Vamos te contar de forma didática quem foram os principais nomes de Portugal. Aqui, falamos de Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal!
NOTA DE IMPRENSA Para tentar pôr cobro à onda mediática que tem feito pairar no ar a ideia de que Guimarães é uma cidade racista, a FUNDAÇÃO LUSÍADA e a GRÃ ORDEM AFONSINA decidiram editar um cartaz com a respeitável imagem de D. Afonso Henriques - que se espera seja amplamente difundido e exibido em Guimarães, em Portugal e em todo o espaço da Lusofonia e da Diáspora - onde se afirma que "GUIMARÃES ABRAÇA QUALQUER RAÇA, POIS A LUSOFONIA NÃO TEM ETNIA" Com estas palavras, pretende-se: 1º - Exprimir o mais profundo repúdio da cidade de Guimarães por qualquer forma de desprezo, discriminação, hostilidade, marginalização, preconceito, segregação ou violência em função da cor da pele; 2º Afirmar que a figura de Afonso Henriques, apesar de estar intrinsecamente ligada à cidade de Guimarães e ao Vitória Sport Clube, não deixa de ser Património Nacional e até Mundial, pois para além de representar o Herói que, pela força das armas brandidas nesta Terra em 24 de Junho de 1128, conquistou o poder, revigorou uma Nação e implantou um Estado prestes a completar 900 anos de existência, simboliza também a Raíz da Língua Portuguesa, que hoje é falada por 267 milhões de pessoas, em nove países e quatro continentes e por mais 30 milhões de luso-descendentes da Diáspora espalhados pelo mundo. Contactos: Barroso da Fonte: 919 632 633 Florentino Cardoso: 966 467 763
A estátua de D. Afonso Henriques mais (re)conhecida pelos portugueses é da autoria de Soares dos Reis (Vila Nova de Gaia, 1847-1989) e pode ser apreciada atualmente na colina sagrada, em Guimarães. Trata-se de uma representação mítica do fundador da nacionalidade e primeiro rei de Portugal. O retrato é naturalmente imaginado. Sempre me pareceu excessivo e até ofensivo realizar retratos imaginados e, muito pior, incorporá-los por via iconográfica no imaginário coletivo. É por respeito que os muçulmanos não representam Alá e, por respeito à verdade histórica e às figuras históricas cuja fisionomia é desconhecida, deveria evitar-se tanta criatividade enganosa. Em 2009, a propósito dos 900 anos de Afonso Henriques, a Sociedade Martins Sarmento promoveu em Guimarães uma interessante exposição sobre os retratos imaginados do primeiro rei de Portugal, “Os Rostos de Afonso Henriques”, composta por 22 imagens do rosto que outros tantos artistas lhe deram ao longo dos séculos, na pintura, escultura e gravura (1). A exposição não deixou de fora a representação de Afonso Henriques por João Cutileiro, realizada em 2001 e colocada em frente das antigas portas da Vila de Guimarães (entre a Praça do Toural e o Largo João Franco), mas cuja particularidade é precisamente a falta de rosto, substituído por um elmo fechado. O estudo das ossadas do primeiro rei de Portugal, guardadas no túmulo seiscentista da Igreja de Santa Cruz em Coimbra, permitiria saber, entre outras coisas, como era o seu rosto (2) à data da morte e simular com precisão o seu rosto em várias idades. No entanto, a abertura do túmulo foi cancelada no último momento em 2006 pela ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima. Novo pedido de exumação foi recusado em 2007. No reinado de D. Manuel I, as ossadas foram transladadas do túmulo medieval para o magnífico túmulo da autoria de Nicolau Chanterenne, que terá sido aberto uma única vez, em 1832, a mando do rei D. Miguel. Mas serão mesmo as ossadas de Afonso I? As peripécias de 2006 e 2007 envolvendo o IPPAR inspiram dúvidas. Que segredo ou verdade incómoda se encontra guardada – e adiada – em Santa Cruz de Coimbra? O rosto da estátua de Soares dos Reis (1887) mostra um Afonso Henriques jovem, na força da idade, de olhar vivo e intenso, com abordagem formal e tratamento plástico inovadoras na época. Refira-se que só depois da sua morte, em 1989, Soares dos Reis foi considerado um renovador da escultura do seu tempo e “O Desterrado” (1872) foi destacada como a obra mais notável da escultura do século XIX. O escultor suicidou-se no seu atelier em Gaia, desgostoso com a incompreensão dos críticos e do público. Parece ter havido também problemas com a estátua de D. Afonso Henriques, cujo projeto teve duas versões. Na primeira versão, a manga era comprida e a cota de malha terminava acima do joelho, talvez mais de acordo com a verdade histórica (3) mas pouco condizente com o espírito puritano do séc. XIX burguês, e a versão final mostra a cota de malha cobrindo as pernas quase até aos tornozelos e manga curta. Certo é que a conclusão da estátua se atrasou dois anos, pois a sua inauguração estava prevista para 1885, quando se comemoraram 700 anos sobre a morte do fundador da nacionalidade. As duas versões da estátua. A estátua de Soares dos Reis foi considerada um paradigma pelo Estado Novo, que a utilizou abundantemente na propaganda do regime. Uma réplica da estátua