Building, 1898. View On White
Lisboa de Antigamente retrata a cidade, através de fotografias antigas das suas gentes, monumentos e muito, muito mais.
Conheça os monumentos que contam a história capixaba
Fase 6 - tarde - Professora Cassiana Teatro de Sombras
Está acontecendo um movimento do professorado curitibano que tem ligação com a Secretaria da Educação. Movimento esse de recusa em dar aulas nas escolas da periferia da cidade, assim como na região metropolitana, sob a alegação de difícil locomoção e, principalmente, a falta de segurança do mestre nas escolas afastadas dos bairros mais centrais. A própria secretária comenta que tem professor que chega a perguntar se na escola para onde foi designado tem bandidos.
Con ocasión del evento Open House Madrid que tendrá lugar este fin de semana (26-27 septiembre) el rascacielos Torre de Madrid abre sus puertas al público. Los visitantes podrán visitar el ático de la torre residencial, un dúplex de 350 m² de superficie, situado en la planta número 32, a 140 metros de altura. El exclusivo apartamento está actualmente en venta por un precio de 3.600.000 €.
Personagem criado pelo humorista é um legítimo habitante do campo, figura típica do Rio Grande do Sul No mês do décimo aniversário do Centro Cultural da Universidade do Vale do Taquari [...]
Violeiro Caipira Óleo Sobre Tela Oscar Pereira da Silva 1918
LALI Espósito "Soy Tour 2016 " Teatro de verano - Foto © Martín Pereira LALI Espósito volvió con su SOY
Image 8 of 25 from gallery of Wuxi Grand Theatre / PES-Architects. Photograph by Pan Weijun
Crítica às luzes As classes e suas sínteses significativas artes, sem pesquisas e o que não vimos são os trabalhadores represen...
Il nuovo sovrintendente Alexander Pereira ha presentato ai sindacati il calendario della stagione di Expo: il teatro sarà aperto ogni sera per accoglie…
O Cine-Teatro de Amarante começa o ano de 2024 com grandes nomes do teatro, da literatura e da música nacionais. Esgotado que está o concerto de Jorge Palma, dia 13…
A Barraca a céu aberto
Sarà premiata nella serata di domani
Júlio Pereira, António Zambujo, Camané, Carlão, Sara Tavares, Teresa Coutinho e Teresa Salgueiro juntos num espectáculo evocativo de José Afonso. Esta quinta e sexta-feira no Teatro Viriato, em Viseu, às 21h30.
Leia este texto e aprenda mais sobre a escravidão no Brasil. Veja sobre a origem dessa instituição, conheça os grupos escravizados e entenda como foi proibida.
The Teatro Politeama in the Baixa area of Lisbon dates from 1913. The theatre was designed by the Portuguese architect Miguel Ventura Terra.
A capital é hoje uma cidade muito diferente do que era há cinquenta anos. Do início do século XX, então, resta muito pouco. E se ganhou umas coisas, perdeu outras, entre elas estes belos edifícios.
