On New Year's Eve and Old New Years, people in Appenzell's outskirts dress up with monstrous costumes. Alter Silvester is an old tradition...
Estátua de Armínius em Lippe - Alemanha Rumo ao sol, enxames de agricultores-guerreiros migram para terras férteis e com menos bosques do sul mediterrâneo, por causa de explosão demográfica ocorrida durante o período neolítico e a idade do Bronze; a pequena faixa de terras cultiváveis e a imperfeição das técnicas agrícolas da pré-história provocarão a expansão dos povos. A marcha rumo ao sol, cuja roda simbólica aparece gravada na rocha, será, por isso, a constante dos povos do norte da Europa. Musset não crê possível, sem recorrer à utopia, "determinar uma aparência arqueológica da proto-história a qualquer grupo linguístico". Porém admite, sob reserva, que seja identificada, com a cultura germânica primitiva, "uma certa civilização da fase recente da idade do Bronze que, saindo do núcleo na Escandinávia meridional, começa a se dispersare pela costa, entre o Oder e o Véser". Os indo-arianos, os Italiotas, os Trácio-frígios e os Celtas estão, durante esse estágio, já instalados - ou ocupados com suas conquistas. Os Germânicos, por sua vez, ganham o espaço vital. Por volta do ano 1.000 a.C., apossam-se da grande planície européia, desde o Ems até à Pomerânia central. Aproximadamente em 800 a.C., alcançam, a oeste, a Vestfália e, a leste, o Vistula. E, em cerca de 500 a.C., chegam ao baixo Reno, à Turíngia e à Baixa-Silésia. O mundo celta, efêmero senhor da Europa central, apenas provisoriamente, impede a expansão germânica. Esta última lucra com a sua dispersão. Os homens do Norte em contato com os povos mediterrâneos. Por volta do ano 320 a.C., o foceu Pythias empreendeu um périplo de exploração comercial, em busca de âmbar e de estanho. Traçou sua rota até ao Báltico e, conforme Ludwig Schmidt garante, até à embocadura do Ems. Pythias foi o primeiro a diferenciar os Germanos dos Celtas. Políbio e Estrabão o considerarão mentiroso. Porém, o filósofo Posidonios publicará, nas vérperas da conquista romana da Gália, o relato de suas viagens através do Ocidente; dele se origina a teoria segundo a qual o termo Germanos designa om conjunto dos povos instalados entre o Reno e o Vístula. Um terceiro grego. Timágenes, ensinará a Tácito o que o historiador romano dirá sobre as origens do termo. A Germânia de Tácito reunirá César (De Belo Gálico), Tito Lívio (História Romana). Plínio (História Natural), e desenvolverá as observações pessoais do autor. " A obra imortal de um romano", dirá Grimm na sua Deutsche Mythologie,"veio se situal na história alemã como uma aurora". Segundo Estrabão, o nome Germanos é um vocábulo latino de germen, o germe". Portanto, Germani indica aqueles que estão unidos pelo sangue. Quanto às tradições dos povos do norte, elas engrandecem a marcha rumo ao sol. Nas proximidades do ano 550 a.C., o ostrogodo Jordanes compõe a lenda histórica do povo godo, com o título: De origine actibusque Getarum (ou Gética); ela é, na realidade, um resumo dos 12 livros perdidos da Grande História dos Godos, encomendada a Cassiodoro pelo rei Teodorico. Jordanes relata a partida dos Godos da Escandinávia, o estabelecimento no norte da Alemanha, e as Grandes rotas do continente. Deixando Scandza (Escandinávia) guiados por um rei, abordam o delta do Vístula e, aí, dispersam os "Rúgios insulanos"; a seguir, submetem os Vândalos, no caminho para o mar do Norte. No grande movimento que leva os Germanos na direção da Pomerânia e do litoral báltico, aparecem sucessivamente os Skires e Bastarnas da Escandinávia. A seguir, no século III da nossa era, os Lugos e os Vândalos saídos da Jutlândia; os Celtas repelidos descem rumo ao Sul. O avanço da confederação germânica dos Suecos, na Saxônia-Turíngia, empurra os Celtas para além do Reno, na primeira metade do século II. A partir do ano 400 a.C., início da idade do Ferro germânica, o avanço maciço dos povos em marcha provocou uma cisão entre o ramos oriental e o ramo ocidental. Uma linha de demarcação começa nas ilhas dinamarquesas, remonta o Oder até à sua confluência com o Neisse e se prolonga para o Sul. Os emigrantes que se embrenharam na direção leste (Vândalos, Lugos, Burgúndios, Rúgios ) estão destinados a uma expansão bem menor do que a dos germanos do Elba; estes, estreitamente ligados ao núcleo germânico e constantemente reforçados com a chegada de novos povos, transformam-se, no século II antes da nossa era, na poderosa confederação dos Hermiones. É no momento em que eles ocupam a Alemanha céltica que surge o termo Germani, e não é coincidência; a confederação é dominada pelos Suevos, Sueboz - "O verdadeiro povo", "os da mesma raça". Apesar das suas dimensões, o país só pode, portanto, possuir uma população muito dispersa. Talvez dois milhões de habitantes, entre o Reno e o Elba. Ou seja, 25.000 por tribo, segundo Hans Delbruck. desde o neolítico, cultiva-se o trigo, a cevada, o milho. as tribos acrescentam a aveia e o centeio. Praticam criação. "É sua unica riqueza, aquela que mais lhes agrada", diz Tácito. Portanto, o vestígio da sociedade primitiva é pastoril; O alfabeto (Uthark) rúnico começa pelo F, pronunciado fehu,aproximando-se do alemão Vieh: "Rebanho". Os Germanos alimentam-se de carne, leite e queijo. A cevada fornece a cerveja. Logo que um espaço cultivável permite a um grupo se fixar, a sua população aumenta. Quanto mais restrito é o espaço, mas rápido é o superpovoamento, o que provoca a emigração, se não de toda a tribo pelo menos dos seus elementos mais jovens e mais combativos. É difícil para os Germanos tornarem-se camponeses; eles deverão ser guerreiros. "Nesse solo rebelde", diz Reynold, "eles adquirem o amor pela terra. Mas não pela deles. Nas jóias bárbaras se entrelaçam linha fantásticas. "Wilhelm Worringer as interpreta (Formproblem der Gothik); entusiasmo apaixonado, vitalidade, inquietude. Entre o mundo germânico e o mundo romano, o choque vai durar seis séculos. A questão indo-europeia provoca polêmicas. Como ponto de partida, o estudo comparativo das diversas línguas desse período histórico e a reconstituição de uma "língua comum", núcleo de todas as outras. Ou, mais precisamente, de um sistema de concordância entre as línguas indo-europeias conhecidas, remontando à época em que elas eram quase idênticas. Quanto ao "povo original", segundo Karsten, seu berço "só pode estar situado" no centro da Europa, e seu aparecimento "numa época pré-histórica muito remota". Baseando-se na linguística e na antropologia, Lahovary chegou à conclusão de que "no neolítico tardio os indo-europeus estavam instalados, grosso modo, ao norte e a leste do Reno, desde o Danúbio superior e os Cárpatos, aproximadamente, até ao Duna e no curso superior do Dnieper, na direção do Leste, onde esbarravam com os Fino-asiáticos". Corolário, apresentado pelo mesmo Lahovay, no "Os Povos Europeus": " À medida que nos distanciamos do seu centro de dispersão européia, suas conquistas mostram-se menos completas e menos duráveis. Por isso, em todo o noroeste da Europa e numa parte da Europa central, temos simultaneamente, pelo menos desde a idade da Pedra Polida, povos do tipo nórdico, uma civilização e uma organização social indo-européias e uma língua, dou dialetos, também indo-europeus. Na Europa meridional, na península ibérica, ao sul da Itália, na Grécia, encontramos a língua, a organização social, as antigas crenças indo-européias (até o cristianismo); no entanto, antes da nossa era, a grande maioria dos conquistadores do Norte que as tinham trazido já haviam sido absorvidos pelos povos pré-arianos dessas regiões. Dos três elementos fundamentais (o sangue, a civilização e a língua) cuja presença constatamos no norte da Europa, entre o Somme e o Dnieper, em geral, somente dois são encontrados no Sul. Anteriormente, já nos territórios ainda mais distantes, da Pérsia e da Índia, somente a língua havia conseguido substituir como testemunho da antiga conquista pelos Nórdicos, com uma parcela muito modificada das crenças e da organização social... A força decrescente dos deslocamentos que haviam levado os Nórdicos a territórios longínquos, muito antes da nossa era, nos fornece por si só uma indicação importante quanto à pátria primitiva dos Indo-europeus, sobre a qual tanto se escreveu, e que originou as hipóteses mais contraditórias e menos comprovadas. Portanto, é evidente que esta pátria deve ser procurada na região onde a influência indo-européia se manifesta mais intensamente e sob aspectos mais variados." Na perspectiva de Lahovary, o núcleo germânico não pode ser "indo-europeizado", na medida em que se misturou com a área inicial dos indo-europeus. Para apoiar esta teoria dos "deslocamentos" setentrionais, o antropólogo suíço cita os trabalhos do professor Kalima, da Universidade de Helsinki; este constata que as contribuições mais antigas recebidas pelas línguas fino-ugrianas das línguas indo-européias (anteriores ao ano 2.000 a.C.) provém do indo-iraniano, ramo oriental do indo-europeu. Portanto, que os futuros indo-arianos, antes da sua marcha sobre o Afeganistão e o noroeste do Industão, através da estepe russa e iraniana, estavam na vanguarda do impulso dos Nórdicos na direção do Sudeste, na terceira fase do neolítico. Valendo-se, também, dos estudos dos pré-historiadores poloneses Jazdezewski e Antoniewicz, ou da escola antropolégica de Czekanowski, lahovary salienta que os Nórdicos introduziram-se no noroeste da Polônia saindo da Alemanha oriental, futuro centro de difusão da civilização "lisaciana", e se espalharam na direção do leste e sudoeste polonês; "Não se pode cogitar", diz ele categoricamente, "nem do ponto de vista da antropologia nem da arqueologia pré-histórica, de uma migração, durante o neolítico, partindo das estepes meridional ou da Ásia central, na direção do centro e do norte da Europa. As escavações realizadas na Polônia e na Maróvia são suficientes para provar que justamente no sentido oposto que se efetuou, nessa parte do nosso continente, a migração dos Indo-europeus." O indo-europeu comum, língua sintética reconstituída, comporta, por outro lado, termos designando a fauna, a flora e o clima de regiões temperadas, ou melhor, úmidas e frescas. Encontram-se no seu vocabulário palavras domo faia e olmo, que crescem em solo de aluvião e não existem além do Dnieper e da Crimeia; abelha, cuja criação é impraticável na estepe; salmão, inexistente no Mediterrâneo, no mar Negro e no mar Cáspio, porém abundante no Báltico e no mar do Norte. os indo-europeus antes de se dispersarem conheciam a agricultura, desconhecendo, porém, a videira. Portanto, conclui Lahovary, seu núcleo de origem só podia se localizar ao norte e a oeste da zona das videiras e das estepes, numa região úmida e com bastante bosques, situada na bacia fluvial do mar Báltico e do mar do Norte. Para orientar a grande dispersão do "povo das origens" (Urvolk), ele propõe esse esquema: no limite oriental e sul-oriental do bloco indo-europeu, os "indo-arianos"; os "proto-Hititas" como ramo meridional; o grupo "celta-italiota" a oeste e sudoeste do núcleo inicial; os "Germanos-bálticos-eslavos" ao norte desse território, sem dele se afastarem muito, até aos primeiros séculos da nossa era. A dispersão dos indo-europeus se realizará obedecendo a estes quatro