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O rapaz sorriu. não importa quem você é. porque você não vai me deter.o sinal em sua testa se acendeu, brilhou com uma luz dourada imbuída de reflexos escuros, e as amarras que sofia impusera a ele explodiram. enormes asas douradas brotaram de suas costas, asas rodeadas por nervuras metálicas.sofia é uma draconiana, a primeira entre os raros herdeiros da antiga estirpe dos dragões que devem defender o mundo do despertar da terrível serpe nidhoggr. contudo, abrigar o espírito de thuban, o mais poderoso dos dragões, não torna a vida mais fácil.longe da casa do professor que a adotara, ela agora está em benevento com lidja e é obrigada a atuar como palhaço em um circo. atormentada por sonhos e premonições que parecem emanar das pedras e dos jardins da cidade que, antes habitada por bruxas, recebeu as preciosas raízes da árvore de idhunn, sofia vai precisar aprender a acreditar nos próprios poderes e a resolver suas questões com o amor - uma descoberta imprevista e muito mais perigosa do que ela poderia imaginar...segundo livro da trilogia a garota dragão. leia também a herança de thuban.
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Os Trabalhos E Os Dias, de Hesíodo, é uma obra clássica da literatura grega que chega às mãos dos leitores contemporâneos pela Editora Iluminuras em sua 1ª edição de 2019, com capa mole e em português. Esta edição é notável por apresentar o texto original em grego ao lado da tradução para o português, permitindo uma compreensão mais profunda da obra. Hesíodo, muitas vezes mencionado ao lado de Homero, destaca-se por sua abordagem única dos mitos gregos, oferecendo uma visão mais pessoal e socialmente engajada. A obra "Os Trabalhos e os Dias" é particularmente significativa por registrar, em seus 382 versos, mitos fundamentais da cultura grega, como as histórias de Prometeu e Pandora, As duas lutas, As cinco raças e a fábula O gavião e o rouxinol. Estes mitos servem como base para a segunda parte do poema, que contém conselhos práticos e reflexões sobre a agricultura e o comércio marítimo da época. A tradução foi realizada com rigor, buscando a fidelidade ao texto grego, ao mesmo tempo em que se esforça para manter a fluidez e a beleza poética na língua portuguesa. A tradutora, Mary de Camargo Neves Lafer, professora de língua e literatura grega na USP, não apenas traduziu a obra, mas também oferece comentários elucidativos sobre os mitos e a relevância de Hesíodo na explicação das origens e da condição humana. Apesar de sua antiguidade, "Os Trabalhos e os Dias" mantém uma surpreendente relevância e continua a ser uma fonte de inspiração e reflexão para os leitores modernos.
Um dos mais premiados livros infantis brasileiros agora de casa novaum encontro inusitado entre o mais temível cavaleiro da távola redonda do rei arthur e o cangaceiro mais perigoso do brasil. é com esta trama que o reconhecido autor-ilustrador fernando vilela constrói um fantástico duelo entre culturas e tradições que dialogam de forma poética, tanto através do texto quanto das imagens.a história começa quando lancelote é enganado pela grande feiticeira morgana e vai parar no meio do sertão nordestino. lá ele dá de cara com lampião e tem início o confronto. primeiro com palavras, depois com lutas, depois com danças (e a participação de maria bonita, da rainha guinevere e do mago merlin). mesclando e contrastando linguagens e universos, vilela utiliza a rima do cordel nas falas e descrições dos personagens e a narrativa épica medieval para a viagem de lancelote. nas ilustrações, referências como xilogravuras e registros fotográficos para o cangaço e pinturas renascentistas e armaduras de época para a távola redonda. tudo realçado pelo trabalho magnífico e impactante de cor - o cobre evocando figurino e adereços do cangaceiro e o prata aludindo aos do cavaleiro. uma narrativa mágica feita de textos poéticos, choque de culturas e ilustrações deslumbrantes.prêmio jabuti 2007:1° lugar - categoria ilustração de livro infantil ou juvenil1° lugar - categoria infantil2° lugar - categoria capaprêmio fnlij 2007:- melhor livro de poesia - melhor projeto editorial - melhor ilustração - escritor revelação prêmio bologna ragazzi 2007:- menção honrosa na categoria new horizons
Mundo de Livros - "Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, porquê?" – Jack Kerouac