A elaboração do projecto para o maior conjunto de cinema-teatro existente em Lisboa, partiu de um Despacho do Ministro da Educação Nacional de 24 de Março de 1943, onde se podia ler: "(...) podia considerar-se o eventual funcionamento de uma Casa de Espactáculos como ainda não há em Lisboa, com um conjunto de instalações adequadas á realização ou exibição simultânea de várias formas de actividade artística ou cultural (...) uma casa com salas independentes para teatro de declamação ou música ligeira, concertos e cinema, dotada das dependências correspondentes.” Dezembro de 1951 Abril de 1952 Espaço do futuro “Monumental”, era ocupado pelo “Colégio Normal de Lisboa” (em foto de 1939) Com base nesta sugestão do Ministro Mário de Figueiredo, o arquitecto Raúl Rodrigues Lima - que já tinha assinado o projecto do “Cinema Cinearte”, inaugurado em Fevereiro de 1940 - elabora o projecto do Monumental, cinema e teatro, onde, num único edifício existe um teatro para 1182 espectadores, um cinema para 2170, um café-restaurante e uma sala para exposições artísticas. Raúl Rodrigues Lima (1909-1980) Alçado principal sobre a Praça Duque de Saldanha Alçado sobre a Avenida Fontes Pereira de Melo Alçado sobre Avenida Praia da Vitória Janeiro de 1983 Na foto anterior, anunciava-se a peça teatral “As Taradas”, com os actores Octávio de Matos e Adelaide João, entre outros. Esta seria a última peça a ser exibida no “Teatro Monumental”, antes deste encerrar definitivamente a 3 de Março de 1983. Nesta planta pode-se ver a disposição das 2 salas de espectáculos Maqueta O “Cinema-Teatro Monumental”, localizado na Praça Duque de Saldanha em Lisboa, e propriedade da "“Sociedade Administradora de Cinemas, Lda.”, do major Horácio Pimentel, foi inaugurado no dia 8 de Novembro de 1951, «único no seu género em todo o mundo» segundo alguns jornais da época, que acrescentavam: «um luxuoso edifício que, desde as linhas arquitectónicas do exterior à luxuosa comodidade dos seus interiores, oferece o tom moderno e de bom gosto da casa de espectáculos digna de figurar entres as melhores da Europa». Major Horácio Pimentel Espectáculos anunciados para as inaugurações dos Teatro e Cinema Monumental Sala do Teatro Monumental Planta e preçário do “Teatro Monumental” em 1953 Programa A entrada principal do edifício, comum à salas de Cinema e de Teatro, fazia-se pelo grande vestíbulo principal semi-exterior que, comunicando directamente com a Praça Duque de Saldanha por meio de uma arcaria de volta perfeita, funcionava quase como um prolongamento desta. A sala de Teatro, com eixo central paralelo à Av. Praia da Vitória, possuía dimensões mais reduzidas de modo a aproximar os espectadores do palco. Deste modo, e por forma a rentabilizar melhor o espaço interno, o arquitecto Rodrigues Lima introduziu três balcões que se prolongam lateralmente até ao palco e ainda dois camarotes “avant-scène” ricamente decorados. Enquadramento do “Monumental” na Praça Duque de Saldanha A sala de cinema, com eixo central paralelo à Av. Fontes Pereira de Melo, possuía grandes dimensões permitidas pelo grande ecrã existente e pelos altifalantes que permitiam regular o som de acordo com as dimensões da sala. Comportando dois balcões, esta sala constituía a «referência mais imensa do espaço-cinema em Portugal : a sala cheia parecia uma cidade!» . Entradas para o Cinema e Teatro Monumental, ao fundo bilheteira do Teatro Ficha de bengaleiro Passando o vestíbulo da entrada, existia um grande foyer que se desenvolvia por dois pisos. No piso térreo os acessos à sala eram feitos por quatro portas que davam acesso directo às plateias tanto do Cinema como do Teatro. A partir do foyer do 1º andar, além do acesso ao 1º balcão a partir de duas portas, dava acesso a um vestiário, um toucador para senhoras, ao bar, às instalações