sinal de si só foi capaz de dizer que soubera, finalmente, o que era o Paraíso. Os outros Benfiquistas também. Entretanto no estádio, um pouco a custo Rogério Carvalho subiu a longa escadaria até à tribuna do Jamor para receber a Taça Latina de 1950. Jacinto, que tinha sido o capitão em campo tinha jogado os últimos 30 minutos com o pulso partido e encontrava-se impossibilitado de ir receber o troféu, cedendo a honra ao “Pipi”. Recebeu-a das mãos de Guilherme Pinto Basto e ergueu-a aos céus, com o sol a pôr-se e uma aura de vermelho a envolvê-lo. Algumas reacções à vitória do Benfica: Interessante o que se escreveu no Diário de Lisboa sobre este jogo (abrir a imagem numa janela individual para ler melhor): O Jornal do Benfica também deu asas à alegria A revista Stadium também reservou espaço para esta tremenda conquista: Sobre o levantar da Taça, o saudoso Rogério tem uma história: Era o começo da ascensão do Benfica para voos mais internacionais. A reportagem é de 2010. Porque os restantes já não eram fisicamente presentes... De Todos UM PS1: Agradecimentos ao Chama Gloriosa e ao forum SerBenfiquista. Sem eles o trabalho teria sido muito mais complicado. PS2: Agradecimentos também ao Rui Miguel Tovar pela utilização deste artigo. Nota: Artigo apetrechado a 30 de Março de 2020.
A Supertaça... Jogo que opõe o Campeão Nacional com o vencedor da Taça de Portugal. Em caso de dobradinha, quando ambos são a mesma equipa, é o finalista vencido da Taça que participa na partida. É a primeira prova oficial do calendário futebolístico Português que actualmente se disputa numa só partida. A prova foi criada em 1979 pela AF do Porto a título oficioso, tendo o Boavista (vencedor da Taça) vencido o Porto (Campeão Nacional). Como a coisa agradou aos dirigentes da FPF, a prova foi declarada oficial na época seguinte e renomeada Supertaça Cândido de Oliveira em honra ao Mestre Cândido de Oliveira (1896-1958), que foi jogador de futebol (Benfica: 1914-1920), treinador (Selecção Nacional, Sporting, Porto e Académica), tremendo jornalista desportivo (co-fundador do Jornal A Bola com Ribeiro dos Reis e Vicente Melo) e grandíssimo opositor do regime de Salazar. (esteve preso no Tarrafal entre 1942-1944 se não me engano). Como em tudo, o Benfica também tem a sua história escrita no registo desta prova que é um troféu e não um título. No entanto, é o clube de futebol do Porto quem tem o melhor registo da prova... O Benfica só venceu o troféu por 6 vezes, tendo sido finalista vencido por 12 ocasiões! E é isso que aqui é importante. Vamos lá recordar então o percurso vitorioso do Benfica nesta prova. ... 1981: A prova ainda era realizada a duas mãos e o Benfica (Vencedor da Taça) e treinado pelo húngaro Lajos Baroti, defrontou o Sporting (Campeão Nacional) tendo vencido a prova após empatar a primeira partida (2-2) e vencido a segunda (2-1). A 10 de Setembro de 1980, em Alvalade, o resultado ficou-se por um 2-2 tendo os golos do Benfica sido apontados por Carlos Manuel (10') e César (42'). Fica a crónica da partida: Poucas fotos disponíveis... A 29 de Outubro, na Luz, o Benfica venceu o Sporting por 2-1, Nené (43') e Vital (86') foram os marcadores dos golos. Jogo quente... Duas crónicas: As fotos disponíveis: Vídeos? Pois... ... 1986: É o encontro mais habitual nesta prova, um Benfica Porto... Desta feita, levámos a melhor nas duas mãos. Treinado por John Mortimore, a 20 de Novembro de 1985, o Benfica venceu a partida da 1ª mão por 1-0 no Estádio da Luz. O golo foi apontado por Diamantino. A foto e reportagem possíveis da partida: A 4 de Dezembro, na 2ª mão, o Benfica conquistava o troféu após empatar a zero nas Antas. Fotos da partida? Não encontro mas fica a reportagem da mesma: Curiosamente, esta partida foi arbitrada por um tal de Fortunato Azevedo... já há imagens... Grande batatal, grandes oportunidades para ambos os lados (mais para o porto) e grandes agressões... E: Que grande guarda-redes o Manuel Bento... A entrega do troféu uns dias depois na Catedral: ... 1989: Era a segunda passagem de Eriksson pelo Benfica que se tinha sagrado Campeão Nacional na época transacta sob o comando de Toni. Desta feita, calhou o Belenenses que era o vencedor da Taça... Frente ao Benfica! A 25 de Outubro de 1989, na Catedral, o Benfica derrotou por 2-0 os azuis do Restelo. Os golos foram apontados por Vata (16') e Lima (53'): Aqui fica a reportagem: A 29 de Novembro, o Benfica fechou as contas em Belém com o mesmo score. Os golos foram apontados por Macaé (7' pb) e por Magnusson (75'). Veloso ergue o troféu: ... 2005: Após uma travessia longa sem vencer o troféu, o Benfica (Campeão Nacional) defrontou e derrotou o Vitória de Setúbal (vencedor da Taça frente ao Benfica) por 1-0. O Golo foi de autoria de Nuno Gomes (51'). Ronald Koeman era o timoneiro do Benfica. O jogo, arbitrado por um tal de Benquerença, foi disputado a 13 de Agosto de 2005, fica o vídeo: A reportagem d'A Bola: A capa d'O Benfica: E algumas imagens: ... 