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Comentário: Penso que só uma vez abri uma exceção neste blogue para publicar um comentário de um livro de não ficção; a distinta honra foi para o enorme Carl Sagan. Hoje abro a segunda exceção para publicar a minha opinião sobre esta excecional, enorme em todos os sentidos, biografia do imperador Marco Aurélio. Um grande escritor, sinceramente não recordo quem, disse um dia qualquer coisa como isto: prefiro a ficção porque normalmente fala verdade. Pois bem, esta biografia não é ficção e fala verdade. Em grande parte porque o autor manifesta uma enorme habilidade literária, que lhe permite contar toda a história de Marco Aurélio mantendo na narrativa aquilo que a ficção tem de melhor: o despertar do interesse do litor; a emoção, a beleza de um enredo. Ou seja, estamos perante um livro de história que se lê como se de um romance se tratasse. Em primeiro lugar, um dos maiores méritos desta obra: uma biografia nunca pode restringir-se à vida e obra do personagem histórico aboradado. Na melhor tradição da historiografia britânica atual, Mclynn enquadra a vida de Marco Aurélio no contexto histórico, destacando os fenómenos mais significativos da época, recorrendo aos quadros politico, económico, social, religioso, mental, etc. Daí emana uma verdadeira aguarela de onde vemos surgir realidades por vezes surpreendentes, chocantes mesmo para o leitor do século XXI. O Império Romano constituiu uma das realidades mais fascinantes de todos os tempos; o poder dos imperadores, a ofuscante riqueza que transitava nas estradas romanas, o espetáculo impressionante do Circo e do Coliseu, a devassidão algo escandalosa que é atribuída àquele povo são apenas alguns dos pormenores desse encanto. Mas poucos saberão de outras realidades que este livro muito bem destaca e que nos mostram “outro” império romano. Por exemplo, um povo em que a esperança de vida não ultrapassava os 30 anos! Um povo onde as desigualdades sociais eram tais que era vulgar morrer de fome. Um povo onde as condições de saúde eram tão precárias que qualquer doença se tornava mortal. No meio de tudo isto, emergiam os grandes personagens. Marco Aurélio foi um dos maiores. O imperador conquistador da Germânia e da Pártia (antiga Pérsia) foi também o imperador Filósofo. Escreveu uma das mais importantes obras literárias da Antiguidades (Meditações, uma obra em formato de aforismos) e foi um dos mais lídimos representantes da corrente estoica. A adesão de algumas elites romanas e mesmo imperadores ao estoicismo não deixa de ser curiosa, tendo em conta o contraste daquela filosofia (que proclama a virtude do sofrimento) face ao reconhecido (e talvez exageradamente propalado) hedonismo romano. Mas talvez o estoicismo fosse o “contrapeso” para tal culto do prazer… Marco Aurélio foi, acima de tudo, um político sóbrio, sério, honesto. Muito no inverso do que hoje se usa… Totalmente desprovido de senso de humor incapaz de rir, tinha no entanto um impressionante sentido de justiça que não o impediu, no entanto, de ser um dos maiores perseguidores dos cristãos. No entanto, é necessário enquadrar devidamente esse fenómeno: as perseguições parecem refletir motivações políticas (o facto de os cristãos não aceitarem o culto do Imperador), religiosas (a negação do politeísmo),culturais (o desenquadramento do cristianismo face à realidade cultural romana, uma sociedade essencialmente urbana e comercial, face a uma religião que valorizava a pobreza) mas também cientificas, como muito bem destacava o famosos médico Galeno, que acusava os cristãos de acreditarem em princípios ingénuos, quase infantis, como a criação a partir do nada. A aceitação destes dogmas seria, segundo Galeno, um obstáculo ao conhecimento científico. O certo é que, para além destes motivos, as perseguições tendiam a aumentar à medida que crescia a insegurança e a crise no império. Na verdade, Marco Aurélio governou numa época em que os sinais de decadência se tornavam cada vez mais óbvios (170-180 d.C.). As crises, quer económicas provocadas pelo fim das conquistas, quer demográficas provocadas por enormes mortandades, tendiam a indicar os cristãos como uma seita maléfica, culpada de todas as desgraças. E não foram poucas essas desgraças no tempo de Marco Aurélio. Por exemplo, uma imensa crise demográfica terá sido causada por Pestes (designação de todas as doenças mortais mal identificadas) que hoje sabemos ter consistido numa imensa epidemia de malária e uma outra de varíola, a chamada Peste Antonina por ter surgido no tempo de Antonino Pio, antecessor de Marco Aurélio. Todo o quadro económico-social do tempo de Marco Aurélio era também dramático: a agricultura estava totalmente dependente da escravatura, sabendo-se que tal realidade era impeditiva de um verdadeiro crescimento. Entre os romanos só algumas vozes mais ilustres, como Plínio o Velho, estavam conscientes desse terrível malefício da escravatura. Mesmo assim, os escravos esgotavam-se à medida que as conquistas diminuíam e os imperadores romanos iam, desesperadamente, tentando camuflar estas crises, tentando inventar estratégias que permitissem a Roma manter a todo o custo o seu espetacular estatuto de cidade imperial. Em suma, estamos perante um livro que nos oferece um verdadeiro passeio pelas virtudes, riquezas, misérias e pecados desse universo fantástico que é a Roma Antiga. Fascinante. Sinopse(in wook.pt): Marco Aurélio, o último dos "cinco bons imperadores" de Roma, é a única grande figura da Antiguidade que ainda nos toca, quase dois mil anos após a sua morte. Podemos entusiasmar-nos com os feitos de Alexandre o Grande, de Aníbal ou de Júlio César, mas a única voz do mundo greco-romano que ainda parece assumir relevância na nossa contemporaneidade é a do homem que dirigiu o Império Romano entre 161 e 180 d. C.
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