de Guimarães foi colocada em 1947 no Castelo de S. Jorge, em Lisboa, e existirão mais duas cópias no Regimento de Artilharia em Vila Nova de Gaia (4). Uma dessas cópias em gesso, presumivelmente obra do próprio Soares dos Reis, deu origem à estátua inaugurada em 1999 no castelo de Santarém. D. Afonso Henriques, nasceu em Guimarães ou Viseu, provavelmente no verão de 1109, filho de Henrique, da família ducal de Borgonha (atualmente uma região de França) e de Teresa, da família real de Leão (atualmente uma parte da comunidade autónoma espanhola de Castela e Leão). Segundo a lenda, foi batizado em Guimarães em 1111, na capela românica de São Miguel. Faleceu em Coimbra, no final do ano de 1185, após um longo reinado de conquistas e organização do território. Notas (1) - O catálogo da exposição, muito completo, pode ser consultado ou adquirido no Museu Martins Sarmento ou através de encomenda via mail. (2) - Em declarações à imprensa, a antropóloga responsável pelo projeto, Eugénia Cunha, explicou que a exumação tinha por objetivo fazer a reconstrução física de D. Afonso Henriques e recuperar «episódios da vida do rei guardados no seu esqueleto». (3) - Soares dos Reis era admirador de Alexandre Herculano (1810-1877), historiador e autor de narrativas históricas cuja ação situava preferencialmente na Idade Média, nos alvores da nacionalidade. A famosa escultura “O Desterrado” terá sido inspirada por versos de A. Herculano. (4) - D. Afonso Henriques é o Patrono do Exército Português, cujo dia festivo evoca a tomada de Lisboa (24 de outubro de 1147). D. Afonso Henriques na Escultura portuguesa Procede da Igreja românica de São Pedro de Rates uma estátua representando supostamente D. Afonso Henriques, coroado e com espada. De fundação muito antiga, a igreja de Rates foi reconstruída no princípio do séc. XII a mando do Conde D. Henrique e acolheu os cluniacenses, que aí introduziram a ordem beneditina. A escultura pertence ao Núcleo Museológico da Igreja Românica de São Pedro de Rates. Foto de Mário Fonseca. A mais antiga representação do primeiro rei de Portugal encontra-se atualmente no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa. Trata-se de uma escultura em mármore do séc. XII-XIII, procedente da Ermida de S. Miguel da Alcáçova de Santarém. A pose da figura é semelhante à da escultura de Rates. A estátua jacente de D. Afonso Henriques, da autoria de Nicolau Chanterenne, data de 1520 (reinado de D. Manuel I) e integra-se num grandioso túmulo na Igreja de Santa Cruz de Coimbra. A escultura em granito existente no Convento de Santa Maria do Bouro, em Amares, apresenta uma representação de D. Afonso Henriques, do Séc. XVII/XVIII que parece inspirada no retrato imaginado por Nicolau Chanterenne para o túmulo de Santa Cruz. O autor da estátua de Santa Maria do Bouro é desconhecido. D. Afonso Henriques, escultura em mármore do séc. XVIII de autor desconhecido, na Sala dos Reis, Mosteiro de Alcobaça. As estátuas da Sala dos Reis representam os Reis de Portugal até D.José I e foram esculpidas pelos monges. A estátua a D. Afonso Henriques existente na Avenida Ernesto Korrodi em Leiria, é originária de Casal do Rei (Vidais, Caldas da Rainha). Aí, existiu um monumento que incluía essa estátua, encimando um arco com a inscrição: ‘O Santo Rei D. Afonso Henriques Fundador de Alcobaça’. O arco marcava o início dos coutos de Alcobaça. O autor e a data de realização da escultura são desconhecidos mas trata-se de uma escultura do séc. XVI. O arco foi derrubado em 1911 ou 1912, conta-se que destruído pelos republicanos mas também que ruiu durante um sismo. Certo é que a escultura foi recolhida por um morador e mais tarde levada para o antigo Paço Episcopal de Leiria (depois Regimento de Artilharia Ligeira nº 4 e atualmente a PSP) e finalmente integrado no arranjo da base do monte onde se ergue o castelo de Leiria. O Arco da Memória foi entretanto reconstruído em Casal do Rei e constituiu-se um movimento para exigir o regresso da estátua de D. Afonso Henriques ao seu local original. O arco que assinalava o início dos coutos de Alcobaça, encimado pela estátua a D. Afonso Henriques. In “Por Caminhos de Cister”. As paredes exteriores do Palácio de Vila Flor, em Guimarães, são decoradas com estátuas do séc. XVIII, em granito, de autor desconhecido, representando os reis de Portugal. Entre elas, não poderia faltar a estátua de D. Afonso Henriques, esculpida ao gosto do barroco, apesar das limitações do granito. Da autoria de Soares dos Reis, a famosa estátua de Guimarães foi inaugurada em 1874 na Praça D. Afonso Henriques, hoje uma parte da Alameda de São Dâmaso. A estátua foi depois transladada para a Praça do Toural em 1911, onde se manteve até 1940, ano em que foi colocada junto ao castelo de Guimarães. A mudança da estátua para o local primitivo, na Alameda de S. Dâmaso fazia parte da candidatura de Guimarães a Capital da Cultura mas continua (Abril 2012) na Colina Sagrada. A