2014: Este blogue já existia pelo que apenas irei deixar breves notas seguidas do link para o respectivo artigo. A partida, arbitrada por Duarte Gomes, disputou-se em Aveiro a 14 de Agosto. Num cenário pós mundial, o Benfica (treinado por JJ) apresentou-se com segurança mas teve de ir ao desempate por grandes penalidades para levar o caneco para o Cosme Damião! Fica aqui o artigo que escrevi na altura - muito interessante - e os vídeos da partida: O Desempate: ... 2016: A 7 de Agosto, de novo em Aveiro, o Benfica (Campeão Nacional) treinado por Rui Vitória defrontou e derrotou o Sporting de Braga (vencedor da Taça) por 3-0. Uma partida, arbitrada por João Capela, de grande intensidade por parte de ambos os conjuntos que permitiu ao Benfica conquistar pela 6ª vez este troféu: Os golos foram marcados por Cervi (10'), Jonas (75') e Pizzi (92'). Podem clicar aqui para rever o artigo. Fica o vídeo: ... 2017: Pela segunda vez consecutiva, a 5 de Agosto de novo sob o comando de Rui Vitória, o Benfica acrescentou mais uma página gloriosa à sua História ao derrotar o V. de Guimarães por 3-1 em Aveiro: Jogo, arbitrado por Soares Dias + VAR, que mais uma vez pareceu complicado, e os vimaranenses poderiam ter feito o seu caminho, mas tal só se deveu ao facto de o nível de concretização do Benfica ter sido tão baixo como podem aqui conferir. Parabéns também para Luisão que já tem a bela soma de 20 títulos + troféus ao serviço do Benfica: O vídeo-resumo AMC: ... Agora... Este artigo irá seguir a história do Benfica nesta prova com o passar do tempo. E Pluribus UNUM!
Ela é uma das mais belas cidades da Europa e são muitas razões para conhecer Lisboa, do idioma a culinária única, minhas 10 razões para conhecer Lisboa
Fotografia da minha autoria Gatilhos: Morte, Segregação, Linguagem Explícita A Revolução dos Cravos trouxe mudanças profundas, sendo uma del...
Ricardo Gomes como ficou conhecido. Ricardo Gomes Raimundo como nasceu (13 de Dezembro de 1964). Um dos jogadores que mais admirei em toda a minha vida quer como profissional de futebol quer como pessoa - e isto com base no pouco que se via na televisão ou que se lia nos jornais no primeiro período em que esteve ao serviço do Benfica. Bem, tinha dezasseis anos... Estas primeiras impressões são danadas, ficam na memória e não saem... Ricardo tinha uma calma extraterrestre, uma paciência que nem a terra, uma classe que nem a águia real, uma frieza glaciar... É melhor parar se não ainda ficam a pensar que lhe vou pedir namoro :D Ficam os factos da sua passagem pelo Benfica: Repararam no registo disciplinar durante a sua primeira passagem pelo Benfica? E na segunda... Um pequeno resumo da sua carreira de futebolista: Um outro mais abrangente publicado no jornal "O Benfica" em 20 de Novembro de 2009 (o print screen é retirado do Glorioso Blogue EDdB): Aquando da sua primeira vinda para o Benfica, concedeu uma entrevista ao Benfica Ilustrado: Esta mesma revista, fazia todos os inícios de época um resumo dos jogadores que compunham o plantel. Fiquem com esses resumos sobre Ricardo: Agora o que muitos gostam: As imagens... Tentei encontrar e construir a coisa em modo de perspectiva sobre a carreira de Ricardo. Vamos a isso, começando pelo Fluminense e pelo escrete: 1984 - Leandro, Roberto Costa, Pires, Mozer, Ricardo Gomes e Junior; Renato Gaúcho, Zenon, Roberto-Dinamite, Assis e Tato. 1989 - Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes (capitão), Aldair, Branco. Bebeto, Romario, Silas, Dunga e Valdo. Ricardo Rocha, Taffarel, Mauro Galvão, ? Ricardo Gomes e Branco. Bebeto, Careca, Silas, Valdo e Dunga. Engraçado o número de jogadores internacionais do Brasil que passou por Portugal... Vejam estas duas imagens: Que equipa... E a vida dele no Benfica, começa na época de 1988/1989: Sempre vigilante mesmo não intervindo Em 1990, integrou o Benfica de Viena... Tanta qualidade desportiva (que plantel que nada venceu naquela época...) e tanto lixo político! Era a geração política das bifanas/torresmos/cerveja... 1990 1991: E depois foi até Paris: Regressando em 1995 para cumprir uma época: E... Acabou muito cedo a sua carreira! Acabou quando achou que tinha de acabar. Há uns anos, fiz um vídeo sobre a sua carreira no Benfica. Relembremos: Depois de percorrer muitas milhas na internet, lá consegui encontrar mais uns golitos: Parece fácil? Não é. Certo que com Valdo, Paneira, Pacheco, entre outros, os cruzamentos eram sempre feitos com qualidade... A coisa engraçada é que a bola tinha de ir para a zona onde Ricardo estivesse por perto. Tinha de ir para a frente dele. Depois... Cada tiro cada melro! Em 2011, a sua vida sofreu uma cilada mas ele, como sempre, deu a volta à coisa e ainda cá está. Fica este relato de um adepto/amigo/jornalista, as palavras de outros também ajudam a caracterizar uma pessoa... Grato pelos quatro anos Ricardo. Força nisso. E Pluribus UNUM PS1: A imagem que abre o artigo... A: Garras da águia sobre a faixa que contém a divisa. B: Vinte e oito... C: Outros tempos, outros dinheiros. D: Duílio - foi colega de Ricardo no Fluminense.
