Não dá para negar que vinho é um assunto complicado: variedades de uva, tipos de vinho, regiões, safras, classificações... e o pior: o fato de que não temos tradição tomando vinho, torna tudo isso mais estranho. Elaborei este pequeno texto como uma introdução a quem se sente perdido, para tentar entender um pouco melhor o que levar em consideração na hora de escolher um vinho. E cada seção possui uma referência para um texto um pouco mais detalhado. Variedades de uvaExiste muito mais do que simplesmente Cabernet, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Estas estão entre as uvas mais populares do mundo, mas são apenas algumas das mais de 8000 variedades de uvas existentes, originárias de diversos países diferentes. Países como Portugal, Itália e Grécia possuem centenas de variedades diferentes, muitas com sabores muito particulares. Mesmo a França possui muito mais do que as uvas acima. Para se aprofundar, leia: Das uvas Tipos de vinhoExiste mais do que apenas vinhos tinto, branco e rosé. Na realidade, pode-se considerar que existe uma infinidade de tipos de vinho, considerando técnicas de vinificação, e a origem do vinho (as Denominações de Origem). Mas considerar e enumerar tantos estilos separadamente torna tudo mais confuso. Por isso, eu considero 5 tipos: tinto, branco, rosé, espumantes (por exemplo, Champagne, Cava, Prosecco) e especiais. Como especiais, considero uma enorme variedade de vinhos licorosos, fortificados ou não, secos ou doces (Porto, Madeira, Jerez, Tokaji, Marsala...). Mas mesmo nas outras categorias, há uma considerável variabilidade de estilos diferentes. Para se aprofundar: Dos tipos de vinho Da vinificação Dos Champagnes e espumantes O carvalho na viniculturaSabe para quê se costuma colocar o vinho em barris de carvalho? Não é exatamente para dar gosto de madeira. E já se perguntou por que só se usa carvalho, e nenhuma outra madeira? Bem, na realidade, até existem raros casos de uso de outras madeiras, mas o carvalho se mostra a melhor opção. Sabe por quê? E sabe como a tecnologia dos dias de hoje vem substituindo o uso de barris e tonéis de madeira? Para conhecer as respostas a todas essas perguntas, leia: Do uso do carvalho O TerroirIdentificar o estilo dos vinhos pelas uvas é algo recente na história do vinho, algo que surgiu no Novo Mundo (principalmente nos Estados Unidos). Hoje essa mentalidade vem mudando, e é razoavelmente comum encontrarmos os nomes das uvas nas garrafas de vinhos europeus (o Velho Mundo). Mas tradicionalmente, de acordo com a mentalidade européia, para conhecer a tipicidade do vinho, o consumidor não precisaria saber de que uvas é feito. Ele só precisaria saber qual é a região de origem. Por isso, se fala de um vinho de Bordeaux, um Borgonha, um Champagne, um Porto, um Tokaji, etc. A idéia por trás disso é que cada região tenha sua tipicidade, resultado do clima, solo e relevo específicos, além de tradições na forma de se produzir o vinho. A isso, dá-se o nome francês de terroir. Este termo não tem tradução, mas dá a idéia do vínculo que o vinho tem com a terra onde foi produzido. Para se aprofundar: Do Terroir Dos varietais e cortes Denominações de OrigemO reconhecimento de Terroirs específicos levou nos países europeus à criação dos sistemas de Denominações de Origem. Uma Denominação de Origem funciona como uma 'marca' da região, um nome protegido, que representa a reputação de seus produtores e só pode ser utilizado por produtores da região. Em contrapartida, para garantir esta reputação, os produtores ficam submetidos a regras específicas, que visam garantir a qualidade e tipicidade dos vinhos desta mesma região. Grosso modo, para um vinho poder estampar o nome Bordeaux (ou Chablis, Champagne, Beaujolais, etc.), as uvas têm que ser do tipo determinado, produzidas na região demarcada, e seguir regras de cultivo e produção específicas. Isso garantiria que a qualidade do produto é compatível com a qualidade da região, e impede que produtores de fora tentem se aproveitar da fama dessas regiões. Para se aprofundar: Das Denominações de Origem Reservado X ReservaNem todo país tem legislações que definem o uso da palavra Reserva. Dependemos dos critérios do produtor, mas em geral, se referem a vinhos com cuidado maior das uvas, e com algum tempo de envelhecimento em madeira. Um Gran Reserva, por sua vez, seria um vinho com ainda mais tempo em madeira. Já Reservado, via de regra, significa a linha de entrada de um produtor, normalmente os vinhos mais simples, mais baratos. Para mais informações: Das Denominações de Origem Os aromasÉ verdade que as descrições de aromas de vinho têm um pouco de metáforas. Os aromas podem te levar a se lembrar de algo, uma fruta, um vegetal, café, chocolate, etc. caso você faça um esforço. Mas isso tem um grande fator pessoal, por isso uma pessoa não sente necessariamente os mesmos aromas que outra. Mas existe uma razão científica para esses aromas. A ciência já identificou no vinho as mesmas substâncias aromáticas de outras frutas, folhas, baunilha, coco, chocolate, manteiga, e diversos outros aromas (não necessariamente todas no mesmo vinho!). E essas substâncias podem ser originais da uva (aromas primários); podem ser produzidas durante o processo de vinificação (aromas secundários), ou podem ser resultado do processo de envelhecimento (aromas terciários). Além disso, claro, existem os defeitos, que podem ser causados por fungos e bactérias, ou por oxidação/redução. Para se aprofundar: Dos aromas A safraA safra, o ano de produção do vinho, indica, é claro, a sua idade. Uma informação que pode nos ajudar a concluir se ele deve ser guardado por mais tempo, tomado já, ou se já passou do tempo. Mais do que isso, ela nos conta um pouco sobre sua qualidade. Isso porque a cada ano, o clima é sempre um pouco diferente, e isso se reflete no vinho. Para se aprofundar: Das safras Vinhos de guarda Já vimos bastante a respeito dos fatores que afetam as características do vinho. Na seqüência, vamos ver os fatores que envolvem a apreciação do vinho, como taças, temperatura, uso de decanter, harmonizações... mas não se preocupe: este não é um manual do enochato, muito pelo contrário! Pretendo simplificar e desmistificar. Sigamos: Apreciando o vinho.
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Foto: Jane Prado Esse é um dos vinhos que mostram bem o que pode ser feito no Brasil. Primeiro que, o vinho tem um corte que em outras regiões do mundo seria pouco provável: Ancellotta, Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat. Um corte desses, só no Brasil. Tem 12 % de álcool, bem compatível com o clima da Serra para produzir um vinho sem chaptalização, elegante e que dê vontade de beber a garrafa toda. É elaborado no Vale Trentino, na Serra Gaúcha. É o vinho top da Vinícola Perini, que investiu em vinhos de qualidade e está conseguindo bons resultados. O vinho só é produzido em safras especiais. Este é da safra 2009. No nariz é limpo, tem boa intensidade aromática, mostra notas de ameixa, goiaba, cassis, café. Na boca é seco, tem boa acidez, taninos marcantes, corpo médio, elegante, equilibrado. Notas de frutas negras e florais no retrogosto. Final longo. Deve melhorar com mais tempo em garrafa. Custa 97,90 no site da vinícola: www.vinicolaperini.com.br Nota: 90/100. Fonte: Blog Papo de Vinho, por Beto Duarte