sanitárias e á escada que dava acesso ao último piso onde se encontravam a cabine de projecção e o escritório da gerência. Neste 1º piso, fazendo parte integrante do foyer, existiam, um salão de estar e outro de exposições. Estes equipamentos eram comuns ao Cinema e Teatro. O gigantesco foyer do primeiro balcão era imponente, com mármore, dourados, estátuas e lustres Salão de Chá A revista “Imagem” em 1950 escrevia: «Um dos mais arrojados empreendimentos dos nossos dias». Podia-se também ler num jornal da época: «Único no seu género em todo o mundo, um luxuoso edifício que, desde as linhas arquitectónicas do exterior á luxuosa comodidade dos seus interiores, oferece o tom moderno e de bom gosto da casa de espectáculos digna de figurara entre as melhores da Europa». Antes da transformação para ecran gigante “Cinemascope” Planta e preçário do “Cinema Monumental” em 1953 Adivinhando as necessidades futuras, esta sala viria a acolher todas as novidades a nível de ecrãs de cinema: ecrã gigante, “Cinemascope”. Ecrã gigante “Cinemascope” Sala do Cinema Monumental Entradas para o 2º balcão do Cinema e Teatro e camarotes do Teatro Sala de estar e entradas do 2º Balcão do Teatro e do Cinema Cabine de projecção Grandes filmes passaram por esta casa de espectáculos como: “E tudo o Vento Levou” (1939) de George Cukor, Victor Fleming, Sam Wood; “Os Dez Mandamentos” (1956) de Cecil B. DeMille; “Ben-Hur” (1959) de William Wyler; “Spartacus" (1960) de Stanley Kubrick; "West Side Story" (1961) de Jerome Robbins e Robert Wise; “Lawrence de Arábia” (1962) de David Lean; “Cleopatra” (1963) de Joseph L. Mankiewicz; "My Fair Lady" (1964) de George Cukor; “Doutor Jivago” (1965) de David Lean; "2001: Odisseia no Espaço" (1968) de Stanley Kubrick; “Um Violino no Telhado" (1971) de Norman Jewison; "Papillon" (1973) de Franklin Schaffner; "Star Wars" (1977) de George Lucas, entre outros. Estreia do filme "Queda do Império Romano" em 15 de Setembro de 1964 Horácio Pimentel cumprimentando o Presidente da República Almirante Américo Thomaz Estas duas fotos anteriores foram gentilmente cedidas por Rui Pimentel (neto do fundador) Lembro que, antigamente a grande maioria dos filmes estreavam em Portugal, muitos meses depois, se não anos depois, de serem estreados nos Estados Unidos, ou noutros países. Exemplos: "West Side Story" (1961) de Jerome Robbins e Robert Wise, estrou em Abril de 1963, “Doutor Jivago” (1965) de David Lean, estreou em Outubro de 1966. Casos raros de estreia no mesmo ano ocorriam em Portugal. Caso disso foi o filme "My Fair Lady" (1964) de George Cukor, que estreando em de Outubro de 1964 nos Estados Unidos, estreou no mesmo ano em Portugal, em 4 de Dezembro, conforme anúncio seguinte. 4 de Dezembro de 1964 Mais tarde, o Salão de Chá, cuja foto foi publicada mais acima, seria transformado para uma pequena sala-estúdio, o “Satélite”. Esta sala-estúdio, foi inaugurada em 25 de Fevereiro de 1971 com o filme “Coisas da Vida” ( “Les Choses de la Vie” ) com Romy Schneider e Michel Piccoli, e cuja receita reverteu a favor da “Cruz Vermelha Portuguesa”. Na lateral da Avenida Fontes Pereira de Melo, este edifício albergou o café, casa de chá e restaurante “Monumental”, igualmente propriedade do major Horácio Pimentel e explorado por Amadeu Dias, que já detinha a exploração dos 3 bares do conjunto cinema/teatro "Monumental", Abriu as suas portas em 17 de Setembro de 1955, tendo a propósito, o “Diário de Lisboa” , neste dia, escrito: «O projecto inicial da obra era da autoria de sr. arquitecto Rodrigues Lima, pois fazia parte do bloco das casas de espectáculo. O seu proprietário confiou, porém, o seu desenvolvimento, dentro das novas exigências funcionais da exploração, ao notável decorador José Espinho e a Fred Kradolfer, outro artista de extraordinários méritos, que