estátua na antiga Praça D. Afonso Henriques, hoje uma parte da Alameda de São Dâmaso A estátua a D. Afonso Henriques no Largo do Toural (Ilustração Moderna, 1928, foto de Marques Abreu, reproduzida no blogue Araduca). No Castelo de São Jorge, em Lisboa, foi erigida em 1947 uma réplica da estátua de Guimarães, no âmbito da comemoração dos 800 anos da Conquista de Lisboa aos mouros (1147). A estátua de D. Afonso Henriques existente no Jardim das Portas do Sol, em Santarém, foi fundida a partir de um gesso, presumivelmente do próprio Soares dos Reis, existente no Regimento de Artilharia da Serra do Pilar e inaugurada em 1999. Foto de Carlos Luis Cruz. D. Afonso I, obra de Maximiano Alves realizada em 1940 para a Exposição do Mundo Português (Pavilhão da Fundação). A Exposição foi um feito soberbo para a época, mobilizando grande número de arquitetos e artistas nacionais, naturalmente bem relacionados com o Estado Novo. Maximiano Alves (Lisboa, 1888-1954) era escultor formado pela Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde foi aluno do escultor Simões de Almeida (tio) e colega do escultor Francisco Franco. Recebeu o grau de oficial da Ordem de Cristo por uma das suas principais obras, o Monumento aos Mortos da Grande Guerra. “Fundação de Portugal”, medalha de bronze do escultor João da Silva, 1940. João da Silva (1880-1960) frequentou a Escola de Artes Industriais, Genebra, e a Escola de Belas Artes de Paris. Autor de várias estátuas (entre as quais os monumentos aos mortos da Grande Guerra, em Valença, Porto e Évora), distinguiu-se sobretudo como medalhista. Recebeu o Prémio Soares dos Reis em 1948 e 1951 e a Medalha de Honra da SNBA. A estátua de D. Afonso Henriques existente no topo norte do Jardim de Campo Grande, Lisboa, é da autoria de Leopoldo de Almeida e do arquiteto Guilherme Rebelo de Andrade (1891-196) e data de 1950. Realizada em mármore de Lioz, com 2,80 m de altura, foi inicialmente colocada junto à porta principal do Salão Nobre dos Paços do Concelho da capital, em 1951, onde se manteve algumas décadas. Ver a estátua na sua localização original . Em 1997, foi deslocada para o Campo Grande, substituindo a estátua do Marechal Carmona. Leopoldo de Almeida (1898-1975) era diplomado pela ESBAL, onde chegou a ser professor de desenho (1943) e escultura (1950). Participou no I Salão dos Independentes (1930), salões da SNBA (onde obteve uma Medalha de Honra e o Prémio Soares dos Reis), Exposição de Arte Moderna (SPN). Colaborou na Exposição do Mundo Português (1940) sendo autor do Padrão dos Descobrimentos. Autor de inúmeras estátuas no país, entre as quais “D. Afonso Henriques” (Lisboa), Nuno Álvares Pereira (Batalha), “D. João I” (Lisboa). A estátua de bronze a D. Afonso Henriques colocada no jardim do castelo de Ourique em 1979 evoca a batalha travada em 25 de Julho de 1139, tão determinante que as suas tropas o terão aclamado Rei de Portugal ainda no campo de Ourique. Em 1140, D. Afonso era já referido como "Rex Portugallensis" (Rei dos Portucalenses ou Rei dos Portugueses). Torres Novas foi conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques em 1148. Quarenta e dois anos depois, era uma terra em franco progresso, tendo merecido carta de foral de D. Sancho I. O busto de bronze é da autoria do arquiteto João Sousa Araújo, realizado em 1992 e inaugurado a 03 de outubro de 1993. O monumento comemora os 850 anos do Tratado de Zamora e o mesmo autor realizou uma segunda versão do monumento destinada a Zamora. Foto: Paulo Carreira. Versão do busto de Dom Afonso Henriques em Torres Novas, da autoria do arquiteto João Sousa Araújo, o Monumento a Dom Afonso Henriques em Zamora comemora os 850 anos do Tratado de Zamora. Foi inaugurado em 1993 na presença de Sua Majestade o Rei de Espanha, o Presidente da República de Portugal e o Presidente da ALA – Academia de Letras e Artes. A primeira estátua equestre de D. Afonso Henriques foi realizada em 1984 por Gustavo Bastos e tratou-se de uma encomenda militar. Foi inicialmente colocada junto ao Quartel General do Porto e inaugurada em 1985. Apesar de ter sido discípulo de Salvador Barata Feyo, autor das apreciadas estátuas equestres de D. João VI e Vímara Peres, no Porto, Gustavo Bastos subestimou as expetativas dos militares (terá mesmo usado como modelo vivo um velho garrano) e a obra não agradou, sendo mais tarde levada para o pátio do Museu Militar do Porto, onde se encontra atualmente, mal exibida e praticamente esquecida. Foto Francisco Sá Lopes. O monumento “Torneio de Valdevez” é da autoria do escultor José Rodrigues e foi inaugurado em 1997 em Arcos de Valdevez. Composto por duas estátuas equestres frente a frente, representando os primos D. Afonso Henriques e D. Afonso VII de Leão, evoca o célebre torneio provavelmente ocorrido em 1140, na Portela do Vez. A vitória dos portugueses foi determinante para a celebração do Tratado de Zamora, em 5 de outubro de 1143, data oficial da independência