eixos. Por volta dos ano 20 a.C., os Cimbros,os Teutões e os Ambrões abandonaram a Dinamarca, onde grassava a fome e a deterioração do clima. Na mesma direção dos seus predecessores vândalos , seguiram a rota terrestre que conduzia ao baixo Oder. Passando entre os Suevos do Elba central e os Vândalos-burgúndios já estabelecidos, foram repelidos pelos Celtas Boiens, na Boêmia-Morávia, e atacaram os da Noréia, nos Alpes orientais, em 113 a.C. De volta ao vale superior do Danúbio, entraram na Gália através da planície suíça. Divididos em três bandos, derrotaram os Romanos em 109, 107 e 105 a.C., no eixo do Ródano, e saquearam Gália central e a Aquitânia. expulsos da Espanha pelos Celtiberos, foram finalmente refreados pelo cônsul Marius; primeiro os Teutões, em 1023 a.C., perto do Aix-en-Provence; em seguida os Cimbros, em 101 a.C., na planície do Pó. Fuga dramática, seguindo um itinerário ilógico, e que só teve como consequência agitações e invasões locais. Porém, em 75 a.C., os Suevos Hermiones, por sua vez, inciaram a marcha e se encontram com César. este lhes fornece um efetivo de 120.000 cabeças, ou seja, excluindo mulheres e crianças, restavam de 25.000 a 30.000 guerreiros. Sete povos, 100 pagi marcham com um "rei federal" a quem César concederá o título de rex Germanorum, rei dos Germanos: Ariovisto. O chefe dos guerreiros suevos (suábios) tomou a iniciativa e o comando da emigração. Ele não planeja enfrentar Roma; seu objetivo é se estabelecer em terra gaulesa. Assim que atravessou o Reno, sua confederação recebeu o reforço de inúmeros Bárbaros. O exército de Ariovisto aterroriza os espiões de César; eram homens de uma estatura gigantesca, de uma valentia incrível, com um treinamento também incrível. Entra-se em pânico assim que eles olham para o inimigo. Ninguém foi jamais capaz de enfrentá-los. A confederação veio para intervir no conflito que envolve os Gauleses Éduos e Sequanos. Estes últimos cometeram o erro de recorrer a Ariovisto, cujo nome parece celta e que fala o gaulês. Logo que chegou, o rex Germanorum exigiu o primeiro terço das terras; em seguida, o segundo. Os Éduos, então, enviaram como embaixador a Roma um amigo de Cícero: o filósofo druida Divitiac. "-Caso se deixe Ariovisto com liberdade de ação", declara ele, "arrastará atrás de si todos os germanos, conquistará toda a Gália e em seguida lutará contra a Itália. Para César o raciocínio é elementar; a anarquia gaulesa demanda um dirigente; é preciso, portanto, impedir que este dirigente seja germânico. Em 58 a.C., César e recebe do comício, pelo período de cinco anos, o pro-consulado, na Ilíria e na Gália Cisalpina. O Senado acrescenta a Gália transalpina, isto é, a província (a Provença, mais o Delfinado, a Savoia, as Cevenas e o Languedoc) e os aliados da Gália independente. Éduos e Sequanos, Gauleses da Borgonha e do Franco-Condado reconciliam-se com o medo de Ariovisto, que pressiona os Helvécios no alto Reno e vem acantonar-se perto de Belfort. Conforme seu hábito, o procônsul quer ganhar tempo. Encontra-se com ariovisto nas margens do Reno, e o censura por haver traído a amizade romana; (um ano antes,l o Senado conferiu ao Germano o título de amicus populi romani, (amigo do povo romano). Ariovisto repele as condições de César e diz à sua tropa: " - Comigo ninguém ainda combateu se ser derrotado. Caso césar sinta este desejo, que combata! Então ele verá que espécie de heróis são os invencíveis Germanos que, preparados desde a juventude para o manejo das armas, há 14 anos não dormem debaixo de um teto!" Esta última característica é verdadeira, pelo menos no que se refere à sua guarda pessoal, instituição típica da realeza germânica. Entretanto, a partir de setembro de 58 a.C., César ataca na Ilsácia entre Fecht e o sopé dos Vosges. Ao fim de uma batalha especialmente violenta, Ariovisto vê-se obrigado a atravessar de novo o Reno. Por sua vez, César o atravessará em 55, 54 e 53 a.C. Estas manobras dissuadirão os Germanos de se envolverem nas revoltas gaulesas de 52 e 51 a.C. Terminada a conquista das Gálias, as legiões estarão nas margens do Reno, frente aos Germanos ocidentais, que combaterão, desde Augusto até Maximiniano, o Trácio, os imperadores romanos. Porém, serão os Germanos orientais que desencadearão a ofensiva, no século II da nossa era. Conflito em três etapas. A primeira fase, inciada com a batalha de Aix-en-Provense, será terminada quando Cláudio levar as legiões para trás do Reno e quando Adriano proteger-se no limes, a linha de fortificações da fronteira. Ou seja, quando os Romanos, após 50 anos, renunciarem ao "grande plano" de Augusto: a penetração da Germânia. A segunda fase, aquela da defensiva, terminará, no Oriente, quando os Visigodos esmagarem, em Andrinopla, o exército imperial, no dia 9 de agosto de 370 d.C.; no Ocidente, no dia 31 de dezembro de 406 d.C., quando os Alanos, os Suevos e os Vândalos, em massa, atravessarem o Reno. Na terceira fase a História sofrerá uma reviravolta, quando os Germanos dividirem entre si os restos do império. Germanos tiveram que enfrentar o expansionismo romano. No dia 24 de agosto de 410 d.C., os Visigodos liderados por Alarico invadem Roma. A cidade não tinha defesas. Dois anos antes, como prêmio da sua fidelidade ao império, o leal Stilicho havia sido assassinado, a mando do imperador Honorius, depois de haver, por três vezes, salvo a Itália. Uma conspiração de Galla Placidia , filha de Teodósio, e uma rebelião dos últimos elementos romanos do exército contra os componentes germânicos venceram a resistência de Stilicho. Honório havia dado ordens para retirá-lo da igreja onde se havia refugiado, em Ravena. O vândalo foi decapitado, assim como sua mulher e seu filho. Stilicho era ariano; a hostilidade dos católicos o destruiu, assim como destruirá Teodorico e o reino vândalo da África. Nos seus "Nouveaux récits de l'historie romaine"(1864), Amadeu Thierry evoca a cavalgada dos Visigodos em direção à Urbs abandonada: "A marcha de Alarico indo invadir Roma sem resistência, no meio do silêncio da Itália, tinha algo de lúgubre e de misterioso. Ele mesmo parecia tomado por uma agitação crescente, á medida que se aproximava dos muros consagrados pela glória, pelo poder, e pelo respeito do mundo inteiro. Foi invadido por uma espécie de embriaguez sacrílega, que despertou em sua alma os instintos do Bárbaro, o orgulho da destruição, a ambição de terminar sob o fio da espada os destinos de uma cidade que se julgava eterna, finalmente a ideia de um saque estranho, único na história, o saque dos tesouros do universo, aí acumulados durante 10 séculos. Ao calor desses pensamentos inflados, sua imaginação exaltava-se; pensava ouvir, ouvia vozes que o haviam perturbado outrora na Panônia, na solidão dos bosques sagrados..." Vindo dos Apeninos, uma anacoreta apresenta-se a ele e suplica-lhe para não "atentar contra a Cidade do gênero humano"; -"-Marcho contra minha vontade, responde Alarico. Existe alguém que me impele e grita sem cessar: Vá conquistar Roma!" Os Germanos não incendeiam a cidade. Pilham-na e a evacuam após três dias. Alarico morrerá três meses mais tarde, na Calábria. os homens da sua Gefolgschaft dar-lhe-ão uma das mais estranhas sepulturas em que descansa um rei godo: deviam o curso de um pequeno rio calabrês, o Buxentius (atualmente Bussêncio). No seu leito pedregoso, cavarão o grande fosso retangular ritual. Aí depositam Alarico, sua frâmea, sua longa espada, jóias, objetos para viagem e, com cereteza, o seu melhor cavalo, de acordo com o costume do Norte. Depois farão as águas voltarem para o leito do rio. E, a seguir, matarão os prisioneiros empregados nesse trabalho, para que nenhum italiano possa conhecer o local. Com o retorno do rio sobre a sepultura termina o estranho ritual. Armínius (Armínio) chefe Germânico da tribo dos Queruscos, filho do chefe guerreiro Segimero. Foi comandante militar treinado pelos romanos; chegou a obter a cidadania romana, mas regressou à sua terra Germânia, onde veio reunir as tribos e expulsar o exército romano; sem ele os povos germânicos localizados a leste do Elba teriam sido romanizados; teriam tido, portanto, o mesmo destino dos seus compatriotas estabelecidos nas províncias romanas da alta e da baixa Germânia. Efetivamente, tem-se o direito de duvidar de que os germanos orientais houvessem sido capazes de representar o papel de protetores e conservadores da nacionalidade alemã. Armínio se nos apresenta com a primeira encarnação consciente do sentimento nacional (Volksgeist), e isto numa época em que entre os Germanos existia apenas um vago sentimento de dependência comum. Os sucessores por ele obtidos têm como causa essencial o seu próprio talento. Assim, como foi pela força coativa da sua personalidade e pelo poder da sua palavra que conseguiu reunir elementos divergentes do seu povo, foi pelo seu gênio guerreiro que conseguiu alcançar a vitória - com guerreiros indisciplinados e mal equipados - sobre o exército bem superior do império universal de Roma, então no auge do seu poderio. Que a educação e o treinamento que ele havia recebido no serviço imperial tenham tido, nisso, uma influência, ninguém o pode negar. Durante muito tempo os Germanos celebraram a memória de Armínio através de cantos heroicos, porém, eles não chegaram até nós. O que dele sabemos, devemos aos próprios Romanos. Eles não negaram ao seu perigoso inimigo o reconhecimento dos seus méritos e ergueram-lhe um monumento digno nestas palavra do grande historiador romano Tácito: "Com certeza, ele foi o libertador da Germânia e atacou não o povo romano no seu início, como haviam feito outros reis e outros chefes, porém no apogeu da sua prosperidade." A era das ofensivas limitadas se incia com Vespasiano, que restaura a baixa Germânia e reforma, ativamente, de 70 até 79, as operações na alta Germânia. Entre 83 e 96, Domiciano romaniza o Neckar e o Jura Suábio, onde instala, em grande quantidade, colonos galeses: "A ralé dos gauleses", diz Tácito amargamente, "todos aqueles a quem a miséria conduz à audácia, apossou-se de uma terra cujo direito de propriedade era incerto; a seguir traça-se um limes, levam-se as guarnições um pouco mais adiante, e ei-los transformados em ponta de lança do império, e parte integrante de uma de nossas províncias." Os Germanos livres, contemporãneos de Tácito, julgam que estão destinados a entrar na órbita do Ocidente romano, se bem que viviam ainda fora das suas fronteiras (ultra veteres terminos). Considerados como protegidos, os gentes externae só têm como condição obrigatória viver de acordo com a paz imperial. Em Roma, ninguém conhece o Estado verdadeiro do interior da Germânia, no fim do século I da nossa era. A atenção voltada para as agressões dos Sarmatas e para a expansão dos Dácios, a Urbs, a Cidade, não desconfia das agitações dentro do mundo germânico. O despertar é violento. Em 88 e 92, os Germanos , Quadros e Marcomanos se revoltam no Danúbio, aliados aos Iranianos; os Sarmatas Iaziges. O imperador Domiciano, pessoalmente, com a célere vigésima primeira legião vinda da germânia, apoiada pelos vexillationes retirados das cinco legiões da Mésia, os enfrenta, com dificuldade. por ocasião da sua morte (18 de setembro de 96), nove legiões defendem a fronteira da Panôma, a mais ameaçada do império. Rota luta desesperadamente para manter-se. Tácito