Como uma sinfonia de história, arte e fusão cultural, Lisboa, a ensolarada capital de Portugal, apresenta aos viajantes uma infinidade de experiências. Entre
Ou o Bi18... É uma nova página que se abre na história do Benfica. O Clube, tem agora a oportunidade de acelerar de forma sustentada e criar uma verdadeira hegemonia. E, antes dos 90 minutos cruciais tudo começou assim: Fantástico este apoio incondicional: E acabou assim: Há que aproveitar. Mas não é tempo de teorias mas sim de gravar neste blogue para memória futura, o que se passou na segunda-feira em Lisboa, é que Portugal tem mais encanto... Vestido de Vermelho e branco... À noite, o grupo de trabalho e alguns conhecidos - recuso-me a publicar as fotos de alguns por ter dificuldade em aceitar a sua presença neste evento face ao que aconteceu durante a sua prestação como dirigentes do clube - celebraram o feito num restaurante em Lisboa. Foi um típico evento Red Carpet: Muito fashion, muito glamour... Espero é que não se esqueçam que o pedido feito na primeira fotografia deste artigo não expirou às 20 horas do passado sábado 13 de Maio... Temos o Boavista e o Guimarães para finalizar este capítulo e... Bem, este é um pedido sem prazo fixo de validade certo? Agora... Tempo de tentar recuperar fisicamente - manutenção sem carga física - para ir vencer o Boavista e celebrar na maravilhosa cidade do Porto. PS: Foi uma tradução difícil mas vamos lá: Tudo isto, traduzido da língua de Cervantes para a de Camões, é assim: Os cães ladram e a caravana passa... Rumo ao Marquês! Gracias Javier. Aproveito para tirar mais uma vez as dúvidas sobre um dos lances do célebre Setúbal 0 Porto 0 (Jornada 9), que um tal de Xico Mentes-Com-Todos-Os-Dentes Marques através do Chorões Diário e do Enfarte do Dragão, continua a tentar fazer pegar: Como podem ver... Mas parece que existiu contacto, não sei onde e como... Nota Importante: Tenho tantas fotografias do jogo frente ao Guimarães, retiradas da Internet, que a seguinte passou-me em claro (botão esquerdo do rato para abrir a tela + botão direito do rato + ver imagem): Não reconhecem? Eu ajudo: E agora? É uma felicidade ser do Benfica caros leitores Benfiquistas! Recordemos o Jogo Imortal do Tetra agora narrado pelo Nuno Matos na Antena 1: E Pluribus UNUM!
Estou em Portugal a 3 anos e resolvi lutar contra minha preguiça e embarcar na aventura de ter um blog.E porque só agora? Na medida que o tempo foi passando e fui descobrindo como Portugal é e como as coisas funcionam, eu fui descobrindo um amor e um identificação tão grande com o país e... LEIA MAIS
Bem vindos de volta ao blog, após algum tempo sem publicações! Tenho estado envolvido em alguns projetos e dedicar algum tempo para todos é realmente um desafio constante na minha vida! Desde o You…
Quando eu era rapazote, Levei comigo no bote Uma varina atrevida! ... Manobrei, e gostei dela, E lá m'atraquei a ela Pro resto da minha vida! Cacilheiro, Rio Alva. Às vezes, numa pessoa, A saudade não perdoa, Faz bater o coração! Mas tenho grande vaidade de viver a mocidade, Dentro desta geração! Sou marinheiro, Neste velho cacilheiro, Dedicado companheiro, Pequeno berço do povo! E navegando ... A idade foi chegando ... O cabelo branqueando ... Mas o Tejo é sempre novo! Cacilheiros na Estação Fluvial de Cacilhas no final de 1973. Nuno Bartolomeu no Facebook Todos moram na rua A que chamam sempre sua, Mas eu cá não os invejo. O meu bairro é sobre as águas Que cantam as suas mágoas E a minha rua é o Tejo! Embarcações no Tejo. Delcampe Certa noite de luar, Vinha eu a navegar E de pé, junto da proa! Eu ouvi, ou então sonhei Qu'os braços do Cristo-Rei, Estavam a abraçar Lisboa! Zé Cacilheiro José Viana, Zero Zero Zé (ordem para pagar), 1966. As canções da minha vida Sou marinheiro, Neste velho cacilheiro, Dedicado companheiro, Pequeno berço do povo! E navegando ... A idade foi chegando ... O cabelo branqueando ... Mas o Tejo é sempre novo! No desejo de organizarmos uma colectânea de poesias olisiponenses, publicamos hoje «Cacilheiro» da autoria do Sr. Paulo Fonseca, interpretado pelo actor José Viana, na revista Zero Zero Zé — Ordem para pagar. (1) (1) Olisipo, N.os 117/118, ANO XXX, Janeiro/Abril 1967