resolveram, com inteligência e gosto, os problemas de decoração, construção e mobiliário.» Café-Restaurante “Monumental” em Janeiro de 1983 Publicidade ao Café-Restaurante Monumental Outro cinema famoso de Lisboa o “Império” ,que viria a ser inaugurado em 24 de Maio de 1952, teria também a exemplo deste, um grande café-restaurante de seu nome “Império”, felizmente ainda existente. Peça “Meu Amor é Traiçoeiro” estreada em 7 de Junho de 1962, publicitada também nas paredes exteriores do edifício Programas das três salas que albergou o conjunto Monumental Dois espectáculos no Teatro Monumental em 1966 O anúncio anterior faz referência a um dos grandes acontecimentos que ocorreram nos ano 60 do século XX, no “Cinema-Teatro Monumental”, o “Concurso IÉ-IÉ” de 1966, que pode ser pormenorizadamente recordado num artigo neste blog, no seguinte link: “Concurso «IÉ-IÉ» em 1966”. O arquitecto Rául Rodrigues Lima, ainda antes de morrer em 1980, projectou uma profunda remodelação deste espaço a fim de o integrar nos novos tempos. A sala de espectáculos seria dividida em pequenas salas, à semelhança do que se viria a passar com o “Cinema São Jorge”, e a entrada aproveitada para instalação de pequenas lojas. Mas … como escreveu Luís de Camões: «Que outro valor mais alto se alevanta »… Notícia no “Diário de Lisboa” em 26 de Novembro de 1983 Fotos gentilmente cedidas por Rui Pimentel (neto do fundador) Como já foi referido anteriormente, o “Teatro Monumental” encerrou primeiro, em 3 de Março de 1983, e o “Cinema Monumental” só viria a encerrar a 27 de Novembro do mesmo ano. O último filme a ser exibido foi “ O Vale Perdido” … A ordem da demolição surgiu em 1984. No mesmo local viria a ser construído um moderno edifício, também chamado “Monumental”, com escritórios, centro comercial e quatro salas de cinema, de seu nome actual ”Medeia Monumental”, sendo a maior das quais uma sala cine-teatro com 378 lugares. Edifício Monumental Do antigo conjunto “Cinema - Teatro Monumental”, restaram a esfera a esfera armilar, que se encontra actualmente, ao lado do Padrão dos Descobrimentos, e as estátuas que decoravam a fachada do edifício, e que se encontram nos jardins contíguos à Igreja de São João de Deus, na Praça de Londres. fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Horácio Novais), Universidade de Coimbra, Hemeroteca Digital, Arquivo Municipal de Lisboa, Cinema aos Copos, Um Palco para Todos, IÉ-IÉ
O comediante e youtuber Cris Pereira, traz a Curitiba o bem-sucedido espetáculo de humor “De Borracha à Bombacha”
Completam-se hoje, dia 14 de Julho de 2016, 150 anos sobre o nascimento do arquitecto Miguel Ventura Terra (1866-1919) em Seixas do Minho em 14 de Julho de 1866, figura maior da arquitectura portuguesa, no início do século XX. Miguel Ventura Terra (1866-1919) Para acompanhar este artigo do itinerário das principais obras de Miguel Ventura Terra, optei por recorrer, em parte, ao texto publicado no blog “Toponímia de Lisboa”, da CML intitulado “Marcas de Ventura Terra na toponímia de Lisboa”, publicado em 1 de Julho de 2016, e que pela sua qualidade servirá bem os meus propósitos, e no qual procedi a pequeníssimas alterações. Chamo á atenção para o facto de os títulos em amarelo terem o link para a história ilustrada respectiva neste blog. De regresso a Portugal em 1896, após estudos em Paris, Miguel Ventura Terra foi nomeado arquitecto de 3.