de Portugal e início da dinastia afonsina. Em 2001, foi inaugurada a escultura de João Cutileiro (n. Lisboa, 1937) representando D. Afonso Henriques, em frente das antigas portas da Vila de Guimarães. Realizada em mármore de Guimarães, a escultura de João Cutileiro não inventa um rosto a D. Afonso, ao contrário do que fez com o filho, D. Sancho I (Torres Vedras, 1990). O elmo acentua a faceta guerreira de Afonso Henriques, mas a controversa estátua ao Marques de Pombal em Vila real de Santo António, também de Cutileiro, não tem assumidamente um rosto. O escultor preferiu exprimir a personalidade polémica e a importância histórica de Sebastião José de Carvalho e Melo através de um complexo jogo de volumes geometrizados e texturas, evocando o estilo Pombalino. Capa do catálogo da exposição “Os Rostos de Afonso Henriques”, Sociedade Martins Sarmento, Guimarães, 2009
NOTA DE IMPRENSA Para tentar pôr cobro à onda mediática que tem feito pairar no ar a ideia de que Guimarães é uma cidade racista, a FUNDAÇÃO LUSÍADA e a GRÃ ORDEM AFONSINA decidiram editar um cartaz com a respeitável imagem de D. Afonso Henriques - que se espera seja amplamente difundido e exibido em Guimarães, em Portugal e em todo o espaço da Lusofonia e da Diáspora - onde se afirma que "GUIMARÃES ABRAÇA QUALQUER RAÇA, POIS A LUSOFONIA NÃO TEM ETNIA" Com estas palavras, pretende-se: 1º - Exprimir o mais profundo repúdio da cidade de Guimarães por qualquer forma de desprezo, discriminação, hostilidade, marginalização, preconceito, segregação ou violência em função da cor da pele; 2º Afirmar que a figura de Afonso Henriques, apesar de estar intrinsecamente ligada à cidade de Guimarães e ao Vitória Sport Clube, não deixa de ser Património Nacional e até Mundial, pois para além de representar o Herói que, pela força das armas brandidas nesta Terra em 24 de Junho de 1128, conquistou o poder, revigorou uma Nação e implantou um Estado prestes a completar 900 anos de existência, simboliza também a Raíz da Língua Portuguesa, que hoje é falada por 267 milhões de pessoas, em nove países e quatro continentes e por mais 30 milhões de luso-descendentes da Diáspora espalhados pelo mundo. Contactos: Barroso da Fonte: 919 632 633 Florentino Cardoso: 966 467 763
D. Afonso I de Portugal, mais conhecido por D. Afonso Henriques (Guimarães, 1109 (?) – Coimbra, 6 de Dezembro de 1185) foi o fundador do Reino de Portugal e o seu primeiro rei, cognominado O Conquistador, O Fundador ou O Grande pela fundação do reino e pelas muitas conquistas. Era filho de D. Henrique de Borgonha e de D.Teresa de Leão, condes de Portucale, um condado dependente do reino de Leão. Após a morte de seu pai, Afonso tomou uma posição política oposta à da mãe, que se aliara ao nobre galego Fernão Peres de Trava. Pretendendo assegurar o domínio do condado armou-se cavaleiro e após vencer a batalha de São Mamede em 1128, assumiu o governo. Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1139, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se rei de Portugal com o apoio das suas tropas. A independência portuguesa foi reconhecida em 1143 pelo tratado de Zamora. Com o apoio de cruzados norte europeus conquistou Lisboa em 1147. Com a pacificação interna, prosseguiu as conquistas aos mouros, empurrando as fronteiras para sul, desde Leiria ao Alentejo, mais que duplicando o território que herdara. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali («o Português»). pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_de_Portugal Afonso I[1] (25 June 1109, Guimarães or Viseu – 6 December 1185, Coimbra), more commonly known as Afonso Henriques (Portuguese pronunciation: [ɐˈfõsu ẽˈʁikɨʃ]), nicknamed "the Conqueror" (Portuguese: o Conquistador), "the Founder" (o Fundador) or "the Great" (o Grande) by the Portuguese, and El-Bortukali ("the Portuguese") and Ibn-Arrik ("son of Henry", "Henriques") by the Moors whom he fought, was the first King of Portugal. He achieved the independence of the southern part of the Kingdom of Galicia, the County of Portugal, from Galicia's overlord, the King of León, in 1139, establishing a new kingdom and doubling its area with the Reconquista, an objective that he pursued until his death, in 1185, after forty-six years of wars against the Moors. en.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_of_Portugal Alphonse Ier de Portugal, plus connu par son patronyme Alphonse-Henri ou Alphonse Henriques, (né en 1109, traditionnellement le 25 juillet à Guimarães, ou à Viseu, mort le 6 décembre 1185 à Coimbra) est comte puis premier roi de Portugal de 1139 à sa mort. Le fils de Henri de Bourgogne et de Thérèse de León est tout d'abord comte du Portugal de 1112 à 1139. Il conquiert de haute lutte l'indépendance de son comté contre le royaume de Castille et León. Il est le père de sept enfants dont Sanche Ier qui lui succède sur le trône. fr.wikipedia.org/wiki/Alphonse_Ier_de_Portugal See where this picture was taken. [?]