Estava eu a construir o artigo sobre Espírito Santo e, por falta de vídeos, encontrei um VeP sobre atletas que representaram o Benfica oriundos de Angola... Mais uma oportunidade para Benficar! Alguns só os conhecia de forma superficial, até porque tiveram passagens sem grande fulgor pelo Benfica... Se bem que sempre meritórias! Outros são por demais conhecidos... Pelo menos o primeiro, o sétimo e o último. Certamente que existem mais atletas oriundos de Angola que representaram o Benfica mas nesta altura de construção e procura de golos, nada como ficar com um pequeno resumo sobre estes nove. Quando assim é, entra-se logo a matar... Com grande estilo: José Águas, nasceu em Luanda. O fantástico capitão das equipas vencedoras das Taças dos Campeões Europeus: 13 anos no Benfica (1950 a 1963) e ainda me questiono porque não ficou mais... 5 Campeonatos, 7 Taças de Portugal e as tais 2 Taças dos Campeões Europeus (agora Champions League). Se quiserem ler mais, cliquem aqui. Segue-se Santana, nascido no Lobito: Jogador tremendamente importante para o surgimento do Benfica na elite Europeia. 12 anos de Benfica (1956 a 1958) onde ajuda o clube a conquistar 7 campeonatos, 3 Taças de Portugal e 2 Taças dos Campeões Europeus. O próximo é Iaúca: Nascido em Benguela, passou 5 épocas no Benfica (1963 a 1968) tendo ajudado o clube a vencer 5 Campeonatos e 1 Taça de Portugal. Segue-se Cavungi: Nascido em Luanda, esteve 5 épocas no clube (1975 a 1980) tendo ajudado o clube na conquista de 2 Campeonatos e 1 Taça de Portugal. Agora Jordão: Nascido em Benguela. Foi um temível avançado... Esteve 5 épocas no Benfica (1971 a 1976) tendo ajudado o clube a conquistar 4 Campeonatos e 1 Taça de Portugal. Marcou 79 golos de águia ao peito. Já a cores... Abel Campos: Nascido em Luanda... Um extremo do mais rápido que me lembro de ver, excelente a assistir e letal quando tinha a oportunidade de finalizar: Infelizmente para ele, tinha um tal de Vítor Paneira a concorrer na mesma posição... Esteve 2 épocas ao serviço do clube (1988 a 1990) tendo ajudado a conquistar 1 Campeonato e 1 Supertaça. Vata... Já todos conhecem. Gozaram o Benfica quando o contratou mas o jogador, nascido em Damba, acabou por: ... Nos trazer muitas alegrias. Era o avançado que cada vez que gritava golo antes de rematar... Marcava mesmo golo. Esteve 3 épocas ao serviço do clube (1988 a 1991) tendo contribuído - e de que maneira - para a conquista de 2 Campeonatos e 1 Supertaça. Seguimos para Edgar: Muito se esperava deste jogador nascido em Luanda. A verdade é que... A coisa não resultou após uma opção mal aconselhada... Esteve 4 épocas ao serviço do Benfica (1994 - ainda júnior - a 1998), tendo ajudado o clube a conquistar uma Taça de Portugal. Pedro Mantorras... Nascido em Huambo, Pedro Mantorras foi dos jogadores mais azarados de que tenho memória. Pelo que se tinha visto dele em Alverca, as esperanças no ressurgimento de um Benfica forte aumentaram exponencialmente com a sua contratação mas a sorte e outras coisas não quiseram nada com ele. Jogador fulcral para a conquista do campeonato de 2004/2005, que é pecúlio parco para tão grande potencial... Esteve 10 épocas ao serviço do Benfica! 10... E assim se Benfica, do verbo Benficar. Digam coisas se algo estiver errado. E Pluribus UNUM
Prólogo: Nada está garantido, supostamente... O derby de Lisboa entre Benfica e Sporting é sem dúvida o jogo mais tradicional do futebol português. É assim em Portugal e também é assim em Espanha com o Real e Atlético, em Itália com o Milan e o Inter; Lazio e Roma, em Inglaterra Arsenal e Tottenham; Liverpool e Everton, United e City. 14 de Maio de 1994 – Estádio José Alvalade. Estávamos na temporada de 1993 1994, que se tornou mítica devido aos acontecimentos que ocorreram no defeso que ganhou o epíteto de “verão quente” (em alusão ao período revolucionário que o país viveu em 1975), pois foi marcado pelas rescisões unilaterais dos contratos de Paulo Sousa e Pacheco, que alegando salários em atraso na Luz rumaram até Alvalade. Sousa deve ter sido pelo dinheiro. Pacheco por causa do dito pilim e por vingança contra aqueles que contrataram Futre e o despromoveram para o banco, se bem que Pacheco afirme que saiu por causa negação absoluta daquilo que considerava serem os grandes valores do Benfica! Falou-se ainda de Rui Costa, Vítor Paneira, Isaías, Hélder e Neno como tendo sido aliciados pelo Sporting a seguirem o mesmo caminho. Todos ficaram. João Pinto, diz-se que chegou mesmo a rescindir o contrato sendo contudo resgatado in-extremis pelo então presidente Jorge de Brito em Torremolinos, quando tinha tudo acertado com o Sporting para jogar em Alvalade. Um contrato amplamente melhorado manteve-o na Luz e... Foi o que se viu, não só na época que estava para começar como nas restantes até jva ter ficado sem dinheiro para pagar a manutenção do lucky me. Como se pode imaginar, as relações entre Benfica e Sporting azedaram bastante. Entre adeptos foram meses a ouvir que agora é que era... No entanto, Toni lá no seu canto com os seus jogadores, foi fazendo o seu trabalho. Trabalho árduo sem nota artística mas trabalho de Benfiquista que acabou por resgatar