ª classe da “Direção de Edifícios Públicos e Faróis” e venceu o concurso de reconstrução da “Câmara dos Deputados” após o incêndio de 1895, o espaço que hoje identificamos como Assembleia da República, na Rua de São Bento. O hemiciclo de Ventura Terra viria a ser inaugurado em 1903. Em 1900, idealizou o pedestal para o monumento ao Marechal Saldanha do escultor Tomás Costa, na Praça Duque de Saldanha, assim como projetou dois pavilhões, da representação portuguesa na “Exposição Universal de Paris” de 1900, no Trocadéro e no Quai d’Orsay. Estátua do Marechal Duque de Saldanha inaugurada em 13 de Fevereiro de 1909 Presença portuguesa na Exposição Universal de Paris de 1900 Pavilhão das Colónias Portuguesas Pavilhão de Portugal Quanto à crítica da imprensa internacional na época: «Por forma que a exposição de Portugal com o seu ar campesino, a sua uveira minhôta, as cangas rusticas, o carro e os bois, a latáda, a vindimadeira de Teixeira Lopes, tudo a sugestionar á imaginação scenas dos nossos campos, surge, desabrocha como um sorriso ingenuo e natural, sem pretensões no meio dos brilhantes arrebiques da vizinhança. Entra-se alli para descansar; é fresco é viçoso; repousa a vista e alegra o espirito: á e impressão que todos sentem, ao visitarem a secção agricola portugueza cujo projecto decorativo foi executado pelo nosso eximio artista Ventura Terra, que por esse motivo obteve dos jurys internacionaes o alto premio de diploma de medalha de ouro.» No ano seguinte, graças à iniciativa do Coronel Rodrigo António Aboim Ascensão da “Associação de Proteção à Primeira Infância” (APPI) foi o autor da primeira creche lisboeta, que incluiu a construção de uma Vacaria, no Largo do Museu de Artilharia nº 2. Data também de 1901 um edifício de habitação no nº 5 da Praça Marquês de Pombal. “Associação de Proteção à Primeira Infância” no Largo do Museu de Artilharia Em 1902, foi o ano de concretizar o Palacete de Henrique José Monteiro Mendonça”, nos nºs 18-28 da Rua Marquês de Fronteira, galardoado com o “Prémio Valmor de Arquitectura” 1909; a Casa do Jacinto Cândido, na Rua da Arriaga e a casa de Guilherme Pereira de Carvalho na Avenida da Liberdade (ambas já demolidas); o prédio do Comendador Emílio Liguori na Rua Duque de Palmela nº 37 ( que viria a ser a sede do jornal Expresso) e ainda, a casa de José Joaquim Miguéis, na Avenida António Augusto Aguiar nº 134 (demolida em 1997). Ainda com projeto de 1902 foi edificado o conjunto de três prédios erguidos pelo republicano Joaquim dos Santos Lima, na Avenida Elias Garcia nº 62 (então Avenida José Luciano) com a Avenida da República nº 46 e, ainda a Sinagoga de Lisboa também designada como “Shaaré Tikvá” ou “Portas da Esperança”, na Rua Alexandre Herculano, artéria onde Ventura Terra traçou também o seu próprio edifício residencial no nº 57, exemplo significativo da aplicação da Arte Nova em Portugal que foi o 2º “Prémio Valmor de Arquitectura” a ser atribuído, no ano de 1903, como recorda uma placa na fachada para além de outra placa que informa que «Esta casa foi legada às escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto pelo distinto arquitecto Miguel Ventura Terra, que nela faleceu em 30 de Abril de 1919, destinando o seu rendimento líquido para pensões a estudantes pobres das escolas que mostrem decidida vocação para as belas artes». Ainda neste arruamento somou Ventura Terra em 1911 o edifício do nº 25 que também foi “Prémio Valmor de Arquitectura” nesse ano. Casa de Guilherme Pereira de Carvalho na Avenida da Liberdade projectada em 1902 Palacete de Henrique Mendonça e prédio de Joaquim dos Santos Lima na Avenida Ressano Garcia Sinagoga de Lisboa e Casa Ventura Terra, ambos na Avenida Alexandre Herculano Miguel Ventura Terra defendia a autonomia disciplinar da arquitetura e em 1903, com os arquitectos Adães Bermudes, Aragão Machado, Rosendo Carvalho e António Dias da Silva forma a “Sociedade dos Archiitectos Portuguezes”, com sede na Rua Vítor Cordon, nº 14 - 1º, e da qual foi o primeiro presidente. Hoje encontramos como sua herdeira associativa a Ordem dos Arquitectos, na Travessa do Carvalho nº 23, no antigo edifício dos Banhos de São Paulo. Ainda em 1903 Ventura Terra foi o autor da Casa do Dr. Alfredo Bensaúde, no