constata: "Roma não mais combatia por suas fronteiras, mas apenas pela posse de suas províncias." Nesse caso,a da Iliria. Entretanto, o motivo escapa a Tácito. Roma não percebe que, se o sangue corre no Danúbio, é por causa das migrações internas do mundo germânico. Segundo Reynold: "Retirando-se para a fronteira do reno e do Danúbio, o império deixava aos Bárbaros um vasto espaço para congregação, de onde podiam dirigir-se tanto na direção oeste como na direção leste, contornando o obstáculo dos Alpes e agarrando a Itália numa tenaz. A posição central da Germânia permitia esta manobra na fronteira interna, enquanto que os Romanos deviam se dispersar numa fronteira externa sinuosa, da Grã-Bretanha até o mar do Norte. De 101 a 1023, depois de 105 até 106, Trajano enfrenta os Dácios; nesse meio tempo, fortifica o médio Danúbio. A destruição total do reino dácio corresponde ao desejo de transformar o Danúbio na principal fronteira europeia do império. Efetivamente, a partir de 90 é nesta fronteira que os Germanos atacam, e não no Reno. Lá, visam, "não mais aos limes e à margem de um rio, mas aos acampamentos das legiões e às próprias províncias. Depois de 106, Roma está em melhores condições para expulsar os Germanos da Boêmia. Mas o apogeu da expansão romana na Europa . Por toda parte, as legiões esbarram nas instáveis fronteiras germânicas. A partir de 150, sofrerão diretamente as consequências das inquietações do interior da Germânia. Entre Roma e os Bárbaros louros, já não existe a barreira de outros povos. O Império se mobiliza na defensiva, mas não mais nas costumeiras ofensivas. De 117 até 160, fixa suas fronteiras. Adriano liquida com as revoltas do Danúbio; constrói na alta Germânia um limes (limitações fortificadas) monumental, cercando o território desde o Tauno até Ratísbona; porém, não é mais uma rota militar fortificada e dirigida para o exterior, mas uma fronteira de muralhas, imensa (para demarcar) "com a preocupação de economizar, por meio de obras engenhosas e de pequenas guarnições, os efetivos dispendiosos de um exército imperial, requisitados para outras tarefas ou para guerras em outras fronteiras ainda contestadas ou mas fixadas". O Exército já é menos eficaz do que acreditam os imperadores, inconscientes do perigo germânico, no século II. Por ocasião da morte de Adriano, em 132, o limes da Ilíria garantiu o império; o da Germânia significa apenas o fim das conquistas romanas. Antônio manterá a ordem nas fronteiras demarcadas. E, em 166, o autor de "Vie de Marco Aurèle" mostra a Itália invadida "não somente pelos Marcomanos e Victoralos, como também por outros evadidos pelos bárbaros do Norte que os empurravam para a frente". Eutrópio, por seu lado, cita: atrás dos Marcomanos, "os Quados, os Vândalos, os Suevos e toda a barbárie". Essa penetração germânica ficou obscura, devido a dados arqueológicos inconsistentes e ausência de textos. Uma única certeza: os Germanos orientais puseram-se em marcha, e empurraram os Germanos ocidentais. Os Godos, expulsos do Vístula com o desembarque dos Gépidas vindos, como eles, da Suécia meridional, invadiram a Ucrânia. expulsos pelos Gépidas, os Burgúndios do Vístula reúnem-se aos da Pomerânia; a nova densidade do grupo o impele para o território dos Semnones, que por sua vez penetram entre os Suevos da saxônia. os dois grupos vândalos separam-se: os ocidentais (Silings) na Silésia, os orientais (Hasdings)m na Galícia, e de lá, através dos Cárpatos, até as fronteiras dácicas. Por toda parte surgem no limes Bárbaros deslocados; eles pretendem estabelecerem-se em terras do império, sob a ameaça da espada. A conjuntura continuará incerta até 238. A primeira grande "guerra germânica" desencadeia-se de 169 a 174. Marcomanos e quadros atravessa os limites do Danúbio e precipitam-se sobre o noroeste da Itália. O pânico toma conta de Roma no verão de 169. Marco Aurélio, antes de ser afastado por Pompeiano e pelas tropas da baixa Polônia, mobiliza os escravos e recruta os Germanos. No outono de 174, a brecha, aberta pelos invasores, é fechada. Porém, em 177 eclode uma segunda guerra entre os Quados e Marcomanos que termina em 180. Uma coluna de 100 pés romanos, erguida erguida pelo Senado e pela vontade do povo, fixará no bronze o sofrimento de Roma e o espantoso sucesso dos Germanos. Depois da guerra civil de 193, Sétimo Severo exerce uma enérgica vigilância nas fronteiras. Porém, é na Bretanha que terá mais dificuldade em reprimir as tribos da baixa Escócia. De 211 até 217, Caracala, outro "imperador militar", simulando vida de soldado, combate na alta Germânia uma nova formação, os Alamanos. De 217 a 238, Severo Alexandre e depois Maximino, o Trácio, travam contra eles, os últimos combates nesta zona. A defesa externa parece restaurada por algum tempo. É uma ilusão; os inumeráveis golpes de Estado militares aumentam a desordem interna e apressam a decadência da Urbs. Em 238, surgem os Germanos orientais, na longínqua região do baixo Danúbio, nas costas do mar Negro, perto das cidades gregas pônticas. São os Godos que terminam sua migração norte-sul. O mundo germânico do século II é um caos em fusão. As antigas confederações culturais mencionadas por Plínio e Tácito estão desagregadas. A partir do fim do século II, aparecem novas formações, de cunho mais militar: no mar do Norte os Caucos tomam o nome de Saxões; os povos da Alemanha central se reagrupam sob o nome de Alamanos; as tribos, do lado oposto ao limes do baixo Reno, formam o povo dos Francos e dão nova vida à antiga tradição da Germânia ocidental marítima. No século IV, os Hermunduros serão substituídos pelos Turíngios. No século V, aparecerão os Bávaros. Paralelamente, a Escandinávia meridional é sacudida por movimentos surdos. Na Jutlândia, aparecem os Jutos e os Dinamarqueses. A partir de 285, piratas vindos da Alemanha e da Dinamarca pilham as costas da Gália, da Bretanha e da Espanha setentrional. Em meados de 250, o império se encontra diante de uma nova Germânia; a leste, a migração gótica, a oeste, os Germanos do mar do norte e aqueles e Elba, vindo reforçar e congregar os antigos Bárbaros das fronteiras. Contra estes últimos, o limes estava preparado. Mas não contra os novos povos. Começam, então, as usurpações internas dos próprios bárbaros do império. Entre o verão de 259 e o de 260, as incursões dos Alamanos e dos Francos percorrem a metade oriental da Gália. É a primeira grande invasão bárbara em país germano-romano ou galo-romano. As invasões intensificam-se em 275 e 276. Em 285, a Gália escapará, por um triz, da destruição. Apesar de Roma conseguir conter a migração dos Godos, não consegue expulsar os Alamanos dos Campos Decumatas, nem os Francos do Reno e da Meuse. Então, estes povos passam , em grande número, para o serviço do império. A partir de Probus, os imperadores sistematizam a incorporação dos germanos no exército e, segundo o método de marco Aurélio, a transferência dos vencidos (dediticii) para o interior das províncias. Assim se inicia e se acelera a barbarização da pars occidentis, o império romano do ocidente. Probus inclui 16.000 alamanos no exército da fronteira ocidental. Aureliano já engajou Vândalos no exército central de campanha. Prisioneiros e povos inteiros, vencidos, são introduzidos como colonos nas regiões conquistadas. A função dos camponeses gentliles será cada vez mais importante. Osório (VII, 41) pensa que "os Bárbaros, abandonando suas espadas, voltaram-se para a lavoura, vivendo em paz com os Romanos". De fato, seus enclaves e sua importância crescem em proporção geométrica para alcançarem a situação descrita por Camille Jullian: "Não é o Bárbaro da fronteira que terminara com o reino de Roma, através de uma conquista do exterior, quebrando as estrutura do império com um golpe de violência; é o Bárbaro do interior que desarticulará o império com uma usurpação de dentro por uma espécie de partilha antecipada da herança , em benefícios de filhos adotivos e de legatários impostos. O que Tácito não pode prever é a mutação militar dos Germanos orientais. Estes aprendem com os Sarmatas, nômades iranianos saqueadores e cavaleiros, novas técnicas e uma outra tática. Quando os Godos, em 250, atacam em Philippopolis Julius Priscus, legado da Trácia e da Macedônia, portanto, um pique curto em ferro, ou "frâmea", que substitui a antiga lança germânica de ponta endurecida ao fogo, estão armados com a spatha, longa espada flexível e resistente, de lâmina de Damasco, preparada com a soldadura de diferentes aços, nas oficinas sarmatas da Crimeia. Substituíram o grande escudo hexagonal da infantaria germânica pelo escudo oval dos cavaleiros sarmatas, de largo umbo e rebites chatos. E estas novas armas, levadas ao Norte pela "corrente cultural gótica", desde o início do século III, chegaram até Elba e ao Vístula, onde todos se entusiasmaram com as grandes espadas iranianas. Da mesma forma que se encantam com as novas fíbulas "de pés revirados", os copos de vidro ornados de filamentos, os vasos com caneluras e os objetos do artesanato pôntico. Em Roma ainda não se sabe, porém, a "longa marcha" dos Godos colocou-os por uns tempos num novo núcleo de barbarismo. Suas armas e suas jóias criando as tradições nórdicas, o cloisonné iraniano e os motivos de animais das estepes, seguem a antiga rota do sudoeste em direção ao noroeste europeu. Os Godos, sempre à procura de terras férteis e de novos locais para se fixarem, tornam-se os novos Germanos, dos quais o império vai conhecer o poderio e as exigências. Isto e´, a dos seus reis. Porque, aí também, a migração dos Germanos orientais modificou e diferenciou os seus costumes daqueles dos Germanos ocidentais. De acordo com o esquema, já conhecido, da estrutura social germânica, suas subdivisões importantes são guerreiras: a hierarquia é solidificada pelo regulamento guerreiro (Gefolgschaft, comitatus), que prende ao chefe, por juramento, um grupo de jovens combatentes. Em tempo de paz, o poder pertence à assembléia dos homens livres (antigo alemão mahal, escandinavo thing) reunida periodicamente ao ar livre nas planícies ou nas clareiras. Em tempo de guerra, e nos limites habituais, o chefe, hereditário ou eleito, detém um poder quase absoluto. Tácito, o latino, fica perplexo diante dessa democracia guerreira, totalmente alheia ao mundo jurídico e moral greco-romano. Porém, a realidade, em transformação, ainda é mais complexa do que ele o imagina. Entre os Germanos orientais, ao ritmo da marcha através da Rússia meridional, a função da realeza predomina cada vez mais: no turbilhão dos povos continentais, aqueles que o destino empurra mais longe vão privilegiar seus clãs reais e seus "mitos de fundação", para firmar-se espiritualmente no Norte primordial, enquanto que a energia germânica os projeta para frente. E, com a instituição da realeza - os Godos e os Vândalos terão durante muito tempo dois reis para cada povo - a Gefolgschaft muda de significação.