o orgulho do clube que fora ferido quase de morte uns meses antes... Uma espécie de aperitivo já tinha sido servido a 18 de Dezembro de 1993 mas no entanto uma semana antes do dérbi da segunda volta o Benfica empata em casa com o Estrela da Amadora e fica com apenas um ponto de vantagem sobre o Sporting, que no mesmo dia ganha exuberantemente em Aveiro por 0-4. Os leões apresentavam-se nessa fase, aparentemente, em grande forma, ao contrário do Benfica que dava ares de estar a perder gás. Pudera, o clube tinha chegado ás meias-finais da taça das taças e os de Alvalade só tinham campeonato e taça... Eis-nos então chegados a Alvalade, a essa tarde de 13 de Maio em que tudo se decidia. Lembro-me que durante aqueles dias anteriores ao jogo, toda a gente dizia que o Benfica não tinha a mínima hipótese de ganhar e que a "famosa" meia-hora dos lagartos seria suficiente para arrumar com a malta. Até Benfiquistas... Eu mesmo estava pouco crente, é que a equipa não tinha dado resposta afirmativa no jogo anterior frente ao Amadora. Aliás, nessa época o Benfica tinha perdido com Salgueiros e Setúbal, tinha consentido empates nos jogos com farense e marítimo (fora), Gil Vicente e Estoril (em casa)... Depois, e em termos de convocatória, os russos fizeram das suas e Toni afastou-os do jogo. Rui Costa estava sem baterias... Veloso tinha estado muito tempo afastado. William, Hernâni, César Brito e Rui Águas já estavam no outono das suas carreiras... Tudo parecia muito curto face àquela geração "boysband" de ouro orientada por Queiroz... Pouca crença mas a mística não morre! Ainda por cima faltavam apenas mais quatro jornadas para terminar o campeonato (campeonato com trinta e quatro jornadas!) e, assim sendo, quem vencesse ficaria com o caminho praticamente aberto para o título. E não se tratava de um qualquer título. Era talvez o título nacional mais importante da história do Benfica até então. Era o título do orgulho resgatado, depois de quase se assistir ao desmantelamento da equipa e do próprio clube. Por outro lado, o Sporting não vencia qualquer prova havia doze anos. Era aquilo a que se pode chamar um jogo de vida ou de morte, e logo entre os eternos rivais. Um pitéu! A tarde estava chuvosa e o estádio a abarrotar... Eu a jantar sandes... Sandes pois! Frente a um televisor pequenino... Tinha outro na sala mas na cozinha parece que estava tudo mais cheio, mais compacto. A RTP liga a Alvalade e conhecem-se os onze iniciais. No Sporting, Queiroz fez alinhar: Lemajic, Nelson, Valckx, Vujacic, Paulo Torres, Paulo Sousa, Capucho, Figo, Balakov, Cadete e Iordanov. Peixe e Juskowiak estavam suspensos após um jogo esquisito no norte. O valente Carlos tinha feito mais um favor ao "seu clube" duas jornadas antes... O Benfica, apresentou-se da seguinte forma: Neno, Veloso, Mozer, Hélder, Kenedy, Abel Xavier, Vítor Paneira, Schwarz, Isaías, João Pinto e Ailton. Toni fez o que tinha de fazer: Neno na baliza com Veloso, Hélder, Mozer e Kenedy a ocuparem os habituais quatro lugares da defesa. Toni lembrou-se do jogão de Paneira nas antas em 1991 e ter-lhe-á pedido para fazer uma coisa semelhante no lado direito da equipa. Schwarz faria o equivalente do lado esquerdo e Abel Xavier iria ser o trinco... Duas grandes surpresas na defesa. Abel Xavier não era um lateral direito em que se pudesse fiar muito (Toni utilizou 3 laterais direitos durante toda a época: Veloso, Abel, e Xavier) mas devido à sua altura, Toni terá pensado que seria extremamente útil na batalha pelo espaço aéreo. Conta-se que a decisão foi tomada e comunicada ao jogador no dia do jogo. Kenedy também surpreendeu... Penso que Toni quis dar mais tracção à equipa e para isso fez subir Schwarz para médio e colocou o jovem defesa a fechar o flanco esquerdo, passando o regressado Veloso para o lado direito. E decidiu bem porque Kenedy era o defesa mais rápido e teve sempre muito atenção ao jogo interior e exterior dos avançados do Sporting. Sobravam Isaías e João Pinto que teriam de dar o litro no meio campo e ataque mais Ailton que teria de sofrer sozinho lá na frente. Os dados estavam lançados! Naquela altura pensei "Abel Xavier what? Kenedy a defesa? Vamos para defender?" Mas não havia outros e lembro-me de pensar: Confia no Toni caraças! WTF... Os dados estavam lançados... Até se anunciou nos altifalantes que uma loja da Caparica iria ofereceria um par de calças de ganga ao jogador do Sporting que marcasse o quarto golo da equipa... E a partida começa... O Sporting entrou de forma avassaladora, dominando completamente a primeira meia hora de jogo. Fez uma pressão extremamente forte às saídas de bola do Benfica e não se fez rogado em explorar o deficiente jogo aéreo