O túmulo de D. Afonso Henriques fica no tramo central da Igreja de Santa Cruz. Mandado construir por D. Manuel I aquando da sua visita a Coimbra em 1502. Segundo Dom Timóteo dos Mártires, a trasladação deste rei e de D. Sancho I para os sumptuosos túmulos foi efectuada com toda a pompa, na presença de Dom Manuel I, em 16 de Julho de 1520. Segundo a Crónica dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho de D. Nicolau de Santa Maria, trasladação efectuou-se em 25 de Outubro de 1515. D. João Homem, cavaleiro fidalgo da casa del-Rey D. Manuel estava presente na cerimónia de trasladação e contou como se segue: "O corpo do devoto Rei D. Afonso Henriques achou-se inteiro, incorrupto, a carne seca, a cor pálida e macilenta, mas de aspecto severo que parecia estar vivo. Tinha vestido uma garnacha comprida de pano de lã branca, e uma sobrepeliz de pano de linho. Isto tão inteiro e são como se naquela hora lhas vestissem ... O Senhor Rei D. Manuel o fez mostrar à nobreza e povo desta cidade" (Citações retiradas de: Quem tem medo de D. Afonso Henriques). O túmulo primitivo era de madeira de cedro. O túmulo de D. Sancho fica também no tramo central da Igreja em frente do Túmulo de D. Afonso Henriques e é coevo do daquele rei. www.regiaocentro.net/lugares/coimbra/monumentos/igstacruz... See where this picture was taken. [?]
Do livro "Jacarandá e Mulemba": Bilhete de identidade Nasci branco de segunda Calcinhas ou kaluanda Nasci com os pés no mar em São Paulo de Loanda Brinquei de pé descalço Em poças de águas castanhas Tive lagartas da caça Não escapei às matacanhas Comi manga sape-sape Fruta-pinha tamarindo Mamão a gente roubava No quintal do velho Zindo Pirolito que pega nos dentes Baleizão, paracuca E carrinhos de rolamentos Numa corrida maluca Tinha o Gelo, tinha a Biker Miramar e Colonial O Ferrovia, o Marítimo Chás dançantes no Tropical O N'Gola era só ritmo O Liceu uma lenda Kimuezo e Teta Lando E os Ases do Prenda Havia velhas que fumavam E velhos com ar de sábio Enquanto novas músicas Se insinuavam na rádio "E a cidade é linda É de bem querer A minha cidade é linda Hei-de amá-la até morrer" Quem não estudou no Salvador? Quem não se lembra do Videira? E das garinas de bata branca Nossas colegas de carteira? Depois havia o Kinaxixe Futebol era nos Coqueiros Havia praias, um mar quente Savanas imensas, imbondeiros E havia o som do vento O cheiro da terra molhada As chuvas arrasadoras O fogo das queimadas E havia todos os loucos Do progresso e da guerra A Joana Maluca, o Gasparito A desgraça daquela terra Nasci branco de segunda Calcinha ou kaluanda Nasci com os pés no mar Em São Paulo de Loanda" Outro poema lindo do livro "Aroma de pitangas num país que não existe": Com África no peito E vamos andando com África no peito Já passaram três décadas e há 7200 quilómetros de distância mas não perdemos o jeito ... Basta um merengue, um funaná, uma morna, uma coladera Basta um cheiro tropical caju fresco, manga, mamão óleo de dendém, jindungo E lá vem África de novo A África que nos entrou pelos cinco sentidos pelos sete buracos da nossa cabeça Pelo cheiro a terra molhada pelo som da batucada pelo sabor da muambada Pela visão desse pôr-do-sol avermelhado que não há em mais nenhum lado E pelo meu olhar que segue a tua pele negra de ébano Por muita Europa que nos cerque Há uma África que vive e resiste dentro de nós" (Enviados por João Atanázio)