(O dualismo da função mdivina de soberania é atestado nas origens indo-européias; daí a razão da germinação real. A dos Germanos orientais transformam-se numa aristocracia guerreira, cujos "comitês", ligados à pessoa dos chefes, lhes concedem a precedência nas assembleias do mahal. Entretanto, nem os Godos nem os Vândalos suprimem as assembleias. Assim como os Germanos ocidentais não ignoram a Gefolgschaft. Nenhuma regra exclusiva é obedecida; somente o costume prevalece. "Vê-se", diz Musset, "o abismo que separa o mundo germânico da sociedade romana: o primeiro, impulsionado por um singular dinamismo, porém unicamente rural, praticamente iletrado, sem uma verdadeira organização estatal; a segunda, um pouco decrépita, fundamentada sobre a cidade e o direito escrito, e submetida, após Diocleciano , à opressiva autoridade de uma burocracia totalitária." Por trás da geografia política, os homens e a Germanização do vocabulário romano. A grande "marcha dos povos" repeliu para o Oeste e para o Sul as fronteiras da germanização. Sua linha de demarcação linguística, tal como a podemos escalonar a partir do século XII, parte de Boulogne-sur-Mer e passa por Lille, Turnai, Maastricht, Ardenne, os Vosges e a porta de Borgonha, onde o frâncico cede lugar ao alemânico. Ao sul dessa linha, o onomástico franco transborda, segundo a expressão de Lot, "uma torrente de palavras no vocabulário romano": termos de combate (guerra, esgrima, espionar, vigiar, ferir) de armamento (elmo, cota, espora, estribo), de vestes e adornos (vestido, xale), de direito (banho, penhor, interpretar, afiançar, cessão, alódio, feudo) de habitação e mobiliário (banho, penhor, aldeola, torre, poltrona, banco), de alimentação (bolo, favo, assado), de diversão (dança, harpa). E também termos mais profundos, correspondendo a uma visão do mundo especificamente germânica: (floresta, bosque, cerca, caniço, lúpulo, trigo, feixe, bode) ou, sobretudo, (branco, azul, louro, moreno, cinza, pálido). Com os quatro pontos cardeais Oeste, Leste, Sul e Norte. Porém, estes quatro nomes, que dispomos em flechas, orientam os mares do Norte, somente adquirirão importância depois da entrada, na Normandia, do Vikings escandinavos. Os Habsburgos e a Suíça A história da Europa, em todo o período da baixa Idade Média, é como uma imagem caleidoscópica em contínua mutação: pequenos ou grandes países nascem ou são absorvidos por vizinhos, novas dinastias brilham com imprevisto fulgor e velhas extinguem-se; as fronteiras dilatam-se ou estreitam-se, seguindo a sorte das guerras ou das heranças soberanas. A Germânia, imenso mosaico de feudos e de influências dinásticas, foiu tal como a Itália e a França, teatro, durante muitos séculos, de contínuas modificações territoriais e institucionais, de maneira que sua história é nada menos do que o resultado de vicissitudes paralelas às de muitos países alemães. De um rochedo que erguia suas torres férreas sobre as margens do Aar, perto de Zurique, surgiu, lá pelos fins do século XII, uma dura estirpe de feudatários, a quem o destino assinalava, no futuro da Europa, um excepcional papel: a família dos Habsburgos. Rodolfo I, fundador da grandeza da casa, tronou-ser rei da Germânia e logo deu a entender aos soberanos menores, desde a Alsácia até a Boêmia, que o período fluído da anarquia terminara, e que uma poderosa força de vontade dominava novamente os povos germânicos. Para seus filhos, Rodolfo conquistou a Áustria e a Lstíria; dessa época em diante, durante mais de seis séculos, o nome dessas regiões permaneceu indissoluvelmente ligado ao dos Habsburgos, que, do reno, mudaram o centro da gravidade para o Danúbio. Viena tornou-se a capital do Germanismo oriental, o posto avançado da civilização alemã e católica no leste europeu e os Habsburgos foram a alma e o guia deste mundo, que, pouco a pouco, se foi tornando sempre mais diferente daquele nitidamente germânico, mais rude e guerreiro. Além disso, salvo algum período inicial, os Habsburgos conservaram até à era moderna o título e o poder imperial, tanto assim que o nome de sua casa e o do Sagrado Império Romano se confundiam. O título imperial, a princípio, não era exclusivamente hereditário, mas concedido eletivamente pelos maiores senhores da Germânia, os chamados "grandes eleitores" e assim ocorreu que , por mais de uma vez, ao herdeiro por direito de sangue fosse contraposto, pela facção adversária, o soberano de outra dinastia e, após a morte de Rodolfo I, cujo filho, Alberto, precisou combater longamente para conservar o trono, e por ocasião da morte do próprio Alberto, ao qual sucedeu Henrique XII, de Luxemburgo. Os chamados "Grandes eleitores" do império se reuniam em assembleia. A sucessão do império era atribuída, além de razões de ordem dinástica, à decisão dos maiores feudatários germânicos; acontecia, por isso, que o herdeiro por direito de sangue, fosse contraposto o de outra dinastia. Estas desordens, naturalmente, não traziam proveito ao poder dos imperadores; a casa de Habsburgo saiu delas bastante abalada e sua estrela, então nascedora, ficou por algum tempo ofuscada. Devido a isso, alguns dentre os mais antigos vassalos da família aproveitaram-se da oportunidade para se libertarem do jugo austríaco e da opressão dos governadores incumbidos de administrá-los. Na batalha de Sempach em 1386, Arnoldo de Winkelried, atirando-se sobre as lanças austríacas e prendendo-as num feixe permitiu a seus homens abrir uma brecha nas forças inimigas; a rebelião alastrou-se, e grande parte do território imperial se abriu definitivamente da hegemonia habsburguesa, constituindo aquele modelo de república independente, que é a Suíça. Como principiou o movimento, não se sabe bem ao certo. Embora se trate de pura lenda, é agradável, todavia, recordar que, realmente, o feroz governador Gessler houvesse ameaçado de morte a quem não lhe cumprimentasse o chapéu, pendurado numa encruzilhada. Um altivo montanhês, Guilherme Tell, infalível atirador, recusou prestar a ridícula homenagem aop símbolo do poder austríaco e, por isso lhe foi ordenado, sob penas de morte, trespassar, com uma flecha, uma mação colocada sobre a cabeça de seu filho, ainda criança; dizem que Guilherme Tell, após realizar a prova, matou o próprio Gessler, com uma segunda flecha bem atirada. O gesto do obscuro arqueiro teria sido o sinal de início da revolta; na planície de Ruttli, ou Gruttli, às margens do lago de Lucena, reuniram-se, numa noite de tempestade, os representantes dos cantões da Uri, Schwyz e Unterwalden e juraram defender sua independência até ao último homem. Contra os insurretos, partiram várias vezes os soberanos austríacos, mas, primeiro nas gargantas de Montgarden em 1315, depois junto às muralhas de Zurique, as aguerridas tropas germânicas sofreram fortes derrotas, graças à queles poucos , mas tenazes montanheses, que tinham resolvido vender bem caro sua liberdade. Aida por duas vezes a brilhante cavalaria imperial tentou dominar os rebeldes, mas em Sempach o heroísmo de Arnoldo de Wikelried desbaratou a carga dos cavaleiros suevos e, em 1388, em Naefels, idêntica sorte coube ao exército de Leopoldo IV da Áustria. Com as vitórias de Sempach e Naefols, ficou estabelecida a independência helvética. E, dessas horas de perigo e sangue, nasceu realmente a Confederação Helvética, uma feliz união de homens rebeldes a qualquer autoridade estrangeira, de homens fortes como suas montanhas que, no imenso silêncio das pastagens alpestres, na vasta solidão das geleiras, sempre haviam respirado o vento da liberdade. E, durante sete séculos, a Suíça permaneceu livre e intacta, ao centro de uma Europa devastada pelas guerras, sacudida pelas ambições dinásticas, ensanguentada pelas lutas religiosas: símbolo perene daquelas fraternidade universal que deveria ser o supremo objetivo dos homens. Como vimos, a família dos Habsburgos assumiram gradualmente uma posição de predomínio entre os grandes feudatários e apoderaram-se da dignidade imperial; vimo-la adquirir imensos territórios, desde a Suíça até a Boêmia, e perdê-los gradativamente devido á rebelião dos súditos. Das lutas pela independência suíça já falamos; a Boêmia caída, com o resto do Império, sob o domínio dos Luxemburgos, depois da arrancada nacionalista provocada pelo verbo de Huss, tornara-se novamente um domínio habsburgês, mas inseguro, em que fermentavam pruridos de revolta. No extremo ponto oriental do mundo germânico, florescia, desde séculos, o reino da Hungria, que, depois do advento dos Turcos no Oriente próximo, tornara-se baluarte da cristandade contra a iminente ameaça muçulmana; e até, em 1241 sobe ao reinado de bela IV, ele sofrera a desastrosa descida dos Mongóis que, felizmente não se haviam atirado mais para ocidente. A Hungria era, então, e assim permaneceu praticamente até o século XV, um país em que as leis e a autoridade soberana não passavam de simples expressões verbais; nas cidades e nos campos, aqui mais ainda, pontificavam os senhores feudatários, donos de imensos latifúndios e de inumeráveis servos da gleba. Desde o início do século XIV, a Hungria começara a imiscuir-se na política européia, isto é, desde quando o trono passava para um ramo de dinastia de Anjou; ligada sempre aos destinos húngaros esteve a Boêmia e, ao tempo de Luis I, eleito rei em 1342, também as Polônia. O rei Luis interveio também na Itália, lançando habilmente suas cartas na luta perene entre Gênova e Veneza e conseguindo apoderar-se da Dalmácia e de Treviso. Aos da casa de Anjou, sucederam-se os Habsburgos, com várias e frequentemente, desfavoráveis peripécias; as notáveis aquisições de prestígio e de território conseguidas pelos de Anjou, foram em grande parte perdidas no decorrer destas mutações dinásticas, e o próprio progresso espiritual da Hungria, que se ressentira beneficamente em contato com os latinos da Itália, sofreu uma brusca parada. Eis, então, os Habsburgos novamente no poder, pelo menos nominalmente, sobre vastos territórios húngaro-boêmios; dizemos nominalmente porque, como a Boêmia se encontrava angustiada pelo movimento hussista, que, praticamente anulava a autoridade dos Habsburgos, assim a Hungria se achava em contínua polvorosa devido às frequentes incursões dos Turcos. Foi então quer das nobres famílias dos magiares, guerreiros e cristãos por vocação, emergiu a grande figura de Janos Hunyadi, vovoda (Governador da Transilvânia); vemos Hunyadi em Milão, no séquito do rei Sigismundo de Luxembrugo, já aureolado, por uma glória lendária, admirado pelos Italianos, que o denominavam "o cavaleiro branco". O lendário valor de Janos Hunyadi, valente e hábil tanto na guerra como na paz, fez dele o herói nacional húngaro. Graças à sua ajuda, foram contidas as frequentes incursões dos Turcos no oriente europeu. Finalmente, vamos reencontrá-lo, já septuagenário, mas ainda animado por uma extraordinária e juvenilíssima energia, em sua última empresa, perto de Belgrado, onde inflige outra de suas muitas derrotas aos otomanos. Corria o ano de 1456; dois anos depois, tendo vagado a trono da Hubngria que, no entanto, pertencia nominalmente a Frederico II de Habsburgo. Surgia, então, o jovem rei Matias Corvino, filho de Hunyadi e com apenas 18 anos, cuja belíssima política do pai aplainara o caminho do poder. Se jamais existiu homem digno de uma herança de glória, este foi Matias Corvino, que arrancou, de fato e de direito, ao seu rival austríaco, a coroa de Santo Estêvão, invadindo a Áustria e chegando a ocupar Viena, sabendo conquistar a estima e a aliança dos soberanos europeus e do próprio Papa; rechaçou os selvagens guerreiros do sultão Maomé II das muralhas de Belgrado e conservou à distância a ameaça turca, enquanto viveu. A Hungria respirou, graças