da equipa (Neno particularmente que saía muito mal aos cruzamentos apesar de não ser muito bem protegido pelos colegas) e logo aos 10 minutos, Cadete abriu o activo. O Benfica estava muito preso às marcações e não conseguia sair com a bola controlada em progressão naquele relvado empapado, o jogo de ataque ficava sempre pelas imediações da área do Sporting. Alvalade fervia com tanta euforia... Parecíamos encurralados! Mas aos trinta minutos de jogo, João Pinto ganha um ressalto, arrasta Paulo Sousa consigo. Paneira e Ailton fixam o resto da defesa leonina. Como podem observar, eram 7 jogadores do Sporting (8 com Lemajic) contra 3 do Benfica, o que poderia fazer um jogador como João Pinto? Enganou Paulo Sousa e, para aí a uns trinta metros da baliza, enviou um míssil para o empate. Que grande golo! Uma obra de arte criada a partir do nada! Mas o empate não durou por muito tempo. O Benfica recuou mais do que devia... Deixando o Sporting jogar em profundidade e... Canto para o Sporting, a defesa do Benfica abana como sempre abanava nas bolas paradas e 2-1 por Figo. Na cara de Neno! 5 miseráveis minutos empatados... Sentia-se a euforia cega dos sportinguistas, mas João Pinto sentiu que tinha de ser ele a fazer a diferença. Mais uma vez eram sete jogadores de campo do Sporting contra Paneira, Ailton e João pinto. Schwarz ficava sempre atrás do lado esquerdo e Isaías à saída do meio-campo. João, que chegou a estar rodeado por CINCO jogadores do Sporting, faz isto: Nesta altura, festejei mas com muita moderação porque... Gato escaldado tem medo de água fria! As unhas já eram... Com o jogo empatado a duas bolas, o Benfica, continua expectante mas a ser capaz de se aproximar da área contrária. O Sporting tinha investido muita energia para chegar a esta altura e estar empatado, contra um Benfica que, mesmo com as deficiências apontadas, estava um pouco mais coeso. João Pinto, em disputa com Figo ganha uma falta perto da grande área do Sporting... A partir de uma bola parada, o Benfica faz a segunda jogada de ataque completa, como equipa e chega, ao intervalo a vencer por 2-3. Desta feita, livre de ter de intervir no processo de criação, João pinto limitou-se a ver os colegas Ailton, Paneira e Isaías a fabricarem o lance e colocou-se no "ground-zero". A bola até parece que o queria encontrar mais uma vez antes de ir para o seu destino final! Intervalo! Lembro-me perfeitamente de me ter sentido atordoado após o final da primeira parte. Até me lembro de ter perguntado se já tinham passado quarenta e cinco minutos, tal a volatilidade da partida. De facto, estavamos perante duas equipas que queriam vencer a partida, se bem que uma terá sido mais pretensiosa e outra mais humilde. João Pinto tinha sido a Chama Imensa que o contexto de toda aquela época e a chuva daquele final de tarde, não tinham conseguido extinguir. Agora, para os últimos 45 minutos, teria de ser o conjunto a manter a mesma a arder... Algumas imagens recentemente obtidas da primeira parte: Ao intervalo Carlos Queiroz opta por fazer uma alteração baseada na suposta superioridade técnica da sua equipa... Alteração que se viria a tornar no seu Nemesis... Tira Paulo Torres e coloca Pacheco em campo, assumindo que o extremo seria capaz de fazer o corredor esquerdo e/ou que Sousa e Vujacic iriam compensar aquele vazio... Eu cá pensei que... Finalmente todos os condimentos estavam em campo para o jogo ser perfeito... Com aqueles dois traidores em campo a vingança seria melhor... Paneira do lado direito sem lateral à sua frente... Sim sim! Paneira até conhecia as manhas do Pacheco! Com Sousa ou Vujacic a dobrar o lado esquerdo da defesa leonina, criou-se o mito da auto-estrada naquele início de segunda parte. Em menos de dez minutos (48 e 57) Isaías colocou ponto final em quaisquer expectativas que o Sporting pudesse ter. No primeiro é servido por Paneira após uma cavalgada gloriosa pelo flanco direito, com uma cortina açucarada de João Pinto. No segundo servido através de mais uma obra de arte de João Pinto que chegou a ter literalmente quatro jogadores do Sporting em cima de si... E Isaías a fazer o sinal do diabo vermelho em bicos-dos-pés... D'Arrasar! Uma ressalva para Ailton. O Brasileiro nunca andou ali a passear. Reparem como arrasta sempre um defesa com os seus movimentos! Toni decide então quebrar o jogo com duas substituições operadas em seis minutos: Rui Costa para o lugar de Isaías que já tinha apanhado nas canelas várias vezes (71 minutos) e abandonou a partida depois de lhe terem quase partido um joelho. E Rui Águas para o lugar de João Pinto (aos 78 minutos). Toni refez a organização táctica da equipa: Schwarz fazia dupla a meio-campo com Abel Xavier, Ailton recuava para extremo esquerdo, Rui Costa fica à frente dos 2 médios e Águas na frente do ataque. Muito bem Toni. Mas pelo meio destas duas alterações, já Paneira e Hélder tinham fabricado o único golo sem intervenção de João Pinto. Golo que o defesa festeja à-la Amália... Povo Benfiquista bonito, que passaste uma semana... Uma época, a ser achincalhado... 