Do livro "Jacarandá e Mulemba": Bilhete de identidade Nasci branco de segunda Calcinhas ou kaluanda Nasci com os pés no mar em São Paulo de Loanda Brinquei de pé descalço Em poças de águas castanhas Tive lagartas da caça Não escapei às matacanhas Comi manga sape-sape Fruta-pinha tamarindo Mamão a gente roubava No quintal do velho Zindo Pirolito que pega nos dentes Baleizão, paracuca E carrinhos de rolamentos Numa corrida maluca Tinha o Gelo, tinha a Biker Miramar e Colonial O Ferrovia, o Marítimo Chás dançantes no Tropical O N'Gola era só ritmo O Liceu uma lenda Kimuezo e Teta Lando E os Ases do Prenda Havia velhas que fumavam E velhos com ar de sábio Enquanto novas músicas Se insinuavam na rádio "E a cidade é linda É de bem querer A minha cidade é linda Hei-de amá-la até morrer" Quem não estudou no Salvador? Quem não se lembra do Videira? E das garinas de bata branca Nossas colegas de carteira? Depois havia o Kinaxixe Futebol era nos Coqueiros Havia praias, um mar quente Savanas imensas, imbondeiros E havia o som do vento O cheiro da terra molhada As chuvas arrasadoras O fogo das queimadas E havia todos os loucos Do progresso e da guerra A Joana Maluca, o Gasparito A desgraça daquela terra Nasci branco de segunda Calcinha ou kaluanda Nasci com os pés no mar Em São Paulo de Loanda" Outro poema lindo do livro "Aroma de pitangas num país que não existe": Com África no peito E vamos andando com África no peito Já passaram três décadas e há 7200 quilómetros de distância mas não perdemos o jeito ... Basta um merengue, um funaná, uma morna, uma coladera Basta um cheiro tropical caju fresco, manga, mamão óleo de dendém, jindungo E lá vem África de novo A África que nos entrou pelos cinco sentidos pelos sete buracos da nossa cabeça Pelo cheiro a terra molhada pelo som da batucada pelo sabor da muambada Pela visão desse pôr-do-sol avermelhado que não há em mais nenhum lado E pelo meu olhar que segue a tua pele negra de ébano Por muita Europa que nos cerque Há uma África que vive e resiste dentro de nós" (Enviados por João Atanázio)
Ontem ao percorrermos o facebook por minutos, apareceu-nos esta imagem. Alguém que para comemorar o Dia Internacional da Mulher, entendeu, e bem, homenageá-las com esta amazona preta (insistimos no termo por questões de semântica). O que levaria os "racistas portugueses" (como consta no cardápio dos grupelhos esquerdoides), a inserir nas fileiras do seu Exército, uma senhora preta? A tal propósito ocorre-nos o lindíssimo poema de António Gedeão, o Professor Rómulo de Carvalho: Lágrima de preta Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume: Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio. ANTÓNIO GEDEÃO Tema: Condenação do racismo. Assunto: O sujeito poético analisa uma lágrima de uma mulher negra, testa de maneira científica e chega à conclusão que essa lágrima é igual a todas as outras. O teste da lágrima: Este poema é como que um relatório científico, elaborado através de uma experiência feita com uma lágrima de uma mulher de raça negra. A figura principal é uma mulher preta que o sujeito poético encontrou a chorar nalgum lado “Encontrei uma preta/ que estava a chorar, (…)” (v.v. 1-2). Este ao observar esta cena, pede-lhe uma lágrima para a analisar de uma forma científica, daí a presença, no texto, de diversos termos científicos. Exs: “(…)num tubo de ensaio bem esterilizado(…)” (v.v. 7-8) “Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, (…)” (v.v. 13-14) Trata-se, assim, de uma análise química que o sujeito poético vai fazer à lágrima, seguindo um certo método experimental: Começa por recolher a lágrima e coloca-a num tubo de ensaio esterilizado “Recolhi a lágrima/ com todo o cuidado/num tubo de ensaio/bem esterilizado.” (v.v. 5-8), para que esta não ficasse contaminada e os resultados modificados. Seguidamente a lágrima é observada cuidadosamente “Olhei-a de um lado,/ do outro e de frente: (…)” (v.v. 9-10) igualando-a com uma gota transparente “(…) tinha um ar de gota/ muito transparente.” (v.v. 11-12). De seguida começa a análise experimental, recorrendo a vários reagentes “Mandei vir os ácidos,/ as bases e os sais,/ as drogas usadas/ em casos que tais.” (v.v. 13-16) e a processos experimentais “Ensaiei a frio,/ experimentei ao lume (…)” (v.v. 17-18) e repetiu-os várias vezes, como