a ele, e pura atmosfera de cultura latina, onde conseguiu bibliotecas, imprensa, que então era invenção muito recente; fez leis e acima de tudo justiça tanto para o humilde como pára o poderoso. À sua morte em 1490, o reino passou para a dinastia boêmia dos Jagelons e, daí, novamente para os Habsburgos, mas o povo húngaro já se libertara das últimas incursões dos bárbaros e possuía consciência de seu próprio valor. Os Países Baixos Nas costas da Europa setentrional, batidas constantemente pelos vastos mares do Atlântico, um povo de camponeses e marinheiros luta, desde séculos, contra a iminente ameaça das águas, arrancando ao mar, pedaço a pedaço, a terra que deve sustentá-lo. Talvez tenha sido justamente essa perene luta contra o elemento adverso, essa permanente sensação de instabilidade, diante do cego poder, sempre pronto a atirar-se sobre seus campos e seus lares, que conservou unidos durante tantos anos aqueles homens de raça tão deferentes e tendências tão várias; e foi certamente a pobreza de sua economia e a crônica precariedade de sua situação que retardaram o desenvolvimento político dos Países Baixos, adiando-o até ao florescer da época moderna. Durante a inteira Idade Média, na verdade, depois da dissolução do império carolíngio, a região não teve uma organização unitária dividida como se encontrava em tantos feudos de diversa importância, e sua história, naquela época, assemelhava um pouco com a história italiana, com as mesmas lutas entre os senhores e a burguesia das cidades, entre oligarquia mercantil e corporações de artesões. Os condado de Flandres, de Artois, de Brabante, de Limburgo, e os feudos menores gravitaram sempre mais, entre os XII e o XII séculos, na órbita dos interesses franceses, embora permanecendo ligados, comercialmente, comercialmente, também à Inglaterra, especialmente no que diz respeito à indústria de lã; ao mesmo tempo, algumas entre as grandes cidades da região, como Gand, Antuérpia, Amsterdã, Leyda, com a intensificação do tráfico mercantil, assumiam uma autonomia cada vez maior, elegendo uma espécie de governo próprio e libertando-se da oprimente autoridade dos feudatários. Estas cidades encontram-se, bem cedo, em condições de concorrer, seja nos privilégios portuários sejas nos mercados, com as frotas da Liga Hanseática, ou seja, com as cidades costeiras da Alemanha do Norte, de Hamburgo a riga, que se haviam coligado para se assistirem reciprocamente no comércio de além-mar. A liga Hanseática assumira, de fato, e também, em parte, de direito, a importância de um verdadeiro estado, de um estado sem território, mas dotado de imensas riquezas e com a frota mais numerosa que corresse os mares de então, pois nos conselhos anuais da Liga, que se desenvolviam em Lubeek, tomavam parte representantes de longínquas estações comerciais, como Bergen e Novgorod, e até mesmo observadores enviados pelos reis da França e da Inglaterra; os bancos emprestavam dinheiro à Liga a juros de 5%, índice de crédito ilimitado de que ela gozava, pois os mais poderosos soberanos a muito custo o conseguiam a juros de 12%. Contra o poderio marítimo desta liga, foram esbarrar as cidades holandesas e se, a princípio, procuraram-lhe o apoio, mais tarde obstacularam-lhe abertamente os negócios, promovendo contra a frota hanseática uma verdadeira guerra. É natural que uma região destinada a tanta properidade, não só agrícola, (as obras de engenharia, com diques e moinhos tinham estendido de há muito a região das terras conquistadas ao mar e a criação de gado progredia em escala sempre crescente) mas sobretudo comercial, constituísse um bocado apetitoso para as nações vizinhas: os reis da França, de Filipe, "o Belo", a Carlos V, procuraram, repetidamente, anexá-la, mas peripécias bélicas e rebeliões locais não deixaram nunca perdurar tal domínio. Em fins do século XVI, o condado de Flandres, que compreendia grande parte dos territórios da Holanda e Bélgica, passou para Filipe IV, "o Ousado", duque de Borgonha e irmão do rei da França; este procurou reunir sob sua bandeira todos os condados menores e as cidades livres, às quais, todavia, foi obrigado a conceder certa autonomia; nos primeiros decênios do século seguinte, passaram, para os duques de Borgonha, o Artois, o Brabante, o Luxemburgo, a constituir um país tão vasto e poderoso que poderia competir com armas iguais com a própria França. É sabido, e também muito lógico, que a grandeza artística de um povo coincide, geralmente, com o período de sua maior prosperidade econômica. A escola flamenga deu, do s´peculo XV em diante, artistas de excepcional valor, tais como os irmãos van Eyck, van der Weyden, Merling; com eles, Antonelon da Messina aprendeu o uso das cores em óleo e introduziu-o na Itália. Nas turbulentas cidades flamengas e holandesas, densas de vida nova, regurgitantes de mercadorias e marinheiros de toda parte, na corte dourada do Duque de Borgonha, uma das mais ricas da Europa, florescera, no século XV, os primeiros artistas nórdicos; ourives de técnica requintada e preciosa, miniaturistas delicados, pintores de excepcional vigor criador. Foram, a princípio, os flamengos, em contato direto com os esplendores da corte de Borgonha, que criaram uma escola; os irmãos van Eyck, em cujo atelier nasceu a pintura a óleo, Roger van der Weyden, Hugo van der Goes, Justo de Gand, Hans Nemling, aos quais se seguiram os holandeses DirickBouts e Lucas de Leyda, são artistas de tamanha estatura que podem ser comparados, sem favor, aos mestres italianos da época, de cuja benéfica influência se aproveitavam. Também a Alemanha, em fins do século XV, começava a dar sinais de vida artística e cultural. As primeiras manifestações de arte genuinamente alemã foram aquelas composições poéticas surgidas entre as confrarias de artesões, de Mestres cantores,dentre os quais famosos foram os Mestres de Nuremberg. A Áustria e Maria Teresa de Absburgo Desde o século XII, isto é, desde quando Rodolfo de Habsburgo, elevara os destinos de sua Casa acima de qualquer outra família européia. Áustria e Império tinham sido como que sinônimos. Mesmo depois da morte de Carlos V, o soberano que enfeixava em suas mãos o mais vasto império do mundo, a coroa de Carlos Magno permanecera na cabeça dos Habsburgos. A perda dos domínios espanhóis, o predomínio da monarquia francesa no Ocidente e a crescente independência e poderio dos principados germânicos, dentre os quais pontificava o Eleitor de Brandenburgo, compeliram, insensivelmente, a Áustria a dirigir suas miras expansionistas e sua esfera de influência para o sul e o oriente europeu; do oriente, porém, gravava sempre ameaçador o poderio turco, que impelira suas vanguardas ao longo do vale do Danúbio. As diversas coalisões a que a Áustria se encontrou ligada, as numerosas guerras e guerrilhas em que se encontraram empenhadas as tropas imperiais durante o século XVII, absorveram apenas a menor parte dos cuidados dos Habsburgos; era rumo à Itália e aos Bálcãs que suas forças políticas e militares concentravam os maiores esforços. A vitória de Zenta, obtida em 1697, graças ao príncipe Eugênio de Sabóia, truncou para sempre as veleidades dos Turcos, que, catorze anos antes, haviam avançado até junto às muralhas de Viena; os Tratados de Utrecht deram ao Império, e portanto aos Habsburgos, os Países baixos e toda a Itália meridional. Esta última ficava perdida poucos anos depois; à Áustria, todavia, permanecia, na península italiana, o Lombardo-Vêneto e o controle efetivo sobre a Toscana, onde reinavam os Habsburgos-Lorena. O nome dos Habsburgos-Lorena leva a pensar naquela que foi talvez a maior figura surgida no trono austríaco, nos últimos séculos, uma mulher que soube reger, com firmeza mais que viril, um império composto de um amontoado de povos heterogêneos, aos quais ela soube dar aquela coesão e aquele inequívoco que os tornaram um dos maiores estados da era moderna. Carlos VI, último imperador da Casa de Habsburgo, morrera em 1740, sem deixar herdeiros masculinos; com a morte de seu primogênito Leopoldo, ele elevara aquela "Pragmática Sanção" que tornando válida a sucessão, nos domínios da Casa de Áustria, também em linha feminina. estava destinada a provocar um vespeiro de lutas diplomáticas e guerra. Realmente, por força do novo estatuto, subia ao trono da Áustria uma mulher, Maria Teresa,que tinha desposado, alguns anos antes, Francisco Estêvão de Lorena; este, logo depois do casamento, tinha sido eleito Grão-Duque da Toscana, após a extinção dos Médicis, mas não permanecera na Itália por muito tempo. A ascensão de maria Teresa ao trono provocou, como se viu, a imediata reação dos príncipes europeus, entre os quais se destacava Frederico II da Prússia; na hora de extremo perigo, a rainha solicitou ajuda à nobreza húngara, que primava pela coragem e lealdade e cingido, num congresso solene, a coroa de Santo Estêvão, conseguiu arrastar para seu lado o coração e as forças do povo magiar. Da guerra da Silésia (que custou à Áustria a perda daquela rica província, que foi aumentar a grandeza do estado prussiano) e da guerra chamada dos "sete anos", que viu empenhadas as forças de meia Europa; mais do que a política externa de maria Teresa ou das campanhas militares conduzidas pelos seus generais, é oportuno acentuarmos a sua obra legislativa, que fez da Áustria um estado moderno no mais amplo sentido da palavra. Moderno, que fique claro, somente sob o aspecto administrativo, militar e financeiro. Em muitos países da Europa, vigorava ainda o regime de servidão, no século XVII. A tentativa do governo austríaco de melhorar as tristes condições dos camponeses provocou resistência de partes dos senhores boêmios e, em consequência, uma grande revolta dos servos, na Boêmia e na Morávia em 1775. Maria Teresa estava muito ligada às tradições feudais de sua Casa para poder admitir certas formas de igualdade, que nem mesmo a Revolução Francesa poderia impor; a servidão da gleba, inconcebível prática da Idade Média, que permanecerá quase inalterada em todos os países da Europa, com exceção da Itália, foi abolida somente pelo sucessor de Maria Teresa. A soberana conseguiu imprimir uma ordem legislativa uniforme a todos os povos diferentes pelo idioma e tradições, que viviam em seus domínios;lançou as bases de uma política honesta e regular, aquela política econômica a que a Lombardia e o Vêneto devem boa parte de seu atual bem-estar; criou escolas técnicas e grandes indústrias, libertando a produção dos bens de consumo dos entraves corporativos e da estrutura artesanal que pesava sobre eles desde muitos séculos. Em matéria de religião, Maria Teresa deu provas de ideias bem pouco liberais; apesar da caçada aos Jesuítas, devida a um conjunto de fatores políticos, foi fervorosa católica e tornou dura a vida dos Protestantes; todavia, procurou,também, desembaraçar os sacerdotes austríacos a de uma estrita dependência de Roma e diminuir a ingerência do Papa nos negócios de seu Reino. Em 1870, quando Maria Teresa faleceu, a Áustria era, certamente, o organismo estatal mais sólido e melhor organizado da Europa continental. PARA LER DESDE O INÍCIO clique no link abaixo http://agrandehistoriadohomosapiens.blogspot.com
Passar por quatro países germânicos durante uma semana e durante o Inverno requer alguma organização, principalmente no que vai na mala!