cruzamento da Rua de São Caetano com a Rua do Arco do Chafariz das Terras, na Lapa. Primeiro número do “Annuario” em 1905 Nesta revista o regulamento dos «Honorarios dos Architectos» aprovados em 1904 Em 1904, Miguel Ventura Terra foi o delegado de Portugal ao “VI Congresso Internacional dos Arquitetos”, na cidade de Madrid e traçou a Casa da Condessa de Taboeira na Rua Arriaga nº9, bem como a casa de Júlio Gualberto da Costa Neves na Rua Rosa Araújo nº37. Em 1905 projetou a sede do “Banco Lisboa & Açores” para a Rua Áurea nº 82 -92, construído por “A Constructora” e traçou a casa da Viscondessa de Valmor, D. Josefina Clarisse de Oliveira, - entretanto já viúva do Visconde de Valmor -no nº 38 da Avenida da República (então Avenida Ressano Garcia), com esquina para o nº 22 da Avenida Visconde Valmor (então Rua Visconde Valmor), construído por Joaquim Francisco Tojal, e que foi o “Prémio Valmor de Arqitectura” de 1906. “Banco Lisboa & Açores” Casa da Viscondessa de Valmor Publicidade em 1905 aos dois construtores dos edifícios anteriores “Casa Sandoz” na Rua de São Caetano em Lisboa e projectada em 1907 Seguiram-se os Liceus: o “LIceu de Camões” (1907) na Praça José Fontana, o “Liceu Pedro Nunes” (1908) na Avenida Álvares Cabral, e o “Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho” (1913) na Rua Rodrigo da Fonseca, obra que por falta de verba demorou 18 anos a acabar e por isso foi terminada pelo arquitecto António do Couto. “Liceu de Camões” “Liceu Pedro Nunes” “Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho” Em 1907 traçou a casa de João Silvestre de Almeida, com vitrais Arte Nova e pintura de mural de Veloso Salgado, na Rua Mouzinho da Silveira nº12 , onde hoje encontramos a sede do “Banco Privado Português”. Em 1908, idealizou a “Maternidade Dr. Alfredo da Costa”, na Rua Viriato. Também neste ano e bem próximo, na Avenida Fontes Pereira de Melo ficou concluído o Palacete para José Joaquim da Silva Graça, proprietário do jornal “O Século”, que foi vendido em 1930 para se tornar no “Aviz Hotel”, o qual funcionará até 1961 e será demolido no ano seguinte. Ainda em 1908, Miguel Ventura Terra participou no traçado de alguns detalhes do Palácio Marquês de Vale Flôr, na Rua Jau, quando o arquitecto José Cristiano de Paula Ferreira da Costa retomou este projeto por falecimento de Nicola Bigaglia, sendo este edifício classificado como monumento nacional deste 1997. “Maternidade Dr. Alfredo da Costa” “Palacete Silva Graça” Hall e vestíbulo de entrada do “Teatro Nacional de S. Carlos” Para além da arquitetura, Miguel Ventura Terra era um republicano pelo que no período de 1908 a 1913 foi também vereador na Câmara Municipal de Lisboa, na 1ª vereação republicana de Lisboa, presidida por Anselmo Bramcaamp Freire. Elaborou planos na área do urbanismo, como os que concebeu para o “Parque Eduardo VII” e para a zona ribeirinha da capital (1908) e em 13 de Outubro de 1910 propôs a atribuição do topónimo “Esplanada dos Heróis da Revolução”, em terrenos do “Parque Eduardo VII” - «que seja dado o nome de Esplanada dos Heróis da Revolução ao espaço que no meu projecto de Parque Eduardo VII fica compreendido entre o limite norte da Praça do Marquês de Pombal, as ruas Fontes Pereira de Melo e António Joaquim Aguiar e o Palácio de Exposições e Festas onde começa o parque propriamente dito.» - proposta aprovada mas que não chegou a ser concretizada. Em 9 de Março de 1911 propôs ainda a atribuição dos nomes de Eugénio dos Santos, Nuno Santos e Silva Porto a ruas importantes de Lisboa. Ainda nesta área refira-se que Miguel Ventura Terra era amigo do escultor António Teixeira Lopes, e solicitou-lhe a execução de um busto em mármore do 1º Presidente Republicano da Câmara de Lisboa, Anselmo Braamcamp Freire, pago pelos 11 vereadores. Outras obras fora de Lisboa