se deve fazer em todas as experiências químicas “(…)de todas as vezes” (v. 19). Após as repetições da mesma experiência o resultado foi sempre o mesmo “(…)deu-me o que é costume: (…)” (v.20), ou seja, a lágrima desta mulher negra tem uma constituição igual à de uma pessoa branca ou de outra cor: é constituída por água e cloreto de sódio “Água (quase tudo)/ e cloreto de sódio.” (v.v. 23-24) e não apresenta sinais de negro ou de ódio “Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.” (v.v. 21-22). Resultados: Este poema serve para nos mostrar que somos todos iguais independentemente da nossa cor de pele, facto demonstrado pela inexistência de diferenças entre a composição química entre aquela lágrima e a de outras pessoas de outras cores (que se supõe que o sujeito poético já tenha analisado para poder comparar e retirar as suas conclusões). É assim que o autor evidencia a sua condenação ao racismo, mostrando que até cientificamente está provado que somos todos iguais. Este poema também demonstra a formação académica e profissional de António Gedeão, tanto a nível de ciências (pois este era professor de Física e/ou Química) como na sua oposição ao racismo. ESTRUTURA FORMAL É um poema constituído por 6 estrofes de 4 versos cada, ou seja, 6 quadras. Geralmente, cada verso tem 5 sílabas métricas (Redondilha menor). FONTE: http://www.guardaraia.pt/ceu/index.php/pt/textos-analisados/32-lagrima-de-preta-de-antonio-gedeao
Do livro "Jacarandá e Mulemba": Bilhete de identidade Nasci branco de segunda Calcinhas ou kaluanda Nasci com os pés no mar em São Paulo de Loanda Brinquei de pé descalço Em poças de águas castanhas Tive lagartas da caça Não escapei às matacanhas Comi manga sape-sape Fruta-pinha tamarindo Mamão a gente roubava No quintal do velho Zindo Pirolito que pega nos dentes Baleizão, paracuca E carrinhos de rolamentos Numa corrida maluca Tinha o Gelo, tinha a Biker Miramar e Colonial O Ferrovia, o Marítimo Chás dançantes no Tropical O N'Gola era só ritmo O Liceu uma lenda Kimuezo e Teta Lando E os Ases do Prenda Havia velhas que fumavam E velhos com ar de sábio Enquanto novas músicas Se insinuavam na rádio "E a cidade é linda É de bem querer A minha cidade é linda Hei-de amá-la até morrer" Quem não estudou no Salvador? Quem não se lembra do Videira? E das garinas de bata branca Nossas colegas de carteira? Depois havia o Kinaxixe Futebol era nos Coqueiros Havia praias, um mar quente Savanas imensas, imbondeiros E havia o som do vento O cheiro da terra molhada As chuvas arrasadoras O fogo das queimadas E havia todos os loucos Do progresso e da guerra A Joana Maluca, o Gasparito A desgraça daquela terra Nasci branco de segunda Calcinha ou kaluanda Nasci com os pés no mar Em São Paulo de Loanda" Outro poema lindo do livro "Aroma de pitangas num país que não existe": Com África no peito E vamos andando com África no peito Já passaram três décadas e há 7200 quilómetros de distância mas não perdemos o jeito ... Basta um merengue, um funaná, uma morna, uma coladera Basta um cheiro tropical caju fresco, manga, mamão óleo de dendém, jindungo E lá vem África de novo A África que nos entrou pelos cinco sentidos pelos sete buracos da nossa cabeça Pelo cheiro a terra molhada pelo som da batucada pelo sabor da muambada Pela visão desse pôr-do-sol avermelhado que não há em mais nenhum lado E pelo meu olhar que segue a tua pele negra de ébano Por muita Europa que nos cerque Há uma África que vive e resiste dentro de nós" (Enviados por João Atanázio)
Conforme notícia que atempadamente divulgámos, abriu ao público no passado dia 27 de Agosto, em pleno Pavilhão Multiusos da Feira de São Mateus, a exposição intitulada “Dom Afonso Henriques n…
So, you're visiting the ancient city of Guimarães in northern Portugal. The beautiful historic centre is UNESCO, with welcoming praças and friendly locals.