Hello all, Today I will do a costume tour of Tyrol, or Tirol. This famous region in the Austrian Alps has a distinct costume tradi...
Bilder: Der Altschlierseer Kirchtag 2016
Jeder sage, was ihm Wahrheit duenkt,und die Wahrheit selbst sei Gott empfohlen!
Nice short dirndl with apron. The shiny top is embellished with a floral embroidery and a decorative neckline. The hooks are combined with an organza ribbon. A checked skirt completes the look: it is colour- coordinated to the dress and fitted with a side pocket. The apron ribbon is fitted with the checked fabric of the skirt at one side. Close by a front zip. The blouse and accessories are photographed as an example.
In the Austrian Tirol region, the locals like to wear their national dress whenever possible. Very smart indeed.
Anina W Dirndl-Kollektion 2015 "Art is art". Bezaubernde Details wie Spitze, Perlen, Charivaris, Swarowski-Steine und Schleifen folgen dem Wandel der Zeiten und den aktuellen Trends.
Discover the cultural significance of this fashionable accessory through charming images from our archives.
Hello all, Today I will do a costume tour of Tyrol, or Tirol. This famous region in the Austrian Alps has a distinct costume tradition. Tyrol as a political entity dates back to about 1140. It eventually became an integral part of Austria. After WWI, It was divided between the current State of Austria and Italy, as part of the general idea of the time that vanquished enemies must be punished. For the southernmost part of the old Duchy of Tyrol, which is called Trentino, this had some justification, because that region is overwhelmingly Italian in language and culture, but it was decided that the Italian border should be placed along the Continental divide, so that the Suedtirol, which is German speaking, was also given to Italy. https://en.wikipedia.org/wiki/County_of_Tyrol It is interesting that currently the two parts of Tyrol have formed a voluntary union which also includes Trentino. https://en.wikipedia.org/wiki/Tyrol%E2%80%93South_Tyrol%E2%80%93Trentino_Euroregion Here is a map of the area, showing the Euroregion including Trent. This article will cover the German speaking area, excluding Trentino, which while long associated with Tyrol, is actually distinct in culture. Thus I will be talking about North Tyrol, East Tyrol, and South Tyrol. There are a couple of Valleys in the southeastern part of this area where Ladin is spoken, but the Italians in the area were relocated there by Mussolini, and only reside in the larger cities. The geographic center of Tyrol would be the Brenner pass, and the region consists of the headlands of three different major rivers, the Inn, the Etsch [Adige], and the Drava. The Inn and the Drava eventually flow into the Danube, while the Etsch flows into the Po. The Tyroleans live on both sides of the continental divide, as mountain people often do, and find their land divided by flatlanders who think that the mountains make a good place to put a border. The Tyrol is bordered by Bavaria on the north, which speaks a similar dialect of Upper German, [Boarisch], Vorarlberg and Graubunden on the west, which both speak Allemanisch, Lombardy, Trentino and Veneto on the south, which speak various Italian dialects/languages along with some pockets of Ladin, and Carinthia and Salzburg on the east, which are also parts of Austria, and speak Upper German. Here is a good physical map of the area. The costumes are not distinguished by municipal district, but by the valleys. I will provide more detailed maps where helpful. This map above may be expanded if needed, or open google maps and scroll around as you read. Here is another map with place names that might be useful. The costume is broadly similar over this entire area, with details distinguishing the various valleys. The men wear long wool pants Hos, or leather knickers Lederhosen, a linen shirt Pfoat, a vest Weste, which is often red, Suspenders Kraxn, usually worn over the vest, a large belt Gurt, a jacket usually of loden Joppe, as well as stockings, shoes, and the hat typical of the valley. The men's jacket is one of the items which distinguish the differnent costumes. They are of various cuts and lengths, different colors, and have embroidery, ribbon, or applique, or not. They may be brown, green, blue, maroon, violet, red, or even yellow, depending on the valley. The women, of course, have more variety, there usually being a formal costume, a festive costume, a winter costume, and an everyday work costume. I will focus on the summer festive costume for comparisons here. This includes a chemise Hemdl, a bodice Mieder, which often is laced closed over a plastron Brustlatz, a skirt Kittel, an apron Schurz, and often a jacket Joppe or Tschoap. The details of the trim and embroidery on the bodice are what mostly define the various costumes today. Both sexes often wear a black silk neck scarf Flor. Whereas in most places folk costumes are called Tracht, in this area they are more likely to be called G'wand, reflecting the local dialect. What is retained today in Tyrol is three historical layers of Gewand. The old 'miedertracht', which basically dates from the Baroque, This is seldom worn, but is seen in illustrations and museums.This often has skirts cut so as to exaggerate the width of the hips, sometimes has a short waist, and often has stockings worn in rolls so as to exaggerate the thickness of the legs. The bodice is stiff, and has a wide opening, with a plastron. Here is one example from the Innsbruck area. the 'spencertracht', which has its origins in the Biedermeier, which includes the dark leg of mutton sleeves. This seems to have been spread by the Pietism of the 19th cent. which valued simplicity, dark colors and modesty. Where this coexists with the bodice costume it is considered to be more formal. Here is an example from the Lower Inntal. and the Erneuerter tracht, which is a modernization of the miedertracht, done in the 1930's. The lines have been modified for practicality and to please modern notions of beauty. The waist has been returned to the natural waist and the plastron has been narrowed. The extremely thick hips and legs are no longer part of the costume. Here is an example of a renovated gewand from Innsbruck as worn today. Dirndls are a seperate thing. They are modern clothing which developed from the old everyday work costumes, and keep more or less the traditional cut. The colors, materials and details vary according to the desire of the wearer. They are worn, but are not considered to be true folk costumes. Nord Tirol I will proceed more or less from east to west. The east half is generally referred to as the Unterland [lowlands] and the western half as the Oberland [highlands]. Leukental or Großachental This valley runs from the Thurn pass on the border with Salzburg state north through Kitzbuhel and St. Johann to the German border, following the Ache river. This is a minor river which does not connect with the Inn valley. The images show the formal costume, kassettl, with the long sleeves as well as the festive costume with the bodice. This is the costume which is featured at the head of the article. Lower Inntal This is often considered to extend from the German border up to about Jenbach. The first image shows the formal costume of this area which has gradually become popular further up the valley and into some of the side valleys for weddings and other formal occasions. This costume is called 'Kassettl'. Here is a somewhat less formal version. The bodice costume is also found here Just for example, here is the everyday costume from this area. These everyday summer costumes are what gave rise to the dirndl in the 20th century. Just to give a more complete picture, here is the winter costume for this area. Here are some photos. Here is a video of an interview with a woman who specializes in sewing the Kassettl Gwand. https://www.youtube.com/watch?v=zEpUTLlsNgo Brixental and Wildschönau The Brixental joins the Inn valley near Wörgl and extends to the south and east towards Kitzbühel. Wildschönau is a side valley which extends to the west from Brixental. Alpbachtal This valley joins the Inn at Brixlegg, and runs to the southeast. The women's bodice is embroidered on both the front and the back. Zillertal This is a large valley which lies to the south of the Inn and joins the Inntal at Jenbach. Their own version of the formal costume is still commonly worn. Here we see that there is a particular hat which is a signature of this valley. This is very common. The men's costume has a red vest which closes under the arm. The front of the vest has one to three rows of gallon around the neck opening. Kraxn are not worn. The Joppe is light gray. Here is a video of a Riflemen's group from Zillertal on parade. https://www.youtube.com/watch?v=ocoUP3R_H3c Here is a video of a musical group, The Young Zillertalers. https://www.youtube.com/watch?v=K5Dl13fPTYw Achental This is a small side valley which lies north of the Inntal, and also joins the Inn at Jenbach. Here is an old print of this costume. Notice the similarities and the differences. Upper LowerInntal This Gwand is found roughly from Jenbach up to the town of Hall. Wipptal The Wipptal is a large valley which joins the Inn at Innsbruck. It extends south to the Brenner pass, and beyond, into South Tyrol, where at some point it becomes the upper Eisacktal. Again, note the distinctive hat. The loden joppe is burgundy or violet colored in this valley. In the first image, the woman is wearing a formal jacket, Schalk. Sterzing and Pfitscher Tal This town is in South Tyrol, south of the Brenner Pass, in what the Tyroleans consider to be the upper Wipptal. The Pfitscher Tal is a side valley which extends to the northeast from Sterzing [Vipiteno]. Stubaital This is a side valley off the lower Wipptal at Schönberg which extends to the southwest. It lies completely within North Tyrol. Innsbruck and Lower UpperInntal This costume is found from around Innsbruck up the valley to Imst. Ötztal This is a side valley of the Inn, which extends to the south from just below Imst, west of Stubaital. The men's joppe is distinguished by being embroidered on the front below the neck and on the cuffs, and no vest is worn. The women's bodice has a black upper part to the brustlatz with embroidery in a horizontal band. Pitztal This is the next side valley off the Inn as we head upstream. It joins the Inn valley at Arzl and extends to the south parallel to the Ötztal. Leutaschtal, Seefeld, Scharnitz This area lies north of the Inn valley about halfway between Innsbruck and Imst, where the Inn valley makes a bend and starts to head southwest, near the town of Telfs. The Leutasch valley runs north into Bavaria. Lechtal This river valley lies in northwestern Tyrol. The source of the river is in Vorarlberg, and flows through a corner of Tyrol before travelling north through western Bavaria. It does not connect with the Inn. The costume shows influence from both of these neighboring regions. Here is a plate showing the old costume, which seems to have been revived. Here are some images of the new costume, from the 1930's. Tannheim Tal This is a side valley of the Lech, The head of which is in the extreme northwest corner of Tyrol, and joins the Lech at a point not far from the German border. Notice the embroidered linen Goller, which is more typical of Switzerland, and the Radhaube, the wheeled headress which is common around the Bodensee, but not found anywhere else in Tyrol. Reutte This town is located on the lower Lech river, between the Tannheim Tal and the German border. Stanzer Tal At Landeck, the Inn valley makes an S curve to the south and heads to the southwest into Graubunden. The Stanzer Tal extends directly west of Landeck into Vorarlberg. This area marks the westernmost extension of North Tyrol. Paznaun Tal This valley meets the Stanzer Tal not far from its opening at Landeck, and extends to the southwest. Upper UpperInntal This includes the Inntal from just above Imst to the Swiss border. In the westernmost part of North Tyrol, there is a low pass which leads from the Upper Inn valley, just east of the Swiss border, south into South Tyrol Vintschgau This lies just south of the upper Inntal, and they are connected by a low pass. It is the valley of the upper Etsch River. The head of the valley is in the extreme northwest corner of South Tyrol. It heads south, and then east, and is considered to end in the vicinity of the city of Meran, where the river makes a sharp turn for the south. The men's costume varies; in the west, in Upper Vintschgau, it resembles that of the Upper Inntal. In the east, in lower Vintschgau, it resembles more the costume of Meran. This gwand is from Graun, in the extreme upper part of the valley. Meran and vicinity The city of Meran lies at the point where the Etsch takes a sharp turn and heads south. There is a bodice costume miedergwand which is worn here. The Burggrafenamt, the formal costume is often worn here as well, see below. Burggrafenamt This refers to the mid Etsch valley, basically between the cities of Meran and Bozen. The formal costume of this area is very popular for