2-6! Não me esqueço de Queiroz quando não virou a cara ao seu ex-pupilo e lhe deu um aperto de mão... Sinal de reconhecimento pelo seu fenomenal trabalho nessa tarde/noite! Isto depois de Toni o ter cumprimentado/felicitado... Tal como um pai! O Sporting ainda reduziu por Balakov de penálti mas a vitória/vingança estavam servidas. A FRIO! Nota: Quer Isaías quer Rui Águas, tiveram a oportunidade de dilatar o marcador. No entanto, nunca considerei a não marcação nesses lances como falhanços. No lance de Isaías, ficou um penálti por assinalar: Tendo Isaías que sair porque Lemajic lhe abriu o joelho com aquela entrada com os pitons. No lance do Rui Águas, valeu a saída de Lemajic: Para o fim da partida, ficou a guerra dos olés. Verdade! Houve adeptos do Sporting que entoaram olés quando a sua equipa atacava... Pasme-se... Que desporto fabuloso que é o futebol... Lembro-me perfeitamente de ver o meu irmão a imitar o Isaías, quando este mergulha no relvado a festejar mais um golo. Foi nos azulejos... Lembro-me de ir beber um copo lá no café da terra e aquilo estar a meio gás... Eles tinham ficado em casa. Algumas imagens da segunda parte: O que se disse após o término da partida: Fica a crónica do jornal A Bola. Repararam em alguns dos escribas do jornal à época? As fotos são de tamanho real pelo que cliquem para as abrir numa janela em separado. Fica também o vídeo resumo desta partida fenomenal: E o Francisco Figueiredo que exclamava golo antes do Gabriel Alves... Meio incrédulo ou meio resignado! Depois o Benfica ganhou por 1-0 ao união da madeira (Na Velha Catedral) e foi sagrar-se campeão a Braga frente ao Gil Vicente. Pronto, tudo dito/escrito. Para quem queira, deixem as vossas memórias. É para isso que serve este artigo! A Maio de 2020: Há pelo menos duas páginas que colocam o vídeo deste blogue nos seus artigos... Mais Futebol e Zero Zero. Antes isso E Pluribus UNUM
Na minha penúltima viagem a Lisboa tive a sorte de ficar hospedada a 10 minutos do Mercado da Ribeira, um empreendimento que reúne alguns dos principais nomes da gastronomia portuguesa. Passei uma …
E o Benfica venceu o clube do Porto... Estava de pé atrás porque as exibições do Benfica estavam muito à quem do esperado e porque era mais do que certo que iríamos ser prejudicados... Mais do que certo que iríamos jogar contra 16! E isso aconteceu... Honra seja feita ao Benfica por mesmo assim ter vencido com todo o mérito e muita honra. Mas são só 3 pontos de uma longa, longuíssima caminhada rumo à #Reconquista. A primeira parte foi muito cautelosa. O Benfica não queria cometer erros e por isso não jogou no risco... Assim sendo, as transições foram cautelosas, calculadas em demasia pelo que não existiram muitas jogadas de perigo. O clube do Porto veio para o empate! Aquele cartão amarelo por anti-jogo de Casillas assim o dá a entender... Vieram para o confronto físico muito protegido pelo árbitro...Quiseram estar à espera de um erro que raramente aconteceu por parte do Benfica. Mas na 2ª parte - e porque a conversa no balneário deverá ter sido profícua - o Benfica regressou decidido a vencer. Para isso arriscou mais na profundidade e na velocidade de execução, empurrando o clube do Porto para perto da sua baliza. O positivo é que deste modo, eles tiveram de correr mais para se acercarem da baliza de Odysseas e nessa altura, o Benfica também demonstrou que trouxera mais intensidade no combate do meio campo. Aliás, é uma jogada com estas características que dá o golo da vitória... Uma jogada que demonstra o quanto belo o futebol pode ser... Jogada iniciada por Gabriel e continuada e finalizada por 2 heróis improváveis: Pizzi que faz uma assistência milimétrica e acrobática de cabeça e Seferovic que finaliza de pé direito... Nessa altura, já Rafa estava em campo e juntamente com Salvio, o Benfica começou a dinamitar os flancos e a conseguir explorar a natural incapacidade do clube do Porto em criar perigo por si só mas o pior estava para vir! RV coloca Alfa Semedo para dar mais pulmão e músculo ao Benfica... De facto era necessário aumentar o poder de combate e Alfa estava motivado mas o problema é que 2 minutos depois, Lema é expulso e tudo se esfuma... A verdade é que o clube do Porto conseguiu empurrar finalmente o Benfica para perto da sua baliza e até conseguiu algumas