projectadas pelo arquitecto Miguel Ventura Terra Colónia da Sineta / Asilo de Santo António, projecto de 1906 para João Taborda de Magalhães, com o para ser uma colónia de Verão para crianças pobres, em Caxias “Vidago Palace Hotel” com projecto inicial de 1907 e inaugurado em 6 de Outubro de 1910 Basílica de Santa Luzia em Viana do Castelo e “Hospital Valentim Ribeiro” em Esposende e inaugurado em 1916 Voltando a Lisboa … Prédio de António Thomaz Quartim, na Rua Alexandre Herculano. “Prémio Valmor de Arquitectura” de 1911 Em relação a este “Prémio Valmor de Arquitectura” de 1911 a revista “Construção Moderna” observava: "O prédio (...) é sem contestação, um dos mais belos, de todas aquelas avenidas que ladeiam a da Liberdade, e o seu corpo lateral é um trabalho artístico imponente e de valor. Assim o compreendeu o júri que foi encarregado de proceder à concessão do Prémio Valmor. (...) A construção custou aproximadamente trinta e cinco contos de reis", Em 1912-1913, num traçado representativo da Arte do Ferro projeta o seu “Teatro Politeama”, na então designada Rua Eugénio dos Santos (hoje, Rua das Portas de Santo Antão). Ainda em 1913, Ventura Terra recebeu uma Menção Honrosa do “Prémio Valmor de Arquitectura” para o Palacete que idealizou para o nº 3 da Avenida António Augusto Aguiar, onde é hoje a sede da “Ordem dos Engenheiros”, cabendo a parte de cantaria a Pardal Monteiro, que trabalhou no atelier de Miguel Ventura Terra quando ainda frequentava a “Escola Superior de Belas Artes de Lisboa” e o entendeu sempre como mestre de referência. Sede da “Ordem dos Engenheiros” na Avenida António Augusto de Aguiar “Teatro Politeama” «As novas casas de Ventura Terra proscrevem a velha rotina da chateza alvar e sórdida, anterior à invasão da higiene, do asseio, da ginástica e do tub nos costumes lisboetas, e refutam simultaneamente o espírito de inovação pretensiosa e pelintra, o "snobismo" (para o dizer numa palavra) alojado nos cérebros frágeis das modernas gerações. São alegres, são simples, são lógicas, são concentradas e discretas. Harmonizam-se sem violento contraste de forma ou de cor com o aspecto das edificações circundantes, com a luz ambiente, com o solo, com o céu de Lisboa. A sua nobreza de aspecto não se impõe por hiperbólicos artifícios exteriores, antes se deduz honradamente de cultura e da dignidade interior da vida familiar, laboriosamente inteligente, da qual parecem ser a mais apropriada colmeia; e, como toda a obra arquitectónica do autor, esses novos prédios lisbonenses como que têm, sob um esmalte de arte o inconfundível carinho dos dois fundamentais elementos do talento de um arquitecto: a probidade e o juízo.» in: “Arte Portuguesa” de Ramalho Ortigão - Livraria Clássica Editora, lI Vol., de 1943. Relembro outros grandes arquitectos, que se destacaram pela sua obra, na primeira metade do século XX em Portugal: Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962), Raúl Lino (1879-1974), Luís Cristino da Silva (1896-1976), José Cottinelli Telmo (1897-1948), António Maria Veloso Reis (1899-1985), Carlos João Chambers Ramos (1897-1969), Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957), Cassiano Branco (1897-1970), Jorge Segurado (1898-1990), João Simões (1908-1993), Raúl Rodrigues Lima (1909-1980), etc. Programa das comemorações dos 150 anos do nascimento de Miguel Ventura Terra © Fernando Jorge fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), Hemeroteca Municipal de Lisboa, Retrovisor, Assembleia da República, Ventura Terra
En 2008, PES-Architects ganó el primer premio del concurso internacional de arquitectura para el Gran Teatro Wuxi. La idea principal del teatro se basa en su localización.
'Leo, el Bibliobús Trazasueños' recorre los barrios y municipios de Pereira dándoles a los más pequeños magia en forma de libros.