NOTA DE IMPRENSA Para tentar pôr cobro à onda mediática que tem feito pairar no ar a ideia de que Guimarães é uma cidade racista, a FUNDAÇÃO LUSÍADA e a GRÃ ORDEM AFONSINA decidiram editar um cartaz com a respeitável imagem de D. Afonso Henriques - que se espera seja amplamente difundido e exibido em Guimarães, em Portugal e em todo o espaço da Lusofonia e da Diáspora - onde se afirma que "GUIMARÃES ABRAÇA QUALQUER RAÇA, POIS A LUSOFONIA NÃO TEM ETNIA" Com estas palavras, pretende-se: 1º - Exprimir o mais profundo repúdio da cidade de Guimarães por qualquer forma de desprezo, discriminação, hostilidade, marginalização, preconceito, segregação ou violência em função da cor da pele; 2º Afirmar que a figura de Afonso Henriques, apesar de estar intrinsecamente ligada à cidade de Guimarães e ao Vitória Sport Clube, não deixa de ser Património Nacional e até Mundial, pois para além de representar o Herói que, pela força das armas brandidas nesta Terra em 24 de Junho de 1128, conquistou o poder, revigorou uma Nação e implantou um Estado prestes a completar 900 anos de existência, simboliza também a Raíz da Língua Portuguesa, que hoje é falada por 267 milhões de pessoas, em nove países e quatro continentes e por mais 30 milhões de luso-descendentes da Diáspora espalhados pelo mundo. Contactos: Barroso da Fonte: 919 632 633 Florentino Cardoso: 966 467 763
Ontem ao percorrermos o facebook por minutos, apareceu-nos esta imagem. Alguém que para comemorar o Dia Internacional da Mulher, entendeu, e bem, homenageá-las com esta amazona preta (insistimos no termo por questões de semântica). O que levaria os "racistas portugueses" (como consta no cardápio dos grupelhos esquerdoides), a inserir nas fileiras do seu Exército, uma senhora preta? A tal propósito ocorre-nos o lindíssimo poema de António Gedeão, o Professor Rómulo de Carvalho: Lágrima de preta Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume: Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio. ANTÓNIO GEDEÃO Tema: Condenação do racismo. Assunto: O sujeito poético analisa uma lágrima de uma mulher negra, testa de maneira científica e chega à conclusão que essa lágrima é igual a todas as outras. O teste da lágrima: Este poema é como que um relatório científico, elaborado através de uma experiência feita com uma lágrima de uma mulher de raça negra. A figura principal é uma mulher preta que o sujeito poético encontrou a chorar nalgum lado “Encontrei uma preta/ que estava a chorar, (…)” (v.v. 1-2). Este ao observar esta cena, pede-lhe uma lágrima para a analisar de uma forma científica, daí a presença, no texto, de diversos termos científicos. Exs: “(…)num tubo de ensaio bem esterilizado(…)” (v.v. 7-8) “Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, (…)” (v.v. 13-14) Trata-se, assim, de uma análise química que o sujeito poético vai fazer à lágrima, seguindo um certo método experimental: Começa por recolher a lágrima e coloca-a num tubo de ensaio esterilizado “Recolhi a lágrima/ com todo o cuidado/num tubo de ensaio/bem esterilizado.” (v.v. 5-8), para que esta não ficasse contaminada e os resultados modificados. Seguidamente a lágrima é observada cuidadosamente “Olhei-a de um lado,/ do outro e de frente: (…)” (v.v. 9-10) igualando-a com uma gota transparente “(…) tinha um ar de gota/ muito transparente.” (v.v. 11-12). De seguida começa a análise experimental, recorrendo a vários reagentes “Mandei vir os ácidos,/ as bases e os sais,/ as drogas usadas/ em casos que tais.” (v.v. 13-16) e a processos experimentais “Ensaiei a frio,/ experimentei ao lume (…)” (v.v. 17-18) e repetiu-os várias vezes, como se deve fazer em todas as experiências químicas “(…)de todas as vezes” (v. 19). Após as repetições da mesma experiência o resultado foi sempre o mesmo “(…)deu-me o que é costume: (…)” (v.20), ou seja, a lágrima desta mulher negra tem uma constituição igual à de uma pessoa branca ou de outra cor: é constituída por água e cloreto de sódio “Água (quase tudo)/ e cloreto de sódio.” (v.v. 23-24) e não apresenta sinais de negro ou de ódio “Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.” (v.v. 21-22). Resultados: Este poema serve para nos mostrar que somos todos iguais independentemente da nossa cor de pele, facto demonstrado pela inexistência de diferenças entre a composição química entre aquela lágrima e a de outras pessoas de outras cores (que se supõe que o sujeito poético já tenha analisado para poder comparar e retirar as suas conclusões). É assim que o autor evidencia a sua condenação ao racismo, mostrando que até cientificamente está provado que somos todos iguais. Este poema também demonstra a formação académica e profissional de António Gedeão, tanto a nível de ciências (pois este era professor de Física e/ou Química) como na sua oposição ao racismo. ESTRUTURA FORMAL É um poema constituído por 6 estrofes de 4 versos cada, ou seja, 6 quadras. Geralmente, cada verso tem 5 sílabas métricas (Redondilha menor). FONTE: http://www.guardaraia.pt/ceu/index.php/pt/textos-analisados/32-lagrima-de-preta-de-antonio-gedeao
Existem diversas curiosidades sobre o primeiro rei do reino, o fundador de Portugal. Conheça os últimos momentos da vida de D. Afonso Henriques.
“D. Afonso Henriques obteve uma [Cruzada] para tirar Lisboa do poder dos infiéis. Viu-se em 1145 uma numerosa frota de Cruzados franceses, ingleses e alemães entrar no Tejo, atacar os mouros e arrebatar-lhes Lisboa.
A espada de D. Afonso Henriques estará em foco, no âmbito do ciclo de debates "Um Objeto e Seus Discursos por Semana", no próximo sábado, no Museu Militar do Porto, às 18h00.