jogadas de perigo mas sempre de bola parada, uma vez que os 10 jogadores de vermelho e branco souberam não cometer todos os mesmos erros que cometeram na partida frente aos gregos... Excepto faltas evitáveis em ambos os flancos. A equipa resistiu até ao final e derrotou aquele conjunto com jogadores, árbitros e VAR. Sim... Os 3 pontos têm um sabor mais especial. Muita entreajuda, generosidade, amizade e espírito de sacrifício entre os jogadores num jogo de luta constante onde ninguém virou a cara à luta! Notas: Odysseas 3: Não teve uma tarde muito complicada nem foi chamado a grandes intervenções. Mostrou sempre segurança. Almeida 3: Melhorzito e mais recatado nas transições. Infelizmente, continua a cometer as mesmas faltas no seu flanco em zonas pouco aconselháveis. Lema 4: Pena a expulsão... Este 4 simboliza a exibição em crescendo do central argentino. Uma agradável surpresa sem dúvida. Parece que o Benfica - e não esqueço o Ferro - tem centrais para o futuro... Desde que... Rúben 5: Ora aí está... Não retiro uma vírgula ao que escrevi sobre ele na partida da Grécia. Dou-lhe um 5 porque o mereceu. Fez uma partida impecável. Sem mácula. Sem erros. É isto Rúben. Grimaldo 4: Mais recatado na 1ª parte mais explosivo na 2ª. Colocou em sentido todo aquele flanco dos visitantes. Uma excelente exibição. Fejsa 4: Muito bem o sérvio. Raramente perdeu uma intercepção ou uma disputa. É isto que o define como um Senhor na posição 6. Gabriel 3: Penso que ainda anda à procura da melhor forma de entender os seus colegas mas já se vai notando algo de substancial nas suas exibições. Proporcionou a defesa da tarde a Casillas e iniciou a transição que ditou o único golo da partida. Pizzi 3: Talvez seja pelo cansaço. Espero que não seja pelo perfil mas Pizzi não se mete muito ao barulho e isso inferioriza a equipa. A sua substituição por Alfa atesta o que digo. Excelente a assistência para Seferovic! Palavra que estou pasmado... Salvio 3: Começa a ser um pouco irritante ver Salvio a enveredar pelo individualismo... Melhor na segunda parte onde deu algum espectáculo. Cervi 3: Muito preso a tarefas de cobertura o que lhe tirou um pouco de amplitude ofensiva. Seferovic 4: Marcou o único golo da partida de pé direito... 3 pontos! Siga para bingo. As alterações. Rafa 3: A sua entrada da início ao melhor período da equipa. Rafa está numa boa fase e nota-se que é capaz de mais. Infelizmente a equipa ficou reduzida a 10 e ele teve de abdicar do ataque para ajudar a equipa a defender. Bem na parte final a correr quilometros a fazer pressão aos defesa do clube do Porto. Alfa e Samaris entraram para dar mais poder de combate à equipa. O Benfica venceu e eles cumpriram. Alfa jogou a central... Fábio Veríssimo e Jorge Sousa... 2 gatunos ao serviço do #clubejácondenadoporcorrupção! Mas já sabíamos... Vamos aos casos principais. Se houver mais algo relevante - posso-me ter esquecido - digam coisas (nota: já recebi indicações de que houve mais - já estão inseridas. O meu agradecimento ao anónimo). Logo a abrir aos 3 minutos: Já vi cartões vermelhos mostrados por coisas idênticas. Veríssimo mostrou logo ao que vinha. Para acabar uma 1ª parte pastilenta em beleza, Veríssimo sabia que nada devia assinalar que pudesse prejudicar o clube do Porto e aos 46 minutos... Cervi é abalroado dentro da grande área do clube do Porto. Nem árbitro, nem fiscal nem VAR viram... Acho que nem a BTV... Logo a seguir é Gabriel a ser placado: E Veríssimo viu mas fechou os olhos... Tem o salário para manter e a segurança da família se é que a tem que... Nem penálti nem livre nem nada! O clube-já-condenado-por-corrupção ia imaculado para o intervalo. Início da 2ª parte: Com Filipe muito manso, era aquele otário a fazer as despesas do jogo: E... Chapadas... Nada. Claro que Sousa estava de olhos fechados ou a Altice teve um blackout nas comunicações... Mas a coisa ficou muito complicada: O Benfica estava a vencer e Veríssimo deu uma ajuda: Confesso que tenho dificuldades em ver o contacto do pé de Lema com aquele actor... Logo a seguir, aos 87 minutos, Herrera que já devia ter sido expulso e já tinha um amarelo, faz isto: Confesso também que tenho dificuldades em ver o pé de Herrera a tocar na bola. Nem Veríssimo nem o fiscal nem o VAR viram nada de anormal. Veríssimo até marcou lançamento lateral para o clube do Porto... Já nem quero imaginar o que estes indivíduos iria fazer se Seferovic não tem obtido o golo: Penálti, expulsões, faltas... O Benfica venceu isto tudo: Venceu um gigante com pés de barro! Talvez possa protestar e pedir que... Tinha que pedir muita coisa... Nota: Muito grave... Fiquem com o resumo da partida: E algumas fotografias: E Pluribus UNUM!