weddings over a wider area. This tracht shows definite city influence. This costume is also worn in Meran. The wide red lapels are a feature of this costume. Passeiertal This is a valley which opens near Meran, and heads north. Ultental This is a valley which opens on the Etsch river valley a short distance south of Meran and heads to the southwest. It lies to the south of Vintschgau. One unique characteristic is that sometimes the bun is covered with a hair net that has lace edging. Bozen and vicinity This is a large city which lies at the confluence of the Etsch and the Eisack rivers. Überetsch-Unterland This is the region which lies south of the city of Bozen, and forms a triangular extension in the south center of South Tyrol. The name means 'The Upper Etsch Lowland'. Of course, this is Tyrol, and 'lowland' is relative. The bodice is light green with pale red silk borders, and black velvet ribbon which is hand embroidered in a floral pattern. The brustlatz also has floral embroidery. Sarntal This is a valley which opens near the city of Bozen and heads north, between the two major river valleys of the Etsch and the Eisack. It is reached by passing through a narrow gorge, and so is relatively isolated. There are two costume traditions in this valley. The old one is very rich and colorful, and resembles the gwand which is found further east, in Eisacktal and Pustertal. In about 1850 the 'new costume' was introduced, and by the early 20th cent completely replaced the old, although most people still have them in their attics. There is now a movement to revive this costume. In the old costume unmarried men wore red jackets, and married men wore brown or black jackets. The 'new costume' is simple, dark, and sober, in keeping with the Pietistic ideals of the 19th cent. It is still a living tradition in the Sarntal. The new costume features black leather kraxn with feather embroidery. Ritten This is a plateau which lies between the Sarntal and the Eisacktal, to the northeast of the city of Bozen, and southeast of the Sarntal. The costume resembles that of the Eisacktal. Eggental This is a valley which extends to the southeast from the Eisack valley and opens just north of the city of Bozen. The men wear jackets of a light moss green which can even shade into yellow. The jacket may be short or long, and is bordered in a dark green. Kastelruth & Groedner Tal Kastelruth lies east of the Eisack valley, and leads east to the Groedner Tal, or Val Gardena, where the people speak Ladin. The costume is similar, but the Ladin people add extra items to the costume, like the festive crown, separate linen collar and metal belt for the girls. The German speaking people of Kastelruth wear a more sober form of the same costume. Mittel Eisacktal This is the mid Eisack river valley around Klausener, Villanders and Latzfons. The men's jacket of Latzfons is distinguished by embroidery on the front. Brixen This lies in the Eisacktal where it is joined by the Pustertal. Above this, the high Eisacktall is considered to be the upper Wipptal. Pustertal The Pustertal with its side valleys takes up the eastern part of South Tyrol. The large side valley on the south is Val Badia, which borders Val Gardena, and is also inhabited by Ladin speakers. The Ladin influence is also visible in this costume. You will notice that in the eastern part of this valley, another river rises and flows east. This is the Drava, which flows through East Tyrol, and eventually into Croatia. Pustertal-East Tyrol Transitional area This costume is found from Innichen east into East Tyrol by Lienz in the Drava river valley. This area also has its version of the new, or formal costume, which in this area is called Bäuerisches Gwand for the women, and Osttiroler Anzug for the men. This is similar to other names for this costume around Tyrol, and comes from the word for farmer, and not from Bavaria. East Tyrol Villgratental is a side valley which lies north of the Drava just east of the border of South Tyrol with East Tyrol. Lienz This is the main city of East Tyrol, and is found on the Drava river near the eastern edge of Tyrol Iseltal The Isel valley heads north from the city of Lienz. Defereggental This is a side valley of the Isel, and runs to the west, parallel to and north of the Drava. The women's bodice is distinguished by horizontal rows of floral embroidery on the brustlatz. Thus we come to the end of Tyrol. I hope that you have found this to be interesting and informative. The culture of Tyrol is rich and fascinating. I hope that you felt that it was worth devoting such a long article to it. Here is a short video about sewing Tyrolean tracht and dirndls. https://www.youtube.com/watch?v=DlZ2onXGPRw Roman K [email protected] Source Material: Nina Gockerell & Helene Kostenzer, 'Alte Trachten aus Oberbayern & Tirol, Munich, 1976 Albert Kretschmer, 'Das Grosse Buch der Volkstrachten', Basel,1977 reprint of 1887 original Gertrud Pesendorfer & Grete Karasek,'Tirol : Neue Deutsche Bauerntrachten', Munich, 1938 Gertrud Pesendorfer, 'Lebendige Tracht in Tirol', Innsbruck, 1966 Uta Radakoich, 'Costumi Tradizionali dell'Alto Adige/Suedtirol', Trent, 2009 Maria Rehm, 'Oesterreichs Trachtenbuechlein', Innsbruck, 1981 Josef Ringler, 'Tiroler Trachten', Innsbruck, 1961 Petra Streng, 'Echt Tirol Trachten', Innsbruck, 2006 Hans Von Hammerstein, 'Trachten der Alpenlander', Vienna, 1937 'Die Sarner Tracht: Bairisch gien', Bozen, 2011
By the time he rose to power in 1933 Adolf Hitler was made into the very personification of a "saviour" and mesmerized millions of Germans who worshiped him as an idol. In the video above he presented himself as the collective consciousness of the German people, acting on behalf of their interests, and spewed rhetoric of the need to defend Germany against its enemies. The German people looked up to him as their only hope for the restoration of their national pride and readily embraced everything that he said believing it to be the Gospel truth. The Treaty of Versailles of 1919 had dealt Germany harsh terms after their defeat in World War I. It forced them to admit responsibility for causing the war and imposed stringent demilitarization in addition to territorial changes and financial reparations. The humiliation and anger felt by the German people was shared by Hitler and it was from this cauldron of discontent that he emerged to lead the nation. The German people saw him as the only leader who was capable of restoring Germany to glory. But the world recognized him for what he was, the Incarnation of Evil. This propaganda poster underscored by the inscription "Long live Germany" depicted Hitler as a savior to the nation. It illustrates a silhouette of the German eagle as if it were descending from the heavens, like the dove which descended upon Jesus Christ at his Baptism. Nazi propaganda projected Hitler as the very embodiment of the German nation. It is interesting to note that before Hitler's appearances at Nazi rallies, his deputy Rudolph Hess would deliver rousing introductions, bordering on the verge of hysteria, and proclaimed to ecstatic crowds that "The Party is Hitler! But Hitler is Germany, as Germany is Hitler!" It was not an improvisation but the tactics of a meticulously prepared propaganda. The tone of these words held an uncanny similarity to those spoken by Jesus to his disciples. In the Book of John, Chapter 14:20, Jesus said, "In that day you will know that I am in my Father, and you in me, and I in you."The origin of one was totalitarian and the other Divine, but both statements were an affirmation of absolute unity, calling for the total sacrifice and subordination of the individual to an established doctrine. This is an NSDAP (Nazi Party) poster which was circulated in Germany circa 1924. It depicted an eagle as having broken free from its chains and the symbol of the rising swastika on the horizon as the harbinger of a new dawn. It was a Nazi promise that under the yoke of Hitler, Germany would be liberated from the bondage that was the Treaty of Versailles. During the inter-war period, the Weimar Republic experienced an alarming degree of hyperinflation which led to Germany defaulting on its reparation payments. Consequently, French and Belgian troops occupied the Ruhr seizing valuable industrial assets. The climate of resentment and outrage was fertile ground for Hitler and the Nazi Party to wield its ideology. Propaganda was the key. Hitler's book "Mein Kampf" published in 1925 was a veritable blueprint of theories and ideologies that would later become instrumental in the policies of the Third Reich. This treatise on propaganda was permeated with Hitlers perverse vision of the world and of humanity, and amounted to nothing more than a jumble of logical fallacies. Just like all the despots who came before, and after him, Hitler understood the means with which to conquer the soul of the German people, and to defeat his enemies. Simplicity and generalizations were the order of the day, as provided by the following quotation. "The people in their overwhelming majority are so feminine by nature and attitude that sober reasoning determine their thoughts and actions far less than emotion and feeling. And this sentiment is not complicated, but very simple and all of a piece. It does not have multiple shadings; it has a positive and a negative; love or hate; right or wrong; truth or lie; never half this way and half that way, never partially, or that kind of thing." (Hitler) Hitler knew that the most effective propaganda campaigns had to be constructed with the most simplest of messages, so that the weakest link in society could understand them. It had enormous appeal not only to young Germans but to compatriots who were provincial in their outlook of things. He said that "the receptive powers of the masses are very restricted and their understanding feeble. On the other hand they quickly forget." Posters and photographs of Hitler posing with German children were intended to project his image as that of a loveable father figure. Stalin, who was as great a mass murderer as Hitler, generated the same kind of propaganda. Just eight days after having been elected as Chancellor of Germany, Hitler established the Ministry of Public Enlightenment and Propaganda and appointed Joseph Goebbels as its head. Their objective was to spread Nazi ideology throughout the globe, and maintain an iron-fisted control over every aspect of German society and culture. One department dealt exclusively with German and international newspapers. Other departments worked on assigned portfolios such as Budget, Law, Propaganda, Radio, Film, Personal, Defence, International, Theatre, Music, Literature, Visual Arts, and Tourism. In 1933 the fledgling Ministry had only five departments and 350 employees but by 1939 at the start of World War II there were 2,000 employees in 17 departments. Quite noteworthy is that between 1933 and 1941 the Ministry's propaganda budget skyrocketed from 14 million to 187 million Reichsmarks. Hitler Youth was established in 1922 as a paramilitary division of the Nazi Party composed of youth 14 to 18 years of age but included members as young as 10 years old. They were considered the future of the German Reich and were indoctrinated in Nazi ideology at a very young age - inculcated with the principles of honour, sacrifice and anti-Semitism. As part of their scouting activities they went camping, played sports, exercised and competed for badges. They also distributed Nazi propaganda literature, and recruited new members. Initially none received weapons training, however during the Allied bombing of Germany, boys of Hitler Youth charged into battle willing to die for Hitler. The girls however were groomed for a future role of wife and mother. Nazi ideology was diffused through a vast array of propaganda in the form of posters, film, literature and even postage stamps glorifying German women in the role of motherhood for the Reich. Women were encouraged to have as many children as possible otherwise, Hitler warned, the German race would be overrun by so-called inferior races. They even received "mothers crosses", medals that looked similar to military decorations, in gold, silver, or bronze. The bronze medal was awarded to mothers with four children, the silver medal to mothers of 6 children, and the gold medal to mothers of 8 or more children. They were distributed annually at Mother's Day rallies, and members of the Hitler Youth were ordered to salute them military-style. The good German mother was considered to be the one who submitted to to the demands of the State while fulfilling her destiny of protecting the purity of German pedigree. anchluss propaganda postcard Upon Hitler's rise to power, he revived the ambitions for Pan-Germanism, a political ideology based on ethnocentrism and racism which had its origins in the 19th century. Its aim was the reunification of all Germanic peoples of Europe, and was the impetus that led to the anchluss - the occupation and annexation of Austria to Nazi Germany in March 1938 followed soon after by the annexation of Sudetenland and the occupation of Czechoslovakia. Ambitions for Pan-Germanism was not a new concept but originally took hold during the Napoleonic wars with the birth of "romantic nationalism". Germany's history had long been one of fragmentation consisting of a disconnected patchwork of states. It was the goal of the Nazi Party to re-unite ethnic Germans into a larger "Great Germany" through invasion and "liberation" of neighbouring countries. Poster Nazi Blitzkrieg of Poland The major focus of Nazi ideology was Hitler's vision of "lebensraum", that is, living space for the Greater German state After having already annexed Austria, and invaded Czechoslovakia, Germany targeted Poland. Hitler feigned an attempt to negotiate with the Polish government for the control of the Free City of Danzig, and access through the Polish Corridor to East Prussia, but Poland refused, cognizant of Hitlers real agenda. On August 31, 1939, Nazi SS disguised in Polish uniforms staged an attack against a German radio station at Gleiwitz (Gliwice) and broadcast the incident to the world as so-called "evidence" of Polish aggression against Germany. It was the pretext that Hitlerr needed to start a war. The very next day Germany invaded Poland without a declaration of war. Polish civilians and soldiers in towns throughout the western frontier of Poland fled the German onslaught. In the town of Bromberg (Bydgoszcz) the Poles who fled succeeded in killing approximately 5,000 to 6,000 ethnic Germans. These Germans who were formerly neighbors, were suspected by the Poles of being spies for the Nazi regime, traitors, or snipers. Nazi propagandists pounced on the opportunity to elicit support from Germans and the world by fabricating the number of Germans killed to that of 58,000. The Nazis published the following photograph in one of their newspapers as "proof" of the atrocities committed by the Polish people. Wehrmacht soldiers and journalists were photographed inspecting the scene of a so-called massacre of Bloody Sunday, September 3, 1939. Notice the editor's crop marks at the top of the photo, an indicator that it was selected for publication in a Nazi newspaper. Anglio Twoje Dzielo! ( Britain, Your Work!) This Nazi propaganda poster depicted the image of a wounded Polish soldier blaming Prime Minister Neville Chamberlain for the Polish defeat in the September Campaign in September 1939. (The British Prime Minister had already ceded Czechoslovakia to Hitler a year earlier as a result of the Munich Agreement.) Hence, Nazi propaganda attempted to persuade the Poles into joining the German army but few did. The Polish people harbored a great deal of animosity and distrust against Germany, the result of centuries of German occupation and partition of Poland. "Der Pimpf" was the name of a Nazi magazine which began publication in 1935, as "Morgan", but was changed in 1937. The name "Der Pimpf" means "little rascal", "scamp", or "little fart." The magazine had wide appeal among young German boys who were easily indoctrinated with Nazi ideology. It contained articles glorifying the adventures of the Hitler Youth and urged young Germans to aspire to become SS soldiers. On the cover of this issue, a drawing of the Polish cavalry was depicted as charging towards German tanks. This was purely a myth perpetuated by the Nazis, from the first day that Poland was invaded by Germany. In the "Skirmish of Krojanty" the Polish cavalry led a charge against a German infantry battalion but was forced to retreat under a barrage of fire by German armoured personnel carriers. Shortly thereafter a team of reporters had converged on the area, and seeing the dead bodies of Polish cavalrymen and their horses, assumed that they had charged against German tanks. It provided the Nazis with the opportunity to perpetuate the myth, in an effort to undermine and humiliate the Poles in the eyes of the world.To this day, many people still believe this Nazi propaganda. Nazi German Poster of Eagle with wings spread over Europe and Russia ("Deutschlands Europaische Sendung") This poster was distributed by the Nazis throughout occupied Europe, circa 1942 onward. It was an attempt by Hitler to persuade Europe that Germany was part of the Eastern crusade against Bolshevism. (The Molotov-Ribbentrop Pact, ie, the Treaty of Non-Aggression between Germany and the Soviet Union, signed on August 23, 1939 was the precursor to the joint invasion and partition of Poland on September 1st, 1939.) The treaty was abrogated when Hitler turned his armies against Russia in June 1941. Hitler called it Operation Barbarossa, named after the medieval ruler Frederick Barbarossa, who according to legend would rescue Germany in her time of need. Despite initial successes the Nazi armies were ultimately decimated. Der Sturmer was the most vehemently anti-Semitic newspaper in Nazi Germany. This image was the front page of its May 1934 issue which depicted a caricature of Jewish men collecting the blood of Christian children for a religious ritual. It was one of many anti-Semitic slurs against the Jews and included accusations of pornography, anti-capitalism and anti-catholicism. Jews were portrayed as ugly characters with grotesque facial features and misshapen bodies. The publisher of the tabloid, Julius Streicher, promoted the myth of blood libel which had originated during the Middle Ages. It claimed that Jews killed Christian children, sacrificed them and drank their blood. This propaganda continues today and finds acceptance largely among the uneducated, the provincial, and most particularly the disenfranchised. Nazi propaganda portrayed the Jews as the cause of all Germany's economic and social problems and accused them of international capitalism and Bolshevism. In a speech given by Hitler at a Nazi rally, he asked the audience who was responsible for Germany's defeat in WWI and the audience erupted "the Jews". The indoctrination was complete. In this poster from 1942, the Jews were depicted carriers of typhus. It was a metaphor Hitler often used to portray Jews as a source of moral and social decay. By then Jews had been deported to Nazi German concentration camps where they were starved, tortured and worked to death. Outbreaks of typhus in the camps and lice infestation among the Jewish inmates were held as "proof" by the Nazis that the Jews were a race of "dangerous bacillus". Translated to English, the slogan means "Smash the Enemies of Greater Germany", and illustrated the anger felt by Germans against Britain, US, and Russia. This poster dates to the summer of 1940. At that time a battle was raging which ultimately marked the turning point for Allied fortunes during WWII. It was the Battle of Britain, which pitched the forces of the Luftwaffe against that of the RAF. Germany failed to destroy Britain's formidable air defenses and met with its first major defeat of the war. Churchill praised Allied pilots who fought in Battle of Britain in a historic speech - "Never was so much owed by so many to so few". Fundamental to Nazi ideology was the myth of the "master race" exemplified by the white skin, and blue-eyed blondes of the German and Nordic peoples, and with it came the notion of safeguarding the so-called "purity" of their race as a means to preserve their idea of cultural superiority in a world of mongrels. Much of this theory has been borrowed from various sources. The writings of a French aristocrat and racial theorist, Arthur de Gobineau claimed that the fall of the ancient regime in France was the result of racial degradation brought about by racial mixing, for which he blamed the Jews. (This provided the Nazi Party with fodder to make similar pronouncements about the Jews in relation to Germans.) But Hitler was most influenced by a French biologist and founder of genetics Jean-Baptiste Lamarck, who, unlike Darwin, categorized each race in a specific order from the origin of apes. A German geneticist, Ernst Haeckel elaborated on this theory by organizing each race in gradations from "fully human" to "subhuman". The word "aryan" was derived from the Sanskrit word "arya" which means "honourable", "respectable" and "noble" however in its original unadulterated version, arya did not refer to Germanic peoples but rather to the Indo-Iranian peoples. However by the 18th century Europeans altered its definition to include Indo-European ancestry which included Greeks, Latin, and Germans. Nazi Propaganda Film The Eternal Jew "Der Ewige Jude" (The Eternal Jew) was a Nazi propaganda film produced by the Ministry of Propaganda headed by Joseph Goebbels. As with all other media generated by the Nazi Party, its intention was to mold public opinion. It was always the same refrain; to stereotype the Jews as grotesque, as parasitic and as untermenschen bent on enslaving the world. The film was produced as if it were a documentary but it was a chain of staged events narrated with the most venomous vitriol. The Germans ordered the Jewish congregation of Vilker synagogue to assemble for full services wearing tallithim and tefillin. When the Rabbi was ordered to read from the Torah, he looked at the camera and uttered, "Today is Tuesday". It was a signal to indicate that the assembly was coerced, because the Torah is never read on Tuesdays. This Nazi propaganda poster dated from 1941 reads as "Europe's Victory is Your Prosperity". Germany is depicted here by the mailed fist which is shown to have defeated England, hence the cross on the graveyard, and is then poised to destroy Stalin and the Soviet Union. (But Hitler was unable to invade England in 1940 which marked his first major defeat in the war. His adventures in the Soviet Union will have proved equally futile, but with greater losses.) Hitler was vehemently opposed to communism and regarded the Soviet Union as the repository of European Jewry and Bolsheviks. He warned that a "victory of Bolshevism over Germany would not lead to a Versailles Treaty, but to the final destruction, indeed the annihilation of the German people." Until 1942, the Nazis promoted the slogan, "Der Russe sei eine Bestie, er muesse verrecken." meaning "the Russian is a beast, he must croak" but the slur was quickly dropped when the German labor force needed Russian workers. Hitler also condemned capitalism, and the Jews for monopolizing global wealth for "selfish purposes". (Such generalizations were used by the Nazi Party in a calculated attempt to rally support from German factions left and right.) The impetus for invading Russia was to guarantee the security and safety of a Greater Germany however "lebensraum" or "living space" was a really a euphemism for Nazi plunder of neighboring countries. Editor's Note: The video, images and quotations presented in this special series are for educational purposes and not meant as dissemination of Nazi propaganda. Our best defense against propaganda is knowing how to define and identify it. Polish Greatness.com and Polish Greatness (Blog) are fiercely opposed to Nazism and neo-Nazism and strongly condemns all private or public persons, organizations, leaders, and nations which promote hate propaganda in any form. NEXT WW2 PROPAGANDA: WAR OF WORDS Soviet Propaganda
Monte Baldo. Sentiero 651.
This Spring updated versions of 'Trachten", the traditional German and Austrian alpine clothing have appeared on the fashion runway, in numerous stores, and in the Style & Fashion section of the Weekend Wall Street Journal (1-28/29-2012) . Fashionistas of yesterday also favored this style - Millicent Rogers, Wallis Simpson and Edward were among its fans. Trachten clothing includes: Jackets and capes made of loden, (a type of felt) embellished with antler horn, bone or engraved silver buttons. Hats adorned with wild boar bristle pins and hunting medals Lederhosen (leather shorts with suspenders) Dirndl dresses (a layered costume consisting of a blouse, vest, skirt and apron). If you're still confused - just think 'The Sound of Music'! I, too, have a bit of a Loden past. When I was a teenager, our family took a summer vacation to Europe. We found a low cost air fare on a charter flight, but there was a catch. We had to become members of a traveling German singing group, who had booked the plane. The group looked something like this: One stop on our tour was Salzburg, where we found a tiny little shop that sold traditional folk clothing and costumes. I entered as a naive teenager from Upstate New York, and came out as Maria von Trapp in my drindl and grey loden jacket. My younger brother picked out a fetching pair of lederhosen shorts. In college, I returned to Europe as an art history student. Living in Florence Italy I became enchanted by the heavy green loden coats worn by the Florentines. Searching out a resale shop, I purchased a used loden coat. It kept me snug and fashionable during that long ago Italian Spring. Many years and many lodens later (including a coat and several jackets like the one below)... Guess what I found last week at the local Goodwill resale shop? You guessed it - a Loden Coat! Still tracking trachten, Marjorie
Spreewald, Braunschweig,Schaumburg-Lippe, Hessen-Schwalm, Schwarzwald-Kinzigtal, Schweiz-Appenzell, Österreich-Zillertal, Schweitz-Aargau Der Kleine Brockhaus, nach 1945